Escolha o Top 10 da década – VOTE JÁ ONLINE

Por a 6 Fevereiro 2020 14:57

Por Fábio Mendes e José Luís Abreu

TOP 10 NACIONAL E INTERNACIONAL – CLIQUE AQUI PARA VOTAR

No AutoSport já passámos muitas vezes pelos difíceis momentos de escolher o Piloto ou a Revelação do Ano. Desta feita, e como a responsabilidade é ainda maior, a escolha do Top 10 da década, nacional e internacional vai ser feita por si, caro leitor. As votações ainda não estão disponíveis, mas pode começar a ‘discutir’ ou a pensar no assunto…

Chegou o momento de enfrentar o difícil desafio de escolher os melhores 10 pilotos da década, nacional e internacional. Um repto quase sempre controverso, mas que desta feita deixamos à vossa discrição, caros leitores.

Nós, AutoSport escolhemos os dez, vocês, ordenam-nos. E como o vão fazer? Em paralelo com a publicação na edição impressa do AutoSport, está igualmente publicada online a lista e os textos que resumem os feitos dos últimos dez anos dos pilotos que escolhemos. Depois é fácil, é só votar e o sistema faz as contas. Pode fazê-lo no link a seguir

TOP 10 NACIONAL E INTERNACIONAL – CLIQUE AQUI PARA VOTAR

De resto, não se esqueça que a sua escolha deve ser feita, não pelo que fizeram antes desta última década, não pelo que estão a fazer agora ou fizeram no último ano, mas sim pelo que alcançaram em termos globais face aos seus nove concorrentes nestas duas listas de pilotos nacionais e internacionais.

Aqui, há que levar em conta o nível da competição, as máquinas à sua disposição, e finalmente a perceção que cada piloto vos deixou. Provavelmente este é mesmo o melhor caminho: o ‘feeling’ relativo a cada piloto.

Como se pode calcular, este tipo de listas nunca são fáceis de fazer, pelo que nesse contexto e para lá dos dois top 10 finais que publicamos em ordem alfabética, nacional e internacional, não podemos deixar de referir que de fora ficaram pilotos como Bruno Magalhães, Ricardo Porém, César Campaniço, Carlos Vieira, Paulo Ramalho, Ricardo Teodósio, Armindo Araújo, entre outros, porque lá está, tínhamos que escolher dez.

Entre os internacionais, deixámos de fora nomes, por exemplo como, Daniel Ricciardo, Lucas di Grassi, Gary Paffett, Johan Kristoffersson, Sebastien Buemi, Gabriele Tarquini, Carlos Sainz ou Thierry Neuville pelos mesmos motivos. Há que escolher.

Agora, com estas listas publicadas, cabe a si caro leitor, votar, e será daí que sairão os resultados finais. Comente, discuta, influencie quem vem a seguir, a ideia é debater, inclusivamente, se for o caso opinar porque na lista devia estar este e não aquele. Nós também tivemos algumas dúvidas, mas é também para isso que cá estamos. Tomar decisões.

Não se esqueça que pode também visitar o nosso ‘site irmão’, o www.motosport.com.pt e votar no mesmo Top 10 Nacional e Internacional, mas das Motos

