CNR: Barros e Fontes ao ataque no Rali de Castelo Branco

Pedro Meireles venceu em Fafe e tem uma palavra a dizer mas no Rali de Castelo Branco os dois principais favoritos são João Barros, vencedor do ano passado, e José Pedro Fontes, que também anda bem na prova albicastrense. O fim de semana fica marcado pela realização da segunda prova do CNR, onde se espera muito espectáculo e emoções fortes na região da Beira Baixa.

A prova tem início na tarde de sábado, dia 11. A organização reservou três provas especiais para este dia. O primeiro embate realiza-se num troço, Sarzedas, com 12,72 quilómetros de extensão em que os candidatos à vitória não têm margem de erro. Aí se farão as primeiras diferenças. Mas é na especial seguinte, Vidigal, que está o maior desafio do dia. São 18,35 km contra o cronómetro na zona mais a Oeste do Rali de Castelo Branco. Cumpridas estas duas especiais, as equipas regressam à capital de distrito para a classificativa espetáculo na cidade.

Quanto à Super-especial, a fórmula foi tão bem-sucedida que a Escuderia Castelo Branco vai continuar a utilizá-la. Por isso, a edição de 2017 do Rali de Castelo Branco volta a ter uma super-especial a fechar a competição do primeiro dia. Os 2,32 km junto à Rotunda Europa já são conhecidos e espera-se, de novo, uma enchente para assistir à passagem dos concorrentes. No segundo dia de prova, o Rali de Castelo Branco divide-se em duas secções. Na primeira, as equipas competem em São Domingos (9,12 km), Fonte Longa (14,23) e Alvito (19,29 km). A secção da tarde é a repetição das especiais da manhã. Ou seja, estão reunidos os ingredientes para que haja emoção até ao fim pois a derradeira classificativa desta ronda é, à semelhança da PE6, a mais longa da prova. Relativamente ao percurso, a única alteração face a 2016 está nas classificativas 5 e 8, de nome Fonte Longa. Na localidade que dá o nome à especial, o itinerário é ligeiramente diferente com o propósito de baixar a velocidade média pois esta era um pouco elevada. No total, os concorrentes que participam na edição de 2017 do Rali de Castelo Branco têm quase 120 quilómetros de estradas sinuosas e com diferentes tipos de piso nas quais se vão colocar à prova.

Para que os espetadores possam assistir à prova o mais seguros possível, a ECB criou zonas espetáculo em todas as classificativas “para as pessoas poderem assistir ao rali com todas as condições de segurança e o máximo conforto possível. A Escuderia Castelo Branco convida todas as pessoas que queiram assistir ao Rali de Castelo Branco a fazê-lo nestes locais. Aí haverá marshall que darão todas as informações e que evitam que haja quem se coloque em sítios perigosos. Também haverá serviços disponíveis, como espaços de alimentação, para que os espetadores não sintam a necessidade de sair e perder a passagem dos concorrentes” revelou fonte da organização.

Vencedor de duas edições da prova albicastrense, José Pedro Fontes aposta em nova vitória na prova organizada pela Escuderia de Castelo Branco: “É um rali que gosto bastante, onde já venci e que considero muito bem organizado. A Escuderia de Castelo Branco elevou muito os padrões, passando esta prova a ser, sem dúvida, um exemplo a seguir. No que toca à minha perspetiva sobre o rali e aos objetivos que delineámos, só pensamos em regressar aos triunfos. É com essa meta bem presente que estamos a preparar esta viagem até Castelo Branco, o primeiro rali da época em asfalto, piso onde nos sentimos muito à vontade. Assim sendo, queremos estar na força máxima, reconhecendo que os nossos rivais também estão altamente motivados e bem apetrechados. E, é óbvio, que ninguém nos vai facilitar a vida. Aliás, a forma como decorreu a jornada anterior representa um bom exemplo da capacidade dos nossos adversários…” disse José Pedro Fontes.

Num piso em que está ainda menos à vontade, Miguel Barbosa quer continuar a evoluir: “Sentimos que evoluímos bastante desde o ano passado e continuamos com vontade de fazer mais e melhor. Somos ambiciosos. Sabemos que temos de fazer muitos quilómetros sem cometer erros, mas estamos confiantes. No ano passado correu bem, ficamos em sexto lugar, e este ano não há razão para não ser ainda melhor uma vez que já conhecemos o percurso e já estamos mais adaptados ao piso”, diz Miguel Barbosa.

