Rali da Jordânia estreia-se no mundial de ralis

Por a 23 Abril 2008 14:21

Na primeira prova do Mundial disputada em solo do Médio Oriente e a segunda cuja “língua oficial” será o árabe (nos anos 70, disputaram-se três edições do Rali de Marrocos), a palavra ” incógnita” sobressai. Não tanto pelas dúvidas quanto à capacidade dos elementos da organização (até porque recorreram à ajuda de especialistas finlandeses), mas mais pelo percurso escolhido cuja maior parte das classificativas (de terra) se disputam abaixo do nível do mar, com todos os problemas que daí poderão advir.

No entanto, mesmo que ocorram problemas é de esperar um reequilíbrio de forças em termos competitivos uma vez que nenhum dos pilotos das seis equipas inscritas no Mundial conhece o rali. Uma oportunidade, eventualmente única, para os adversários do líder do campeonato, Sébastien Loeb, virarem o jogo…

Pontos a reter

– Com cinco pontos de vantagem sobre Hirvonen, Loeb parte como principal candidato à vitória, algo que daria muito jeito à equipa Citroen, situada quatro pontos atrás da rival Ford, em termos de Campeonato de Marcas. Mas num terreno que é desconhecido para todos pode ser um verdadeiro “tiro no escuro” apontar um só favorito, onde para além dos pilotos oficiais da Citroen e Ford, também os da Subaru poderão sobressair.

– O único candidato à vitória que poderá beneficiar de algum conhecimento do terreno será Petter Solberg. Apesar de nunca ter participado na prova, conta com a preciosa ajuda do navegador Phil Mills que já venceu o rali em 1994, então ao lado de Bin Sulayem.

– Um resultado surpreendente poderá fazer Khalid Al Qassimi que venceu a prova o ano passado e desde 2002 já conseguiu cinco pódios. O piloto do Emirados disputará pela primeira vez a prova com um carro oficial igual ao de Hirvonen e Latvala.

– Grande incógnita será a prestação dos diversos motores, bem como dos pneus da Pirelli. Se no primeiro caso, a elevação negativa dos troços deverá “roubar” potência aos propulsores (ainda que em menor escala que em altitudes elevadas), no segundo há ainda algumas dúvidas se a mistura “pré-seleccionada” estará à altura dos pisos de terra muito macia que os pilotos deverão encontrar.

– Esta será a segunda jornada do JWRC, depois do México. À partida estarão 16 dos 18 pré-inscritos no campeonato, naquela que será uma rara oportunidade para os entusiastas locais apreciarem os S1600 em acção, que, por norma, não correm no Campeonato do Médio Oriente. Ogier (Citroen C2) foi a grande surpresa da primeira prova, mas terá que se esforçar para bater o pé a Molder e Kosciuszko (Suzuki Swift) e Sandell (Renault Clio).

Números com história

1964 foi o ano em que se realizou o primeiro Rali da Jordânia ainda como um evento eminentemente social. Um ano depois, o rali disputou-se em dois dias e ainda sem troços cronometrados, em pisos de asfalto. Contudo, foi em 1983 que pela primeira vez a prova passou a integrar o Campeonato do Médio Oriente promovido pela FIA, 22 anos antes da prova se candidatar ao Campeonato do Mundo.

400 metros é a distância máxima abaixo do nível do mar que um dos troços da edição de 2008 do Rali da Jordânia é disputado. No entanto, apenas uma das 11 classificativas repetidas não é em parte ou totalmente disputada abaixo do nível do mar, sendo que três delas são mesmo totalmente disputadas com elevação totalmente negativa.

75 é o número máximo de quilómetros, em termos de diâmetro, que uma prova especial do Rali da Jordânia de 2008 se afasta do Parque de Assistência nas proximidades do Mar Morto.

30 é o número que o Rali da Jordânia vai ocupar na história do Campeonato do Mundo de Ralis. Até agora e nos seus 36 anos de vida, desde que se iniciou em 1973, o Mundial de Ralis já tinha visitado 29 países diferentes, cabendo precisamente à Jordânia a responsabilidade de ficar ligada ao número histórico das três dezenas.

12 é o recorde de vitórias neste rali conseguidas pelo mesmo piloto. O feito é de Mohammed Bin Sulayemm, piloto dos Emirados Árabes Unidos que foi Campeão do Médio Oriente em 2002 e que tem como melhor resultado numa prova do Mundial um sexto lugar no Rali da Argentina de 1993. 

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