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Top 10 – Nacional Carros

Álvaro Parente

António Félix da Costa

Filipe Albuquerque

João Barbosa

José Pedro Fontes

Miguel Barbosa

Pedro Lamy

Pedro Salvador

Ricardo Moura

Tiago Monteiro

Top 10 – Internacional Carros

Andre Lotterer

Fernando Alonso

Lewis Hamilton

Romain Dumas

Sebastian Vettel

Sebastien Loeb

Sebastien Ogier

Stéphane Peterhansel

Tom Kristensen

Yvan Muller

TOP 10 NACIONAL

Álvaro Parente

Álvaro Parente é outros dos grandes talentos saídos de Portugal para o mundo. O seu sucesso na F3 britânica e na World Series by Renault tornaram-no num dos talentos a seguir e esteve perto de chegar à F1. O sonho não aconteceu mas o seu talento foi aproveitado noutras competições e estabeleceu-se nos GT. Não foi preciso muito tempo para se adaptar e tornar-se num dos melhores do mundo e a última década viu parente colecionar sucessos nesta categoria. Venceu os títulos no GT Open, no Pirelli World Challenge, um vice-campeonato no Blancpain GT World Challenge America (Pro) e uma vitória nas 12h de Bathurst. É regularmente chamado para as melhores equipas e o resultado é invariavelmente o mesmo… Parente está sempre na luta pelos melhores lugares. Independentemente da máquina à disposição, é rápido e raramente erra. Parente já correu nos maiores palcos do mundo e vai continuar certamente a ser uma referência no mundo dos GT.

António Félix da Costa

António Félix da Costa é um dos nossos maiores representantes no mundo do desporto motorizado. O piloto de Cascais esteve muito perto de subir à F1, mas foi “ultrapassado” por Daniil Kvyat, uma manobra ainda hoje considera injusta por muitos grandes nomes ligados ao grande circo. O potencial que mostrou, em especial na Fórmula Renault 3.5 encantou muitos mas não foi suficiente para superar outros interesses. Félix da Costa não baixou os braços e apostou no DTM, onde conseguiu vencer, apostou no Endurance onde também venceu, em duas categorias (GTE PRO e agora LMP2) , e apostou forte na Fórmula E, onde é agora um dos melhores e mais respeitados pilotos, competindo pela equipa campeã. Está presente desde a génese do campeonato e teve de lutar muito para chegar ao topo, algo que conseguiu com todo o mérito. Pelo meio ainda conseguiu duas fantásticas vitórias em Macau. Junta ao seu enorme talento uma postura leve de quem gosta do que faz. Merecia ter subido à F1, mas prova a cada vez que vai para a pista que é um dos melhores.

Filipe Albuquerque

O piloto natural de Coimbra cedo mostrou o seu enorme talento e não foi por acaso que pertenceu ao programa de jovens da Red Bull. O sonho da F1 terminou com a saída do programa, mas as portas ficaram abertas para outros voos e Albuquerque competiu no DTM, passando pelos GT´s até se estabelecer no endurance, onde se tornou um dos melhores do mundo. Nesta década destacam-se a vitória na corrida dos campeões, onde despachou um tal de Sebastian Vettel, duas vitórias nas 24h de Daytona (uma em GTD e outra à geral), o título no Campeonato norte americano de endurance, um vice-campeonato do mundo em LMP2 e dois vice-campeonato da Europa também em LMP2. Foi também rookie do ano em La Mans (2014) quando era piloto Audi e teve sempre excelentes prestações nos LMP1, numa história que foi demasiado curta. Albuquerque é uma das pessoas mais simpáticas que podem conhecer no automobilismo, uma simpatia apenas superada pelo seu talento ao volante.

João Barbosa

João Barbosa foi o primeiro português a dar o salto para os EUA, em busca de uma carreira melhor, numa fase em que as portas na Europa pareciam não se abrir. A mudança foi inteligente e Barbosa tornou-se numa das estrelas do endurance americano, um reconhecimento que por vezes falta no seu país natal. Barbosa é um dos pilotos com mais vitórias nas 24h de Daytona (3), as quais junta mais três pódios, só na última década (tem mais uma vitória na classe GTS no seu currículo). Conquistou também um pódio em Le Mans em LMP2, foi duas vezes campeão do IMSA WeatherTech SportsCar Championship e uma vez vice-camepeão. Barbosa pode estar do outro lado do atlântico e isso pode ter ajudado a algum esquecimento por cá, mas continua a levar a nossa bandeira aos pódios por terras americanas, onde continua a mostrar toda a sua qualidade e talento.

