Ayrton Senna, 29 anos: Melhores frases…

Por a 1 Maio 2023 15:06

“Em muitos sentidos, somos um sonho para as pessoas, não uma realidade.”

“O dia em que chegar, chegou. Pode ser hoje, ou daqui a 50 anos. A única coisa certa é que ele vai chegar.”

“Eu sou feliz. Serei plenamente feliz, se chegar com sabedoria aos 60 anos. De qualquer forma, ainda tenho muita vida pela frente.”

“Não me imponho limites. Tenho 33 anos e penso ainda ter muito para fazer diante de mim.”

“O que me ajuda mesmo no meu caso, é rezar. Toda a vez que entro no meu carro, eu rezo. Isso tira-me a tensão, o nervosismo.”

“Sempre que posso, estou com a minha família. Os meus familiares são a minha vida, os meus pontos de referência. É sempre importante voltar para um ponto de referência quando se viaja por todo o Mundo. De outra forma, podemos perder o rumo.”

“Uma volta rápida requer um alto nível de sensibilidade entre o corpo e a mente. É a combinação dos dois que dá a performance. Eu nunca consegui uma volta perfeita, porque sei, ao olhar para trás, que há sempre lugar a melhorar. Não importa se é apenas um décimo ou um centésimo: há sempre espaço para melhorar.”

“Há tantas coisas para as quais não conseguimos ter resposta. Eu encontrei um novo caminho na vida, no qual continuo a buscar montes de respostas, pouco a pouco.”

“A Ferrari é uma equipa em que todo o piloto ambiciona um dia poder pilotar. Antes de abandonar, hei-de guiar para a Ferrari.”

“Para mim, o medo é o perigo de nos machucarmos ou morrermos. Todos os pilotos convivem muito perto com isso todo o tempo.”

“Uma vez ouvi que o ideal seria termos duas vidas: uma para prendermos e outra para usarmos toda a experiência que acumulamos na primeira. Assim, não cometeríamos os mesmos erros. Mas não acho que esteja correcto. É preciso uma terceira via e uma quarta, porque nunca chegamos ao fundo das questões.”

“A melhor coisa que li, e que me ajuda mesmo a relaxar, é a Bíblia. É o melhor livro, o maior best-seller de todos os tempos. Nela podemos encontrar todas as respostas que procuramos.”

“Ninguém é imortal. A única diferença entre os pilotos e vocês (jornalistas) é que nós corremos mais riscos na nossa profissão. Não podemos parar de correr por causa desses riscos. Parava e depois era atropelado no meio da rua. Isto faz parte da nossa vida.”

“Não sei dirigir de outra maneira que não seja arriscada. Quanto tiver de ultrapassar vou ultrapassar mesmo. Cada piloto tem o seu limite. O meu é um pouco acima do dos outros.”

“Dinheiro é um negócio curioso. Quem não tem está louco para ter; quem tem está cheio de problemas por causa dele.”

“Para ser honesto, não me sinto o maior ídolo brasileiro. Não me sinto uma pessoa tão importante assim para merecer uma festa durante um noite toda no Brasil.”

(Outubro de 1991, ao sagrar-se uma vez mais Campeão do Mundo)

“O que sinto quando corro a 300 por hora? Emoção, prazer e desafio.”

“Vocês nunca conseguirão saber como um piloto se sente quando vence uma prova. O capacete oculta sentimentos incompreensíveis.”

“Digam ao Alain (Prost) que aqui sentimos muito a sua falta!”

(Aos jornalistas, mesmo antes do GP de San Marino, 1994)

“Esta vai ser uma temporada com muitos acidentes e suponho que todos teremos muita sorte se sairmos dela ilesos.”

(1994)

“Corro para ganhar campeonatos, não para ganhar dinheiro.”

(1992, perante a oferta da Ferrari)

“O meu maior erro? Penso que ainda não o fiz!”

(1991)

“Há corridas que terminam quando faltam seis curvas, outras logo na primeira curva.”

(1990, sobre o acidente com Alain Prost, no GP do Japão)

“Alain Prost disse uma vez que eu era um louco perigoso. Não sei como se atreveu a dizer isso! A ele dá-lhe gozo destruir pessoas e já tentou isso comigo várias vezes.”

“A F1 é terrivelmente competitiva e egoista, não é o ambiente mais adequado para fazer amizades.”

“Estamos nos limites, o carro está nos limites, o ser humano está nos limites. Isto é tudo o que são as corridas de automóveis, isto é tudo o que é a F1.”

