F1: O que esperar da Williams e da sua nova dupla em 2025?

A Williams deu hoje mais um passo importantíssimo na construção de um futuro melhor. A confirmação da contratação de Carlos Sainz é um sinal claro que o futuro da equipa pode ser muito mais risonho do que é atualmente.

Será este o anúncio mais importante da equipa dos últimos anos? Talvez, mas consideramos que o maior ainda é o da entrada de James Vowles. O ex-responsável pela estratégia da Mercedes assinou com a Williams em 2023, assumiu as rédeas das equipa e desde então as melhorias têm sido claras. Com Vowles ao leme, a Williams assinou com Pat Fry, tem melhorado em vários capítulos e tem fortalecido áreas importantes. Mas a contratação de Carlos Sainz é talvez a maior jogada de Vowles até agora.

Sainz confirma bom trabalho da equipa

A entrada de Sainz na Williams confirma o bom trabalho que tem sido feito na equipa. Convencer um piloto a abdicar de propostas de equipas como a Alpine e Audi é um sinal claro que o projeto agrada ao espanhol. A Alpine poderia ser uma boa solução, mas a instabilidade atual da equipa não ajuda. A Alpine vai deixar de receber motores Renault, o que pode significar desinvestimento por parte da marca, ou até mesmo a preparação para uma venda. Sainz não terá gostado do que viu e ouviu e excluiu essa hipótese. Já a nega à Audi é mais surpreendente. Não é normal um piloto dizer não a um projeto de fábrica, mas Sainz não sentiu a confiança suficiente para apostar na grande novidade de 2026.

Com a Williams, Sainz entra num projeto a médio / longo prazo, de uma equipa que quer voltar ao topo e que, desde a entrada de Vowles, tem dado passos interessantes. Mais ainda, vai para uma equipa com “pedigree”, com muita história, depois de passar pela Renault, McLaren e Ferrari. Não é qualquer piloto que pode mostrar um CV assim. E vai para um ambiente diferente, onde pode ajudar a construir algo memorável e com um nível de pressão diferente do que tem sentido na Ferrari.

Injeção de moral na equipa

Para a Williams é uma injeção de moral tremenda. Encarar 2025 com Alex Albon e Carlos Sainz é um luxo que poucos acreditariam ser possível há alguns meses. Alex Albon já mostrou a sua mais-valia à equipa e desde a sua entrada que tem sido fundamental no crescimento da estrutura, garantido pontos importantes e regularidade exibicional. Faltava o mesmo do outro lado da garagem.

Logan Sargeant foi uma aposta completamente falhada. A sua manutenção nesta época fez pouco sentido e os resultados obtidos confirmam isso. No ano passado, Albon fez 27 pontos, Sargeant fez apenas 1. A Williams conseguiu o sétimo lugar final, mas se as contas têm sido ainda mais renhidas, a equipa poderia lamentar a perda de milhões de dólares. Este ano a equipa está com dificuldades, mas a diferença entre Albon e Sargeant é por demais evidente. Albon precisa de um novo desafio, a equipa precisa de uma dupla forte e com Sargeant isso nunca vai acontecer.

Dupla de sonho para a equipa

Com a entrada de Sainz, fica com uma dupla de sonho. Dois excelentes talentos, dois pilotos que costumam dar muito bom ambiente nas equipas por onde passam e que são verdadeiros “team players”. Juntar qualidade, bom ambiente e capacidade de desenvolver o carro e a equipa é algo que a Williams precisava há muito.

Esta cartada de Vowles é tremenda. O britânico pode ir de férias, feliz. Falta dar um carro decente a estes dois pilotos em 2025, mas a equipa com a entrada do #55 e a manutenção de Albon ganha argumentos a todos os níveis. Será deste que voltamos a ver a Williams no topo da F1? Ainda falta muito tempo para que tal aconteça, mas pela primeira vez em muito tempo, há um rumo definido que parece prometedor.