José Pedro Fontes

José Pedro Fontes é um dos mais destacados pilotos da história do automobilismo português. Multifacetado, foi campeão tanto nas pistas quanto nos ralis, a primeira vez na F. Ford em 1995, Campeão na Velocidade (1999, 2009), Ralis S1600 (2005), e já esta década, a que conta para este top, foi Campeão de Portugal de Circuitos e vencedor do Iberian Supercars Trophy em 2011. Venceu duas vezes as 24h de TT Fronteira em 2010 e 2013, foi Campeão Nacional de Velocidade e vice nos em 2014. O primeiro título Nacional de Ralis obteve-o em 2015, já com a equipa oficial DS3 Vodafone Team, repetindo o feito no ano seguinte, sempre a par com o seu trabalho na gestão da Sports & You, estrutura que há mais de duas décadas pontifica no mercado nacional e internacional. Em 2017 sofreu um terrível acidente no Rali de Portugal, que o deixou fora das corridas cerca de 10 meses. Regressou em 2018 e ainda foi a tempo de lutar pelo título, terminando o CPR 2018 em segundo, atrás de Armindo Araújo. O ano passado, foi quarto, mas levando novamente a luta até última prova.

Miguel Barbosa

Miguel Barbosa é um dos poucos pilotos da história do automobilismo português que se destacou entre os melhores nas três disciplinas mais queridas dos adeptos em Portugal, os ralis, o TT e a velocidade. Começou pelo TT, mas teve a coragem de se aventurar nas pistas e posteriormente nos ralis. Realizou a meio da década passada uma audaciosa transição do TT para os ralis e apesar dos resultados não terem sido os mesmos, a verdade é que depressa chegou às lutas na frente. Venceu ralis do CPR, lutou muitas vezes pelos triunfos. Nunca esteve em boa posição para discutir os títulos nas fases decisivas, embora não tenha andado longe. No TT, sete títulos de Campeão Nacional dizem tudo, três na década de 2000, mais quatro já nesta década de 2010. E ainda ficou perto do top 10 no Dakar. Em 2011 e 2012 teve anos de excelência, ao ser campeão de TT e Circuitos GT, um título e um vice-campeonato. De 2013 a 2015 foi sempre campeão, duas vezes no TT uma na velocidade e nos ralis, ficou duas vezes no pódio do campeonato, 2016/2017.

Pedro Lamy

Pedro Lamy é um piloto com uma carreira de fazer inveja, tendo competido em todos os grandes palcos do mundo, nos melhores campeonatos. Desde a F1, passando pelo Endurance, Lamy pilotou monolugares, protótipos e GT´s, sempre com performances dignas de registo. Na última década teve um segundo lugar em Le Mans à geral, uma vitória na categoria GTE AM, um vice campeonato e um campeonato do mundo de endurance em GTE AM. Lamy conduziu os melhores carros nas melhores competições… um privilégio apenas reservado aos melhores. É um nome incontornável do endurance internacional. Homem de poucas palavras prefere “falar” em pista onde continua competitivo como sempre. A última década foi recheada de grandes momentos e foi um excelente representante luso. Embora já com 47 anos, Lamy continua rápido e tem muito para dar.

Pedro Salvador

Num país com mais vontade de apostar no desporto motorizado, bastaria metade do talento que tem para ter tido uma carreira de sucesso a nível internacional. Quando se fala nos maiores talentos nacionais o seu nome é invariavelmente referido. Pedro Salvador é daqueles que nos fazem duvidar se os pilotos serão mesmo humanos- tal a forma como controla as máquinas que guia. Merecia ter tido uma carreira internacional (e tinha capacidade mais que suficiente para ter sucesso), mas deliciou os fãs nacionais nas pistas e rampas. Na última década foi campeão nacional e duas vezes vice-campeão nacional de velocidade, Campeão da Taça de Portugal de Sport – Protótipos, Campeão Transit Trophy, e duas vezes campeão nacional de montanha (a que soma mais quatro títulos anteriores).Tem vencido em todas as competições onde participou e não tem receio de correr onde quer que seja. Fica sempre no ar aquela dúvida do que poderia ter sido a carreira de Pedro Salvador se conseguisse dar o salto para fora. Mas fica a certeza de que é um dos maiores talentos que este país já viu.