“A minha determinação, a minha dedicação e o desejo de ser o número 1, esta é a minha força. Tenho o desejo de ser mais rápido, de fazer melhor. Se sou número 1, significa que sou melhor que outro. Sei quão difícil é ser número 1 e sei quão difícil é manter-me como número 1.”

“Não é realista pensar que se vence sempre, mas espero sempre que este não seja o fim-de-semana em que vou perder.”

“O mais importante é vencer tudo, sempre!”

“Quero vencer sempre. As opiniões que dizem que o importante é competir, são um absurdo.”

“Tenho necessidade de fazer qualquer coisa de especial. Todos os anos, alguém vence um título. Quero fazer mais que isso.”

“Não tenho ídolos. Admiro o trabalho duro, a dedicação e a competência.”

“É estranho. Sempre que penso ter ido o mais longe possível, descubro que afinal podia ir ainda mais longe.”

“Não podemos mudar o mundo sozinhos. Mas podemos dar o nosso contributo para ele mudar um pouquinho. Aquilo que faço para lutar contra a pobreza, não o dieri nunca. A F1 é bem pequena, quando comparada com esta tragédia.”

“Correr é a minha paixão. A F1 é uma grande parte da minha vida. Bater-me ao volante está-me no sangue. Não fugir à luta está na minha natureza. Quero ser o mais rápido, quero demonstrar que sou o melhor.”

“Sou um privilegiado. Sempre tive uma vida muito boa. Mas tudo isto que a vida me deu, conquistei-o com empenho e um desejo fortíssimo de atingir os meus objectivos, de vencer na vida, e não como piloto.”

“Há uma certa dose de risco nas corridas de automóveis e a F1, como se sabe, faz parte destas corridas. Mas são riscos calculados, e também outros que provocam situações inesperadas. E podemos de repente, numa fracção de segundo, desaparecer. Desta forma, percebemos que não somos nada. Num imprevisto, a nossa vida pode terminar. Mas isto faz parte desta profissão – e ou se enfrenta como um profissional, ou se fica com medo e abandonamos. Dá-se o caso de que gosto em demasia daquilo que faço para me deixar simplesmente perder; não posso, faz parte da minha vida.”

“A motivação maior é saber que há uma equipa de duas ou 300 pessoas, a trabalharem comigo. Estão lá por minha causa, acreditam em mim, sabem que chegarei a horas e que não os desiludirei.”

“Creio que poucas pessoas têm isso em consideração. Desde que sou piloto de F1, na realidade desde os tempos do karting, com excepção de 1984 na F1, sempre parti da frente. Talvez nem sempre da pole position, mas da primeira linha da grelha. E se partimos na frente dos outros, é pouco provável que fiquemos envolvidos em confusões. Porque quem está na frente é para ganhar, não para cometer erros!”

“Quando uma pessoa se encontra numa posição de força e goza de credibilidade não existe dinheiro que possa comprar esta credibilidade – podemos apenas vencer ou perder.”

“A pole position é como uma corrida de 100 metros. Damos tudo o que temos, naquele minuto/minuto e meio, contendo o fôlego em certas curvas, não respirando noutras para melhor balançar o carro, para aumentar a sensibilidade. O aumento de adrenalina é incrível, de um momento para o outro. Acho que é o momento mais forte, o maior momento de todos… Já consegui 52 e ainda espero conseguir mais. De todas as vezes que consigo um pole position, sinto-me renascer e quero partir já para a próxima, ano após ano, pole após pole.”

“Ninguém tem dúvidas de que o Prost é um grande piloto – os seus resultados falam por si. Mas não há nada de comum entre nós.”

(Senna, sobre Prost)

“Gostava que em 1993 existissem três Williams – um para mim, outro para o Mansell e outro para o Prost.”

“Quando corria na FF1600, tinha alguns problemas de condução. A FF2000 parecia-me muito mais fácil, mais leve, mais natural de pilotar. Com o Ralt de F3 dei-me ainda melhor. Acho que isto é muito importante: sinto-me melhor sempre que a potência aumenta.”

“Acho que é muito importante para um piloto vencer um campeonato demonstrando uma nítida e indiscutível superioridade.”

“Agrada-me muito pilotar e quero fazê-lo sempre sem outras preocupações.”

“Provavelmente sou um piloto de ataque pelo facto de ser jovem, mas isto não chega. Um piloto de ataque faz coisas excepcionais uma vez em dez. Um tipo frio, mais calmo, chega aos resultados quatro ou cinco vezes em dez.”

“Os carros são cada vez mais rápidos; os circuito continuam sempre os mesmos e muitos não são os mais adequados desde há muitos anos.”

“Não é só a caça ao título mundial: é uma paixão muito mais vasta. E que exige uma enorme concentração.”

