GP da Itália F1: O filme da corrida

Por a 11 Setembro 2022 15:53

Com o sol a brilhar sobre o centenário circuito de Monza, tínhamos uma grelha completamente revista depois da aplicação de penalizações, o que lançou alguma polémica, tal a dificuldade em encontrar a ordem final. O GP mais rápido do ano tinha condições ideais para uma boa corrida.

Na escolha dos pneus para o arranque, tínhamos Charles Leclerc, George Russell, Max Verstappen, Nyck de Vries, Esteban Ocon, a escolher pneus macios, com o restante pelotão a usar pneus médios. Os termómetros do asfalto da pista registavam 43 graus, o que poderia afetar a degradação das borrachas.

Com bancadas cheias de Tifosi, o carro #16 dava esperança aos fãs da Ferrari, que queriam festejar uma vitória da equipa italiana no traçado de Monza, com a Scuderia a festejar o seu 75º aniversário com uma decoração especial para esta corrida.  

Leclerc largou bem e conseguiu manter a posição face ao ataque de George Russell, que não esteve longe de suplantar o piloto da Ferrari. Pierre Gasly fez um grande arranque, ao contrário de Lando Norris que caiu para o sexto lugar. Max Verstappen subiu para o quarto lugar na primeira volta e no arranque da segunda, passou para o terceiro lugar. Nicholas Latifi teve um péssimo arranque, tal como Valtteri Bottas que perdeu muitas posições. 

Leclerc estava na frente e Russell começava a ser pressionado por Verstappen que conseguiu aproximar-se do segundo classificado. Um pouco mais atrás, Daniel Ricciardo aguentava Pierre Gasly, com a pressão de Lando Norris. Na volta cinco, Verstappen passou por Russell e começava o seu ataque a Leclerc e com o ritmo que o Red Bull #1 apresentava, não seria tarefa difícil para o campeão neerlandês chegar ao Ferrari #16. Mais atrás, Carlos Sainz entrava nos pontos, suplantando os Aston Martin, ficando atrás de Zhou Guanyu e Nyck de Vries que se mantinha em nono, com Fernando Alonso em décimo. 

Na volta 8, Pérez entrou para trocar de pneus, calçando os duros, mas com o disco de travão dianteiro do lado direito, o que causou alguma preocupação nessa fase. Do lado de Carlos Sainz a progressão rumo ao topo continuava e já era oitavo na volta nove. 

A corrida de Sebastian Vettel complicou-se repentinamente, com a sua unidade motriz a claudicar e o piloto alemão a ficar parado numa das escapatórias (acabou por abandonar), o que motivou um Virtual Safety Car. Nessa altura a Ferrari fez entrar Leclerc (para colocar médios), com uma excelente paragem da Scuderia e Verstappen a ficar na liderança da prova, seguido de Russell e Leclerc que conseguiu manter-se na frente de Daniel Ricciardo, que pouco depois foi passado por Carlos Sainz que era agora quarto, isto na volta 14. 

A equipa Ferrari pedia a Leclerc para não trocar de caixa com baixa rotação, mas o piloto não queria saber disso e pediu ao seu engenheiro para resolver o possível problema. Um pouco mais atrás a luta entre Norris e Alonso sorria ao piloto britânico com Norris a regressar ao sétimo posto. Na volta 19, Gasly foi às boxes, o que promovia Norris a sétimo. 

Russell parou na volta 24 e caiu para o quarto posto, atrás de Charles Leclerc e Carlos Sainz e na volta seguinte, Max Verstappen entrou para trocar de pneus para colocar macios, enquanto Leclerc voltava à liderança da prova.  Estávamos a meio da prova e tínhamos Leclerc na frente, seguido de Verstappen, Sainz, Russell, Norris, Alonso. Hamilton, Pérez, Mick Schumacher e Valtteri Bottas. 

Sainz entrou nas boxes na volta 31, com mais uma excelente paragem para a Scuderia e na volta seguinte Fernando Alonso abandonou a corrida com problemas no seu monolugar. 

A Ferrari lançou os seus dados e colocou os pneus macios no carro de Leclerc pouco depois, conseguindo colocar Leclerc na segunda posição a pouco mais de 20 segundos. Leclerc tinha agora à volta de 15 voltas para tentar chegar a Verstappen, uma jogada arriscada, mas necessária dada a paragem cedo na corrida de Leclerc. Russell estava mais focado em segurar o terceiro lugar, pelo que o risco da Ferrari era ponderado. 

Lando Norris parou na volta 37 e entrou na luta entre Ricciardo e Gasly, mas quem aproveitou foi Hamilton que conseguiu passar Norris e Gasly.  Norris tratou de despachar Gasly e Ricciardo, tentando chegar a Hamilton, que era sexto.

Na frente, Verstappen mantinha-se na frente a controlar as operações e Leclerc não conseguia encurtar as distâncias, numa altura em que Lance Stroll abandonou a prova com problemas no seu AMR22. 

Mas na volta 47 tivemos uma situação de Safety Car, com Daniel Ricciardo a ficar parado em pista. Russell parou para trocar de pneus, tal como Sainz e Norris. Max Verstappen entrou para colocar pneus macios e Charles Leclerc fez o mesmo e poderíamos ter um final emocionante. Mas a remoção do McLaren demorou mais do que o esperado e assim, a corrida terminou sob Safety Car. Leclerc não conseguiu lançar o ataque final a Max Verstappen que venceu pela 11ª vez este ano, 31ª vitória da sua carreira e a vitória 87 para a Red Bull.

Ficou assim concluída a corrida em Monza, com um mar de gente a festejar o pódio em imagens que são sempre espetaculares.

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