F1, Testes: Mercedes e Red Bull bem lançadas

Por a 22 Fevereiro 2019 14:53

Os elogios à Ferrari têm aumentado, mas não podemos esquecer as boas prestações da Mercedes e da Red Bull na primeira semana de testes em Barcelona. Ambas cumpriram o seu programa sem grandes percalços e embora não tenham tido prestações tão vistosas quanto a Ferrari, as indicações são também positivas.

A Mercedes do costume

A Mercedes seguiu o mesmo método que tem utilizado desde 2014. Os primeiros dias ficaram marcados pelas muitas voltas dadas pelo W10, o que há uns anos atrás era motivo de surpresa e admiração, mas este ano foi apenas algo normal, olhando para a fiabilidade de todas as unidades motrizes.

Os Flechas de Prata mantiveram a sua filosofia no carro, ao contrário da grande maioria, que optou pelo caminho da Ferrari. Seria arriscado mudar agora radicalmente de ideia e a Mercedes optou por continua a evolução quer do chassis quer do motor, apesar deste ser praticamente novo. Apenas no quarto dia de testes a equipa resolveu mostrar um pouco mais da velocidade do seu carro, deixado de lado as borrachas mais duras e os stints com muito combustível. Lewis Hamilton ainda chegou aos primeiros lugares da tabela de tempos mas foi por pouco tempo. Bottas andou sempre um pouco abaixo do ritmo de Hamilton, o que nesta fase não é relevante e foi também ele que admitiu de forma mais clara que o carro precisa ainda de algum trabalho para chegar onde a equipa pretende. Para Bottas é um ano de tudo ou nada com Esteban Ocon à espreita.

Tempos e nº de voltas

Quanto aos tempos, Bottas ficou com o melhor registo, 1:17:857 (sexto melhor tempo), e Hamilton fez o tempo de 1:17:977 (sétimo melhor tempo), apesar de ter usado uma borracha um pouco mais dura (convertendo o tempo, daria o registo de 1:17:377). O britânico fez virtualmente o mesmo número de voltas de Bottas (307 para Hamilton contra 303 do finlandês), com a Mercedes a fazer um total de 610 voltas, novamente a equipa com mais voltas dadas durante a semana (um clássico). Ficou no ar a ideia que a Mercedes precisa de trabalhar um pouco mais para chegar ao nível da Ferrari, mas olhando para 2017 e 2018, podemos ver que o início dessas épocas foi também semelhante e que a Mercedes sempre conseguiu dar a volta por cima. A luta promete em 2019.

Red Bull com um arranque auspicioso

Se havia curiosidade para ver os novos carros em pista, a vontade de ver o comportamento da nova parceria Red Bull – Honda era ainda maior. Depois de vários anos com prestações duvidosas e com um 2018 de recuperação, a Honda começa agora uma nova era com a Red Bull. Se a qualidade dos chassis da equipa de Milton Keynes nunca esteve em causa, a grande dúvida para este ano estava na qualidade e fiabilidade dos motores. No ano passado vimos uma Honda a chegar a níveis de potência interessantes apesar da fiabilidade deixar ainda a desejar. Em 2019 o desafio seria sempre melhorar o tempo de vida das unidades motrizes nipónicas e pelos visto o resultado é animador.

A Red Bull conseguiu fazer 475 voltas, com Pierre Gasly a fazer 238 e Max Verstappen a fazer 237, sem problemas de maior. Os responsáveis da Red Bull chegaram a dizer que foi uma das melhores semanas de testes. Quanto à performance, Gasly ficou com o tempo de 1:18:780 e Verstappen com a marca de 1:18:787 (15º e 16º tempos da semana). Claro que se fizermos a conversão para as borrachas mais macias os tempos de ambos baixam 1.2 segundos, o que é animador.

O carro mantém a mesma acutilância na abordagem às curvas, com uma frente muito positiva e uma excelente capacidade nas curvas mais lentas. Ao nível da potência parece que a Honda está com um nível interessante pois a velocidade de ponta foi das melhores. Há obviamente trabalho a fazer mas os primeiros apontamentos são bons. Christian Horner não escondeu a satisfação, tal como Helmut Marko que disse que viu o que queria nestes primeiros dias.

Gasly com um erro

Se para Verstappen foi uma semana sem problemas e sem grandes erros, o mesmo não se pode dizer de Gasly que teve uma saída de pista no terceiro dia (o único incidente deste género durante a semana). Apesar disso as indicações do francês foram positivas. Para Max é um ano importante pois a equipa espera dele uma postura de candidato, com paciência para entender que nem sempre se pode vencer e que os títulos se conquistam com a regularidade. Mas cuidado com Gasly que tem capacidade para dar luta ao seu colega de equipa.

No geral tivemos duas equipas ligeiramente abaixo da Ferrari, mas também talvez a esconder mais o jogo que a Scuderia. A Mercedes tem ainda muita margem para progredir e a Red Bull já percebeu que ao nível da fiabilidade há excelentes notícias e que a época pode até ser mais positiva do que o esperado.

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