As regras que mudaram no Campeonato Nacional de Ralis

Com a nova direção da FPAK a entrar em funções a meio do ano passado, as linhas mestras do Campeonato Nacional de Ralis sofreram algumas alterações importantes que, como é natural e quase sempre acontece, não reuniram consenso entre pilotos, equipas, organizadores e associações e fãs da disciplina. Objetivamente é, para já, impossível dizer que o plano foi acertado mas com o tempo e o desenrolar das provas certamente ficará uma ideia mais clara se as mudanças operadas tiveram repercurssões positivas ou negativas na modalidade. Atente-se então nas principais mudanças do principal campeonato de ralis disputado em solo nacional…

Os 10 (novos) Mandamentos do Nacional de Ralis

– A designação ‘Campeonato de Portugal de Ralis’ é substítuida pela de ‘Campeonato Nacional de Ralis’ (CNR), que tem maior tradição

– O CNR passou a contar com um calendário de oito provas (que incluem as primeiras etapas do Vodafone Rali de Portugal, Sata Rali Açores e Rali Vinho Madeira), contabilizando as seis melhores pontuações. Desaparece a Taça de Ouro

– Para além de um campeonato absoluto, passam a existir campeonatos por categorias (cuja designação foi atualizada pelas novas regras da FIA) – RC2, RC2N, RC3, RC4 e RC5 (os três últimos substituem o CPR2)

– Foram também criados dois novos campeonatos: RGT (para GT’s) e Campeonato Nacional de Ralis Clássicos (Absoluto e Grupo 1, 2,3 e 4). No primeiro caso, os GT’s fazem as cinco provas de asfalto do Nacional (contabilizando os quatro melhores resultados) e os Clássicos fazem apenas quatro (dos quais contam os três melhores resultados para efeitos da pontuação)

– Algumas provas do CNR são concomitantes com as dos novos Campeonato de Ralis Norte (CRN), Centro (CRC) e Sul (CRS) que substituem o Open de Ralis e os diversos Campeonatos Regionais de Ralis. Os percursos competitivos do CRN, CRC e CRS não podem, contudo, ultrapassar os 60 por cento da quilometragem das provas do Nacional

– O percurso das provas do CNR não poderá exceder os 120 km de classificativas cronometradas (com tolerância de +/- 10 por cento), regra que não se aplica ao Vodafone Rali de Portugal, Sata Rali Açores e Rali Vinho Madeira que podem ter quilometragens superiores.

– É adoptado um novo sistema de pontuação que mantém as pontuações absolutas: 25, 18, 15…) mas também premeia a rapidez, oferecendo 0,5 pontos extra por cada vitória em classificativas. A Power Stage é extinta e a última classificativa do rali passa apenas a poder oferecer 0,5 pontos extra, como as restantes. Depois, quem fizer sete provas terá cinco pontos de bonificação e quem fizer as oito terá 10

– Passa a existir uma espécie de ‘mini-Rally 2’ que permite que uma equipa regresse ao rali na última Superespecial da prova (só se for mesmo Superespecial) depois de ter desistido, sem somar, contudo, qualquer ponto absoluto ou extra

– No regulamento técnico, os RRC passam a estar contemplados mas terão que usar um restritor de turbo de 28 mm

– O regulamento desportivo e técnico do CNR (bem como o CRN, CRC e CRS) passam a ter três anos de estabilidade (salvo alterações pontuais)