“Nunca poderei ter um futuro na F1, depois de abandonar, como fazem tantos dos meus colegas. Há demasiadas coisas boas do outro lado da minha vida para escolher ficar sempre na F1.”

“Agradam-me os circuitos citadinos porque obrigam a uma condução muito polida, constantemente no máximo da concentração.”

“Eu estava a agradecer-Lhe pela vitória. Mesmo rezando eu estava superconcentrado e preparava-me para dar uma curva longa de 180 graus, quando vi a imagem de Jesus. Ele era tão grande, tão grande… Não estava no chão. Estava suspenso com a roupa de sempre, a cor de sempre e uma luz em volta. O seu corpo inteiro subia para o alto, para o Céu. Ao mesmo tempo que guiava um carro de corrida eu tinha a visão dessa imagem incrível.”

(Senna, após o GP do Japão de 1988, quando conquistou o seu primeiro título mundial)

“Ali, se houver um problema, só me resta fazer o sinal da Cruz.”

(Sobre a curva Tamburello, antes do acidente)

“A F1 é um tempo perdido, se não for para vencer!”

(1985)

“Foi o instinto: parei e fiz sinal para um bandeirinha que estava do meu lado. A bandeira, a bandeira! – mas o cara não entendia nada. Até que o bandeirinha olhou para mim e olhou para o cara e entendeu. Foi lá, tomou a bandeira do torcedor que estava pendurada lá na cerca – como é maravilhosa essa torcida – e trouxea para mim. Foi um dia especial.”

(Senna, sobre a primeira vez que empunhou a bandeira do Brasil após uma vitória, no GP de Detroit de 1986, no dia seguinte ao Brasil ter sido eliminado do “Mundial” de Futebol.)

“Mulher brasileira dá de dez a zero em qualquer outra mulher aí pelo mundo. A mulher brasileira tem charme, uma ginga, sabe se vestir, sabe combinar cores. Não há mulher mais bonita. É uma parada. As poucas tentativas de namoro na Europa não deram resultado.”

(Dezembro de 1986, ao vivo no programa da TV Cultura “Roda Viva”)

“Eu não sou marinheiro, com um amor em cada porto, mas sou muito namorador – uma encrenca – e romântico. Para mim, a mulher não é para exibir, é para dar atenção e para amar.”

(Senna, na altura em que namorava Xuxa Meneghel)

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asfalto
asfalto
3 anos atrás

Senna era especial pelo que conseguia e pelo que dizia. Muito bom recordar todas as frases que fomos ouvindo durante a sua vida. Umas de grande sabedoria, outras de arrepiar.

Fernando Cruz
Fernando Cruz
3 anos atrás

“Ali, se houver um problema, só me resta fazer o sinal da Cruz” (referindo-se a Tamburello) São frases como esta que me levam a pensar que Senna ainda hoje poderia estar vivo se não deixasse tudo “nas mãos de Deus”. Isto porque não se pode confiar em Deus. Dito de outra forma, Deus não faz tudo sozinho, nós cá temos também de fazer a nossa parte. A parte que Ayrton não fez foi usar a sua influência para resolver de vez o problema de segurança na curva Tamburello. Ele mesmo chegou a dizer “um dia ainda alguém morre aqui” quando,… Ler mais »

rmcracing
rmcracing
Reply to  Fernando Cruz
3 anos atrás

É verdade que Senna foi com Berger verificar se na curva de Tamburello podiam recuar a barreira onde viria a bater mas verificaram não ser possível porque passa um rio por trás. Pôr uma barreira de pneus? Numa curva feita a mais de 300 km/h iam estreitar ainda mais a escapatória? O que matou Senna foi uma peça da suspensão que lhe furou o capacete e atingiu o cérebro, não tinha um único osso fracturado. Senna sempre se envolveu na segurança da F1 particularmente com Sid Watkins e a pressionar a FIA. Senna acreditava em Deus, mas não era ignorante,… Ler mais »

Fernando Cruz
Fernando Cruz
Reply to  rmcracing
3 anos atrás

Deixou tudo nas mãos de Deus apenas na questão da segurança, concretamente naquela curva. Estando lá uma barreira de pneus dificilmente seria atingido pela peça da suspensão. Aliás, a barreira de pneus até estava lá em 1989 e salvou a vida de Berger, foi um crime ter sido retirada. Quanto ao Piquet em 1987, teve a sorte de bater num ângulo diferente depois de o Williams ter rodopiado antes do forte impacto no muro, caso contrário podia ter sido ele a levar com peças da suspensão. Uma coisa é certa, se Piquet ou Berger, um deles, tivesse morrido naquela curva,… Ler mais »

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