Richard Burns, o primeiro inglês a vencer o Mundial de Ralis

Por a 5 Janeiro 2020 17:52

Não falta muito para que se cumpram 20 anos, que Richard Burns e Robert Reid asseguraram a conquista do seu título Mundial de Ralis (2001). O terceiro lugar no Rali da Grã-Bretanha foi o suficiente, depois de Colin McRae ter abandonado a prova. Foi o primeiro, e único até hoje, piloto inglês, que não britânico (esse foi o escocês Colin McRae em 1995) a ser Campeão do Mundo de Ralis.

Nesse dia, habitualmente bastante reservado em público, Richard Burns colocou de parte a sua tradicional ‘fleuma’ e deu largas ao seu contentamento no final do Rali da Grã-Bretanha. É que, ao cabo e ao resto, o piloto da Subaru tinha acabado de se sagrar Campeão do Mundo de Ralis, isto depois de ter sido vice-campeão em 1999 e 2000.

Por isso, as primeiras palavras que proferiu na altura refletiam bem o estado de espírito do inglês: “Sinto-me fantástico! Havia uma pressão enorme antes do rali ir para a estrada, pressão vinda de todas as partes, e chegar ao fim da prova com este resultado é absolutamente incrível. Sinto pena em não garantir o título com uma vitória no ‘meu’ rali mas, após as desistências dos meus adversários, a estratégia teve que ser alterada para não corrermos riscos desnecessários. Mais que chegar à vitória, tinha a possibilidade de ser Campeão do Mundo! A conquista do título representa o trabalho e empenho de toda a equipa, que está de parabéns.”

Makinen e McRae desistiram cedo: Adeus título… e recorde

Ao contrário do que tinha acontecido nos cinco anos anteriores, o título mundial não foi para a Finlândia! À partida para este Rali da Grã-Bretanha de 2001, Tommi Makinen e Colin McRae – tal como Carlos Sainz – tinham dois objectivos, mesmo se um deles não passava de secundário: sagrar-se Campeão do Mundo e, de permeio, estabelecer o novo recorde de vitórias em provas do “Mundial” de Ralis. E melhor cenário não poderia existir, pois o Rali da Grã-Bretanha era o palco onde quatro pilotos tinham pretensões ao título, dos quais três poderiam ascender à tão procurada 24ª vitória.

Sabia-se que Richard Burns e McRae eram apontados como favoritos para vencer em “casa”, mas foi do lado de Makinen que veio a primeira “surpresa”: abandonou na segunda classificativa, após ter batido numa pedra, que danificou a suspensão do Lancer Evolution WRC e arrancou uma roda ao carro japonês. Mas ainda a notícia do abandono do finlandês estava a ser digerida e o “Mundial” perdia um segundo pretendente ao “ceptro”, pois Colin McRae saiu de estrada na classificativa seguinte: “Tudo aconteceu numa curva para a direita, muito rápida, onde McRae perdeu o controlo do Focus WRC e capotou por quatro vezes, antes de se imobilizar. Quer o piloto como o navegador nada sofreram”, explicou um desalentado Malcolm Wilson.

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