Rali Vinho Madeira: Falta uma semana…

Por a 30 Julho 2021 09:33

O Campeonato de Portugal de Ralis 2021 está prestes a chegar a meio, com o Rali Vinho Madeira, uma prova em que os madeirenses têm dado ‘cartas’, vencendo todas as provas desde 2016. Nas contas do CPR, Armindo Araújo lidera perseguido de perto por Ricardo Teodósio. O resto do pelotão está mais longe, mas a ‘Volta a Portugal’ ainda não chegou a meio…

Está à porta o Rali Vinho Madeira, quarta prova do Campeonato de Portugal de Ralis, evento que marca a metade do campeonato. Um rali mítico, que pertenceu durante muitos anos ao Europeu da modalidade, mas que agora conta para o FIA European Rally Trophy, ERT Iberian Rally Trophy, Campeonato de Portugal RGT Ralis e ainda Campeonato de Ralis Coral da Madeira.

Mas não é por isso que as gentes da Madeira, e muitos continentais deixam de fazer da prova o ponto alto do ano desportivo na Pérola do Atlântico. A ilha para para ver passar o rali, com ou sem covid! E este ano não será exceção.

Em termos desportivos, e começando pelas contas do Campeonato de Portugal de Ralis, temos pela frente uma prova que pode ter o condão de direcionar definitivamente o rumo do CPR, ou por outro lado manter em stand by o ‘status quo’.

Neste momento, Armindo Araújo lidera a competição com sete pontos de avanço para Ricardo Teodósio, e na sua mente está claramente a ideia que tudo se mantenha, no mínimo, como está. Escusado será referir que quanto aos perseguidores a ideia é precisamente a contrária, com Ricardo Teodósio à cabeça, até porque é quem está mais perto.

Mesmo fazendo um rali perfeito, vencendo no CPR e triunfando na PowerStage, que este ano vale 3, 2, 1, pontos para os três primeiros classificados, isso poderia não chegar ao piloto algarvio, caso Armindo Araújo ficasse logo atrás em toda a linha.

São inúmeras as possibilidades, mas uma coisa é quase certa: na luta pelo triunfo à geral, é muito grande a dose de certeza que serão os principais pilotos madeirenses a lutar pela primazia no ‘seu’ rali, para a luta no ‘seu’ campeonato, mas isso em nada afasta o foco dos concorrentes do CPR, que nos últimos anos têm direcionado mais a atenção para o campeonato principal, do que a luta pelo triunfo no rali.

Sendo verdade que a vitória no Rali da Madeira fica sempre muito bem em qualquer palmarés, nenhum deles vai descurar essa possibilidade, embora sejam as ‘nuances’ próprias do evento a determinar – e isso vai concluir-se muito rapidamente – se a luta vai ser pelo triunfo à geral ou apenas pelo ‘triunfo’ entre os concorrentes do CPR.

A acreditar que a tendência se vai manter, serão os melhores madeirenses a ir muito rapidamente para a frente da classificação. Contudo, a ‘caravana’ do CPR tem equipas mais do que competentes para lutar na frente, embora isso possa ser afetado por vários motivos.

Por exemplo, o piloto ‘continental’ que melhor palmarés tem na Madeira, e o que mais vitórias tem à geral, quatro, Bruno Magalhães, é forte candidato a vencer à geral, mas, ao contrário do que se esperava há alguns meses, não vai ter o novo Hyundai i20 N Rally2, nesta prova, pois o carro só se irá estrear no Rali de Ypres, uma semana depois.

Para Magalhães, mesmo sem conhecer o potencial do carro, é quase certo que teria uma melhor arma para lutar pelo triunfo do que com o seu atual i20 R5. este, pode permitir-lhe vencer, à geral ou no CPR, mas essa será para si, não duvidamos, uma tarefa bem mais difícil este ano.

Quanto a Armindo Araújo e Ricardo Teodósio, é quase certo que se vão marcar bem mais um ao outro do que olhar para outras lutas, mas os ralis são como os melões, nunca sabemos como são antes dos abrirmos, pelo que as duas duplas não irão descurar andar na luta à geral caso as circunstâncias assim o ditem.

Mas para dizer a verdade, para que isto sucedesse, seria preciso que os madeirenses estivessem abaixo do que têm feito e nada indicia que isso possa suceder. E ainda há, pelo menos, mais um piloto do CPR com fortes condições de lutar pelo triunfo à geral, e mesmo vencer a prova: José Pedro Fontes. Não seria novidade, já venceu na Madeira, e sabendo-se da sua maior apetência, sua e do carro, pelo asfalto, poucos se admiravam que Fontes pudesse vencer. Isto é o que se tem visto nos últimos anos. Nada mudou radicalmente que nos faça desconfiar de algo diferente, mas pode acontecer.

Entre o lote dos principais favoritos, há um nome, Bernardo Sousa, que poderia andar nessa luta. Especialmente por sabermos o piloto que é, e do que é capaz. Contudo, o facto de já não disputar o Rali Vinho Madeira desde 2014 e de ter um carro, um Skoda Fabia R5, comprovadamente menos competitivo que os principais adversários, faz-nos pensar que seria uma enorme surpresa se conseguisse andar na frente. O que não invalida que consiga um pódio no CPR, ou mesmo melhor, por exemplo como conseguiu no Rali de Portugal.

Por fim, referências para Pedro Meireles, que costuma andar bem na Madeira e Miguel Correia, que continua a crescer como piloto, mas que continua a alternar momentos de grande brilho, o pódio na Aboboreira, por exemplo, com momentos mais azarados como o acidente no Rali de Portugal. O ano passado a Madeira não lhe correu bem, mas isso pode mudar este ano.

Quanto à luta pela geral do Rali Vinho Madeira, e Campeonato de Ralis da Madeira, tal como sucedeu nas duas primeiras provas, em que Alexandre Camacho e Miguel Nunes lutaram ao segundo e ao décimo de segundo pelos triunfos, nesta prova é forte a probabilidade disso voltar a suceder com Pedro Paixão na calha para fazer uma exibição semelhante à que estava a fazer o ano passado, até abandonar.

Se tudo correr normalmente a estes três pilotos, será entre eles que se irá disputar o triunfo no rali e por inerência na prova do campeonato local, não sendo, claro de descurar uma eventual intromissão, como já referimos mais atrás.

Na primeira prova do CRM, o Rali da Ribeira Brava, Camacho bateu Nunes por 1.4s, enquanto na segunda, o Rali do Marítimo, o triunfo foi para Miguel Nunes por 0.5s. Por aqui se pode perceber o que nos espera no Rali Vinho Madeira. Nos próximos dias, um balanço do que tem sido o CPR e o CMR até aqui…

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