Ricardo Moura

Ricardo Moura tem disputado poucas provas nos últimos dois anos, mas o que fez antes justifica perfeitamente a sua presença nesta lista. O açoriano, que se iniciou nos ralis em 1999, cedo começou a dar nas vistas, acabando por marcar uma era nos ralis açorianos. Venceu o campeonato regional absoluto, dez vezes consecutivas, entre 2008 e 2017, com um Mitsubishi Lancer Evo IX (2008-2014), e com um Ford Fiesta R5 (2014-2017). Mas o que o elevou a outro patamar foi a sua ida para o continente, logo em 2009, onde correu no Campeonato Nacional de Ralis. Venceu a Produção, alcançando os títulos em 2010, 2011 e 2012, preâmbulo do que seriam as suas excelentes prestações no campeonato principal, que venceu três vezes, em 2011, 2012 (Mitsubishi Lancer Evo IX) e 2013 (Mitsubishi Lancer Evo IX/Skoda Fabia S2000. Ainda hoje é um dos mais destacados pilotos nacionais e quando participa em provas, luta pelos triunfos, quer seja no CPR ou na ‘sua’ prova o Rali dos Açores, que venceu em 2016.

Tiago Monteiro

Tiago Monteiro será sempre um nome relembrado pelos fãs de automobilismo nacional, por ter sido o primeiro português num pódio de F1. Mas a sua carreira vai muito para lá desse feito. Na última década, cimentou a sua posição nos turismos e tornou-se numa peça chave do esforço da Honda no WTCC. Pelo meio teve participações em Le Mans, nos V8 Supercars. A sua carreira seria suficiente para falar da qualidade de Monteiro como piloto, mas a vida obrigou-o a mostrar que é muito mais do que apenas um talento ao volante . O acidente em 2017 num teste com a Honda roubou-lhe a hipótese de lutar pelo título de campeão do mundo, quando estava na melhor forma de sempre (era o grande favorito à vitória final) e obrigou a uma recuperação longa e penosa, mas cumprida com sucesso de forma incrivelmente rápida. Monteiro tornou-se num exemplo de coragem e determinação numa das histórias mais emocionantes do automobilismo, que teve o seu ponto alto no seu regresso às vitórias em Vila Real, um prémio merecido.

Top 10 Internacional

Andre Lotterer

Andre Lotterer pode não ser considerado por alguns como escolha óbvia, mas o que o alemão conquistou na última década justifica inteiramente a presença nesta lista. No endurance tornou-se num dos melhores pilotos do WEC (se não o melhor), sendo campeão do mundo por uma vez e vice-campeão por três vezes, ao que junta três vitórias em Le Mans e dois pódios na mítica prova francesa, com prestações fantásticas. Junta a isso títulos nos Super GT japoneses, na Fórmula Nippon, uma participação a F1 e agora a aposta forte na Fórmula E onde ainda não conseguiu traduzir toda a sua qualidade em resultados. Mas Lotterer, por aquilo que fez em especial nos tempos da Audi tornou-se numa referência no endurance e tem tudo para vencer na Fórmula E.

Fernando Alonso

Fernando Alonso pode não ser o piloto com mais vitórias e mais títulos da F1, mas o seu talento coloca-o facilmente entre os melhores. As 32 vitórias, 22 poles e 97 pódios podem parecer pouco, mas o que fez em pista é muito maior que a estatística. Começou a última década numa Ferrari pouco competitiva, mas o seu talento colocou a equipa italiana a lutar pelo primeiro lugar. Em cinco épocas, foi vice-campeão por três vezes, sempre com um carro inferior aos seus adversários. Mudou-se para a McLaren em busca do sucesso , mas aí encontrou ainda mais problemas e nunca teve um carro capaz de o colocar sequer perto do topo. Em 2018, farto de lutar por migalhas, saiu da F1 mas já tinha iniciado o seu segundo plano para ficar na história… a Triple Crown. Venceu Le Mans, e já tentou duas vezes vencer a Indy, ficando perto disso na primeira tentativa. Entretanto sagrou-se campeão do mundo de resistência, venceu as 24h de Daytona e participou no Dakar. Um talento tremendo que consegue ser competitivo em qualquer modalidade.