Quem realizou uma excelente exibição em Fafe foi Hugo Mesquita, na sua prova de estreia ao volante do Skoda Fabia S2000 de tração total, com o jovem da Lixa a enfrentar desta feita um novo desafio, com a primeira prova de asfalto do ano a constituir uma exigente prova de fogo: “Esta será mais uma jornada para aprender e é com esse objetivo em mente que vamos abordar a nossa presença em Castelo Branco. É certo que o piso de asfalto está mais de acordo com a nossa experiência de anos anteriores, mas o facto de este ser um automóvel novo para mim, mais potente, com tracção às quatro, faz-nos esquecer tudo para trás e ter de reaprender com as novas exigências apresentadas pelo Fabia. Mais uma vez tentaremos entrar com um bom ritmo e à medida que a prova avança, melhorar aos poucos o andamento com base na confiança que uma cada vez maior adaptação vai trazendo. Estou muito curioso sobre qual vai ser o comportamento do carro neste tipo de pisos, sendo que vamos ainda fazer um teste antes da prova e aí já dará para tirar algumas ilações e trabalhar nas melhores afinações para a prova. Estou confiante num bom resultado e tal como em Fafe, lá estaremos para aproveitar ao máximo todas as oportunidades que tivermos de subir na classificação”, disse.

Grupo N com novidades

No Grupo N, Ricardo Teodósio estreia um novo carro, mais competitivo, e Carlos Martins, depois de mostrar ‘serviço’ no seu primeiro rali com o novo EVO X, tendo uma animada luta pela liderança no campeonato destinado aos RC2N, mas o motor não colaborou e a equipa foi obrigada a parar: “É um carro novo, vamos rodar os primeiros quilómetros em asfalto, ao longo da prova vamos tentar melhorar o carro, manter sempre um ritmo que nos permita lutar pela vitória entre os carros de produção, mas também divertir e desfrutar de um excelente rali que a ECB já nos habituou”, concluiu o piloto.

2WD muito em aberto

Nos 2WD, depois do excelente triunfo em Fafe, Pedro Antunes volta com ambições aos lugares do pódio. Contando com menos experiência no seu Peugeot 208 R2 neste tipo de piso, o piloto navegado por Paulo Leones pretende essencialmente “perceber o meu andamento em asfalto relativamente aos nossos adversários, sendo que é o apenas o meu segundo rali neste piso com o 208 R2. Vamos entrar com a mesma motivação e determinação que iniciamos Fafe de forma a conseguir lutar pelo pódio entre os carros de 2 rodas Motrizes, para obter um boa pontuação e defender a liderança do campeonato”, afirmou Pedro Antunes.

Outro piloto com grandes aspirações é Gil Antunes e na prova da Escuderia Castelo Branco terão algo a dizer também na primeira prova do Clio R3T Trophy Iberia. Na prova de abertura do campeonato a dupla de Sintra ressentiu-se de alguns problemas com o seu Renault Clio R3T que lhes condicionou a sua prova, mas ainda assim foram dos poucos que ‘resistiram’ à dureza da prova e saíram de Fafe com um segundo lugar: “Em Fafe acabamos por estar um pouco condicionados derivado aos problemas que tivemos, mas ainda assim conseguimos garantir um resultado que estava dentro das nossas ambições. Já efetuámos um pequeno teste em asfalto esta semana, penso que os problemas anteriores foram solucionados, tivemos um bom feedback dos primeiros quilómetros com os Pirelli no asfalto mas há muito trabalho a fazer”. O piloto da CRN Competition salienta ainda que “o Rali de Castelo Branco é uma prova onde nos sentimos bem, somos sempre muito bem recebidos pela Escuderia que apresenta um dos melhores ralis do Campeonato. Na última edição da prova, conseguimos impor um bom andamento, tivemos uma boa prestação, gostei bastante das especiais que são favoráveis ao Clio R3T e este ano, espero voltar a entrar forte, fazer um rali com ambições em subir ao pódio, mas tendo sempre no horizonte a vitória, pois apesar de contarmos com adversários fortes, reunimos as condições para vencer!”

Também Paulo Neto quer somar o máximo de pontos possíveis para o campeonato das duas rodas motrizes: “Existe sempre algo para melhorar e evoluir e é isso que pretendemos fazer para esta prova onde o ano passamos subimos ao pódio no 3º lugar das duas rodas motrizes. Não tivemos sorte na prova de abertura do Nacional de Ralis, onde fomos obrigados a desistir, pelo que agora temos que encarar este rali com a ambição de terminar e, de preferência, somando o número máximo de pontos possíveis para nos mantermos sempre dentro da luta pelo título. Sabemos que a consistência de resultados é importante para quem pretende, como nós, discutir o primeiro lugar nas duas rodas motrizes. Se o mote é somar pontos, a estratégia para este prova passa por “tentar entrar no ritmo dos nossos adversários logo na face inicial do rali para assim podermos discutir os primeiros lugares na classificação. É um rali muito rápido, que exige muita concentração, com alguns troços longos que não permitem gerir o andamento. Esperamos que desta vez os azares terminem para podermos estar concentrados unicamente na prova que temos que fazer”, conclui Paulo Neto.

