Lembra-se de, Gérard Ducarouge: O homem que chamou Mágico a Senna


Gérard Ducarouge foi um dos mais conceituados técnicos que passou pela F1. Diplomado pela Escola Nacional Técnica de Aeronáutica, depressa começou a trabalhar com a Matra. Especialista em chassis, o seu primeiro produto foi o MS620, que obteve algum sucesso com Jean-Pierre Beltoise. A F1 chegou dois anos mais tarde, em 1968, ainda na Matra e, depois de passar pela equipa que construiu os chassis Ligier que correram em Le Mans na década de 70, passou a diretor técnico da marca francesa, cargo que exerceu entre 1976 e 1980.

Depois, veio a Alfa Romeo, mas o projeto redundou em falhanço, antes de se juntar a Peter Warr, na Lotus. Foram os seus melhores anos – foi ele quem apelidou de Mágico um jovem prodígio que dava pelo nome de Ayrton Senna. Foram cinco anos inesquecíveis, em que trabalhou também com Elio de Angelis. A saída de Senna levou-o a equacionar a sua presença na equipa e, depois do ineficaz 100T, “Duca” voltou às equipas gaulesas. Dois anos na Larrousse, mais três na Ligier, sem feitos heróicos, levaram-no a abandonar, de vez, a F1. Mas manteve intacta a sua paixão pelo desenho e construção de chassis. Durante oito anos, foi diretor do departamento de Desenvolvimento da Matra – afinal, o seu primeiro amor. E não há amor como o primeiro: fica para sempre. A Renault Espace F1 foi um projeto seu, esteve envolvido em vários outros. Morreu a 19 de fevereiro de 2015, aos 73 anos.

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