Johnny Alberto Cecotto: O senhor antes de Rossi

Johnny Alberto Cecotto era filho de um garagista de origem italiana. Por isso, o gosto pela mecânica e, claro, pela competição, arrancou cedo. A sua

carreira desportiva, iniciou-a pelas duas rodas, pilotando uma potente Honda 750, no seu país natal, a Venezuela, em 1972. Os resultados foram

exaltantes e isso levou-o a cruzar o Atlântico, aterrando na Europa, em busca de um lugar ao sol. Depois do título europeu nas 350cc, em 1974,

Johnny tornou-se o mais jovem Campeão do Mundo de sempre em 1976, quando venceu as categorias de 250cc e 350cc. Os êxitos somaram-se e seguiram- se – nas míticas 200 Milhas de Daytona, por exemplo, onde se tornou também o mais jovem piloto de sempre a conseguir um triunfo. Porém, um acidente no início da temporada de 1977 afastou-o das competições, regressando apenas um ano mais tarde, ganhando então o título FIM das 750cc. Com 22 anos, a sua estrela nas duas rodas estava a começar a apagar-se, em contraponto com a de Kenny Roberts, em ascensão desmesurada. Por isso, e com a motivação para correr perigos nas duas rodas em baixa, Cecotto passou- se para as quatro rodas – tendo sido, nos tempos mais recentes, o último dos centauros que teve a coragem de tentar a F1. Em 1980, participou em três corridas de F2, sem grandes resultados. O mesmo sucedeu no ano seguinte, com a Martini, pelo que Cecotto decidiu mudar de agulha, integrando a potente equipa March em 1982, fazendo dupla com Corrado Fabi. Ambos chegaram ao fim empatados em pontos, sendo o desempate favorável ao italiano. Apesar da desilusão, o resultado convenceu-o de que tinha possibilidades de brilhar no firmamento da F1, participando nos Mundiais de 1983 e 1984, primeiro com um Theodore e depois com um Toleman. Com o primeiro terminou em 6º o GP dos Estados Unidos (Long Beach) e, com o segundo, um terrível acidente em Brands Hatch quebrou-lhe as pernas e a carreira nos monolugares. Era colega de equipa de um tal Ayrton Senna. Quando regressou, fê-lo pela porta grande, nos carros de Turismo, sagrando-se campeão italiano em 1989 e alemão em 1994 e 1998, sempre com a BMW, vencendo ainda o primeiro V8-STAR, em 2000. O nome que se segue deverá ser o de Valentino Rossi.