Lewis Hamilton

Quando Lewis Hamilton entrou na F1, percebeu-se logo que estaria destinado a grandes feitos, mas poucos teriam imaginado que o britânico iria tornar-se num dos melhores de sempre. No início da última década Hamilton era a estrela da McLaren mas depois de cinco épocas afastado da luta pelo título decidiu mudar de ares para a Mercedes, na altura uma decisão considerada pouco sensata. Foi preciso esperar apenas um ano para conquistar o segundo título da sua carreira e iniciar uma época de domínio absoluto com os Flechas de Prata. De 2014 a 2019 conquistou cinco titulo. São 84 vitórias, 88 poles. 151 pódios numa carreira com 251 GP. Hamilton cresceu e os tempos em que era menos forte psicologicamente são uma mera recordação. Hamilton reúne velocidade, regularidade, inteligência em pista e uma vontade férrea de vencer. Muitos consideram-no o melhor de todos os tempos da F1. Talvez essa afirmação não esteja muito longe da verdade.

Romain Dumas

Romain Dumas é daqueles casos cada vez mais raros de um piloto que compete em categorias completamente diferentes e consegue ser competitivo em todas elas. Dumas evidenciou-se na última década no endurance, especialmente em Le Mans que venceu por três vezes (duas à geral e uma na categoria GTE Pro). Junta a esses triunfos um título de campeão do mundo de endurance, vitórias nas 24h de Nurburgring, nas 24h de Spa, um pódio em Daytona, quatro triunfos em Pikes Peak, um título em FIA R-GT. Detém também o recorde em Pikes Peak e em Nurburgring (com o Volkswagen ID R) e juntam-se a esta lista quatro participações no Dakar. O regsto é impressionante e engloba velocidade, ralis, TT. Dumas guia qualquer tipo de máquina, em qualquer tipo de piso sendo sempre competitivo. O francês representa um espírito cada vez mais raro de amor pelo automobilismo, não tendo medo de sair da sua zona de conforto, arriscando novos desafios, independentemente da categoria, conseguindo invariavelmente ser bem-sucedido.

Sebastian Vettel

Sebastian Vettel começou a década de dedo em riste. O gesto que fazia cada vez que vencia repetiu-se de forma sucessiva e a combinação Vettel/Red Bull era demasiado forte para a concorrência. O alemão cedo deu nas vistas e a primeira vitória em Monza, à chuva, com um Toro Rosso foi a prova que aquele jovem de 21 iria deixar a sua marca na F1. Muitos o acusaram de beneficiar de um carro superior, mas Vettel moldou-se às características dos monolugares da Red Bull de forma a tornar-se imbatível (um mérito muitas vezes esqueceido). Com a chegada da era turbohíbrida perdeu fulgor na Red Bull e mudou-se para a Ferrari onde liderou o ressurgimento da Scuderia. A sua estadia em Maranello tem sido feita de altos e baixos, e os últimos tempos tem sido algo conturbados com muitas críticas e muitos erros em pista. Apesar disso, Vettel continua a ser uma referência com 53 vitórias, 57 poles e 120 podios em 248 GP.

Sebastien Loeb

É curioso que Sébastien Loeb ganhou seis dos seus nove títulos de Campeão do Mundo de Ralis ainda na década de 2000, mas os três campeonatos que alcançou já nesta última década de 2010, de modo nenhum o podiam ter deixado de fora desta lista, ainda mais pelo que fez depois de sair do WRC a tempo inteiro. Correu no FIA GT, na Porsche Supercup, no WTCC (Mundial de Turismos), Dakar e finalmente também no Mundial de Ralicross.

Não voltou a ser Campeão do Mundo em quaisquer destas disciplinas, mas a sua versatilidade permitiu-lhe vencer provas no Global Rallycross, FIA GT, WTCC, competição em que terminou duas vezes no pódio do campeonato. Venceu também no Mundial de Ralicross, e por fim foi duas vezes ao pódio do Dakar, lutando pelas vitórias na grande maratona. Por fim, ainda voltou a ganhar provas no WRC, onde ainda permanece com a Hyundai. Tem claramente um lugar reservado na história do desporto automóvel.

