GP do Japão F1: Max Verstappen merecia outra festa

Por a 9 Outubro 2022 17:19

Max Verstappen é um justo Campeão em 2022, mas a confusão com o esquema de pontuação tirou alguma da emoção que deveria ter sentido ao assegurar o seu segundo título no Grande Prémio do Japão de Fórmula 1.

Desde há muito tempo que se esperava que holandês assinasse o seu nome em mais um Campeonato de Pilotos, mas olhando para a decisão do ano passado, a deste dificilmente poderia ser um maior anticlímax.

Em 2021, ainda que envolta em polémica, a decisão foi de extrema emotividade para todos, dificilmente haveria alguém que não tenha sentido emoções fortes naqueles momentos.

Já este ano nem Verstappen mostrou inicialmente grandes emoções quando foi informado por Johnny Herbert, durante as entrevistas do pós-corrida, que tinha conquistado o seu segundo cetro na Fórmula 1.

O enquadramento já não era famoso, uma vez que fora a penalização de cinco segundos a Charles Leclerc, que cortou a chicane Casio na última volta para se defender dos ataques de Sérgio Pérez, que deu o título ao piloto da Red Bull, com a queda do monegasco de segundo para terceiro.

Mas esta é uma situação que pode acontecer e, desta feita, os comissários desportivos até foram lestos na decisão, mas o que deveria ser evitado a todo o custo era a confusão com o esquema de pontos, que até mesmo no paddock criou dúvidas quanto às contas feitas pela Fórmula 1.

De acordo com o regulamento revisto depois do sucedido o ano passado em Spa, com a corrida de Suzuka a apenas ultrapassar os 50% da distância prevista, deveriam ser distribuídos apenas os pontos da coluna 3 constante no artigo 6.5 do Regulamento Desportivo, o que faria todo o sentido. Assim, o vencedor ganharia dezanove pontos, o segundo classificado catorze e o terceiro doze, o que negava a conquista do título por parte de Verstappen.

No entanto, de acordo com o artigo 57 do mesmo regulamento, serão atribuídos a totalidade dos pontos na eventualidade de a prova ser suspensa com bandeira vermelha e, depois, seja retomada e terminada com a bandeira de xadrez, independentemente da distância completada.

Esta foi uma distração do legislador e que este ano não tem um verdadeiro impacto no resultado, mas poderia ter se estivéssemos na última prova e dois pilotos estivessem separados, por exemplo, por entre cinco a oito pontos, o vencedor do Campeonato de Pilotos poderia mudar de identidade de acordo com a classificação adotada.

No entanto, e muito embora no futuro dificilmente olhe com algum problema para a forma como lhe foi atribuído o título, Verstappen teria merecido celebrar o se segundo título sem as dúvidas que assolavam grande parte do paddock.

Mais importante, a forma como são atribuídos os pontos devem ser claríssimos para todos os envolvidos – concorrentes, jornalistas e público – sendo desejável que esta situação seja clarificada e corrigida a tempo da próxima temporada.

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