CRÓNICA: A culpa foi do Ogier. A sério?

Por a 20 Novembro 2019 11:32

Está confirmado o abandono imediato da Citroën do WRC, algo que já se desenhava há algum tempo, especialmente desde que a Senhora Ogier, Andrea Kaiser, publicou aquele ‘venenoso’ Tweet. Apesar do tweet ter sido apagado pouco depois a mensagem estava passada e ficou a certeza que era muito forte a possibilidade de Sébastien Ogier sair da Citroën no final do ano, e como escrevemos logo na edição do Rali da Catalunha, no fim de outubro, neste contexto era quase certa a saída igualmente da Citroën do WRC.

Ainda esperámos que pudesse haver algum volte-face no assunto, mas Ogier manteve-se coerente, e ao contrário do que se pensou anteriormente, quando Ogier já andava a contar as provas que faltavam para se reformar, o facto de Ott Tanak se ter juntado a Thierry Neuville na Hyundai, abriu-lhe uma porta na Toyota e fez crescer ao francês o desejo de provar que com outro carro, teria dado outra luta no Mundial de Ralis deste ano.

Não vale a pena recordar as inúmeras vezes que Ogier se queixou no final dos troços ou das provas, e se na altura isso sempre foi entendido como pressão para que a equipa fizesse mais e melhor, e lhe desse um carro suficiente bom para ganhar mais vezes, ele fá-lo-ia.

Na comunicação de hoje da Citroën não fica muito bem culpar Ogier pela retirada da Citroën, sem fazer, nem que fosse um pouco de ‘mea culpa’. Compreende-se a causa/efeito, foi quase inevitável, mas basta olhar para o percurso recente de Ogier para perceber que a M-Sport foi bem mais competente que a Citroën, e quando Malcolm Wilson teve nas mãos um piloto como Ogier, foi capaz de tocar a reunir e com isso conseguiu em dois anos, dois títulos de pilotos e um de Construtores.

Foi baseado no pressuposto que Ogier era meio caminho andado para a Citroën voltar aos títulos, que a marca francesa o contrato. Mas não foi capaz de lhe dar melhores condições, e não nos parece que a culpa seja de Ogier.

Claro que a época da Citroën não foi um desastre, ao fim ao cabo Ogier liderou boa parte do ano, mas quando as decisões se aproximaram, a verdade foi como o azeite em água. Veio ao cimo.

É uma pena a saída da marca, espera-se que ganhe balanço para regressar daqui a uns anos, e nesse hiato não deve ser fácil perder a liderança nos títulos de pilotos. Tem nove, face aos 4 da Lancia, Mitsubishi, Peugeot, Toyota e Volkswagen.

Nos Construtores, a Citroën terá que esperar para chegar aos 10 títulos da Lancia (a Citroën tem 8), mas é no número de vitórias que a Citroën mais tem a perder. Soma 102, face às 91 da Ford, 56 da Toyota e 14 da Hyundai.

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