Sebastien Ogier

Quando Sébastien Ogier surgiu na Citroën Junior WRT em 2009, não demorou muito a ‘afrontar’ Sébastien Loeb, não só através das suas prestações, mas também na forma como não quis ficar à sombra do seu compatriota. A primeira vitória surgiu no Rali de Portugal de 2010 e nessa altura já muitos lhe auguravam um futuro fantástico nos ralis, o que Ogier confirmou com grande veemência nos anos seguintes. Rumou à Volkswagen em 2013 e aí deu início a um longo reinado de triunfos no WRC ofuscando por completo os seus colegas de equipa. Venceu quatro campeonatos com a marca alemã, dominando por completo a modalidade. A VW saiu do WRC, Ogier foi para a M-Sport/Ford, onde ajudou a reerguer a equipa, vencendo dois campeonatos, oferecendo a Malcolm Wilson títulos que a Ford já não conseguia desde 1981. Triunfou em quase um terço dos 150 ralis que fez no WRC, foi ao pódio 80 vezes. Tem lugar assegurado entre os ‘grandes’ da modalidade e será reconhecido como um dos melhores de todos os tempos.

Stéphane Peterhansel

Das 13 vitórias que Stéphane Peterhansel tem no Dakar, curiosamente, seis delas foram ainda alcançadas no século passado, mas sendo este um top da década os seus quatro triunfos no Dakar entre 2012 e 2017 são muito significativos, até porque dois deles foram alcançados de Mini 4X4 e outros dois com o buggy Peugeot. O Sr. Dakar teve nesta década dois grandes opositores no Dakar, Carlos Sainz e Nasser al Attiyah, mas é mesmo ele que detém o maior número de triunfos, juntando neste último ano também a conquista da Taça do Mundo de TT. Já não andará longe da retirada, mas o seu legado será incomum. Logicamente, já não tem a mesma capacidade física, mas a sua experiência numa das mais difíceis provas de endurance do mundo valeu-lhe mais triunfos que os seus fortes oponentes. Ficará certamente na história do todo-o-terreno mundial, e quando olharmos para a sua carreira como um todo, será excecional, mas desta feita referimos-nos apenas aos últimos 10 anos. De qualquer forma, mais ninguém conseguiu melhor no Dakar.

Tom Kristensen

O “Sr Le Mans” entrou na última década já na fase final da sua carreira, mas nem por isso deixou de ser um dos melhores. Depois de nos primeiros anos do novo milénio ter vencido em Le Mans por seis vezes consecutivas, Tom Kristensen mostrou que era mortal e que também tinha momentos menos bons. Mas tem o impressionante registo de nunca ter terminado a mítica prova francesa abaixo do terceiro lugar. Na última década conseguiu vencer Le Mans pela última vez e subiu ao pódio em La Sarthe por mais quatro vezes. Venceu também Sebring por duas vezes (mais um pódio) e sagrou-se campeão e vice-campeão do mundo de endurance. Deixou a competição em 2014 mas o que fez nessa primeira metade da década foi suficiente para confirmar (se é que havia dúvidas) que o dinamarquês foi um dos melhores de sempre do endurance.

Yvan Muller

Yvan Muller é um nome nem sempre apreciado por cá, mas os feitos do francês em pista colocam-no num patamar de excelência. A sua postura por vezes arrogante, a agressividade que coloca em pista e algumas manobras no limite, podem não agradar a muitos, mas o seu talento é inquestionável e os resultados falam por si. Quatro vezes campeão do WTCC, cinco vezes vice-campeão, campeão e vice-campeão no BTCC são os destaques no seu curriciulo, e que fazem dele o piloto mais bem sucedido dos turismos. A era TC1 não lhe correu da melhor forma ao piloto, não tendo sido capaz de bater Jose Maria Lopez mas continuou a ser um dos melhores (em 11 épocas apenas terminou uma vez fora do top3). Em 2017 pendurou o capacete no que parecia ser o início da sua reforma, mas o surgimento do WTCR “obrigou” Muller a regressar às pistas, provando que ainda era capaz de vencer e de lutar pelo título como fez em 2018.

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