Daniel Nunes tem também a ambição de lutar por um pódio nas duas rodas motrizes: “Mesmo não sendo o resultado que pretendíamos em Fafe, na prova de abertura, a verdade é que demonstramos que podemos lutar pela vitória nas duas rodas motrizes”, afirma Joaquim Batalha, responsável da Inside Motor, equipa que coloca a correr o 208 R2, dizendo que “voltamos a fazer uma revisão completa ao carro e já fizemos um pequeno teste, pelo que vamos encarar o Rali de Castelo Branco com a mesma determinação de discutir os primeiros lugares nas duas rodas motrizes, como sempre fazemos em todas as provas”.

Joana Barbosa teve uma boa estreia em 2017 com o novo Fiesta R2, demonstrando um andamento ao nível dos melhores da sua categoria e é com esse facto em mente que encara este rali com otimismo: “Por ser disputada em pisos de asfalto, esta prova traz-nos um novo desafio ao volante do Fiesta R2. Correu-nos muito bem o rali em Fafe e por isso estamos motivadas para esta prova, que penso ser boa para este carro. Fizemos um rali de asfalto o ano passado com um Fiesta R2 e correu-nos muito bem, pelo que espero que essa experiência nos dê um à vontade maior para esta segunda jornada do Nacional de Ralis”, referiu Joana Barbosa.

Outro piloto que se vai estrear este ano é Aloísio Monteiro: “Tem tudo para dar certo”, começa por dizer, antes da sua estreia no CNR 2017 e no Troféu Renault Clio R3 T. Depois de um ano de rodagem ao volante do novo carro, o piloto aposta numa época muito positiva: “O nosso objetivo é fazer todas as provas do CNR e do Troféu até ao Rali Vidreiro. Conforme os resultados obtidos, iremos decidir nessa altura se faremos as restantes provas do calendário nacional, ou se ficaremos apenas a disputar o Troféu. Depois do excelente resultado alcançado em Madrid no final da época passada, temos vindo a evoluir o carro e estamos muito confiantes para o Rali de Castelo Branco, pois temos a certeza de ter um carro competitivo para lutar não só pelo Troféu, mas também por um bom resultado nas duas rodas motrizes. Este é um rali de que gosto bastante e conheço bem, portanto só podemos estar bastante confiantes”, disse Aloísio Monteiro.

Piloto oficial do Clube Automóvel da Marinha Grande

Outra estreia este ano é a de Rafael Cardeira, que inicia a sua participação no Nacional de Ralis: “Este será um rali muito rápido que consegue também aliar zonas técnicas, o que acaba por tornar o traçado interessante. Apesar deste não ser um formato novo, pois a organização decidiu manter o mesmo traçado do ano passado, para mim será uma novidade uma vez que não tive presente na edição de 2016. Na última semana tivemos também a oportunidade de testar a viatura de competição e encontrámos a afinação ideal. Agora resta-nos continuar a preparar a prova da melhor forma para tentar o melhor resultado.” Aos comandos do Renault Twingo R1, Rafael Cardeira será este ano piloto oficial do Clube Automóvel da Marinha Grande, levando as cores do clube marinhense a todas as provas do Campeonato Nacional. “Esta é uma parceria importante e que eleva a minha responsabilidade. Vivo o Clube Automóvel da Marinha Grande desde cedo, ajudei a organizar as suas provas em criança e agora chegou a hora de ser um dos seus rostos. Estou muito orgulhoso e tudo farei para representar o clube com toda a dignidade”, expressou o piloto.

Este acordo com o CAMG surge numa fase em que Cardeira tem praticamente assegurado o budget que garante a presença em todas as provas do Campeonato Nacional de Ralis de 2017, depois de ter conseguido manter grande parte dos patrocinadores de 2016. “Fizemos um esforço para tornar o projeto desportivo interessante para as empresas e o feedback que obtivemos foi muito positivo. Prova disso é que conseguimos manter a grande maioria dos apoios e ainda juntámos mais alguns, que acabam por dar a consistência necessária ao nosso projeto”, garantiu.

Estes são alguns exemplo, mas a lista de concorrentes do Rali de Castelo Branco é extensa e… pode consultá-la AQUI

Taça Nacional de Ralis de Asfalto 2017 – CLIQUE AQUI

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