A Fórmula 1 celebrou 73 anos, mas mantém a vitalidade

Por a 14 Maio 2023 16:04

A 13 de maio de 1950 tinha início o primeiro campeonato do mundo de pilotos de Fórmula 1. Realizada em Silverstone, a primeira prova foi vencida por Giuseppe Farina com um pódio preenchido com os pilotos com carros da Alfa Romeo, que tinha sido tentada pela nova competição. Luigi Fagioli foi segundo e Reg Parnell foi terceiro, enquanto Juan Manuel Fangio desistiu a oito voltas do final da corrida inaugural. Farina, que passado uma semana esteve envolvido num incidente na primeira volta do Grande Prémio do Mónaco, viria a ser o primeiro campeão do mundo da disciplina.

De 1950 até agora, mais 33 pilotos escreveram o seu nome na história da Fórmula 1 como campeões do mundo, destacando-se dois deles por somarem 7 títulos: Michael Schumacher e Lewis Hamilton. A primeira temporada teve sete corridas – apesar das 500 milhas de Indianápolis tecnicamente fazer parte do calendário, os pilotos ficaram-se pelas restantes seis corridas em solo europeu – e assistimos agora a um calendário composto por 23 corridas, separadas por vários pontos do globo e cada vez mais afastadas da Europa.

De lá (1950) para cá mudou quase tudo. Silverstone, Spa-Francorchamps, Monza e Mónaco mantêm-se no calendário, apesar de traçados fortemente alterados. Alguns destes circuitos da temporada inaugural do campeonato do mundo de pilotos de Fórmula 1 têm a sua continuidade na disciplina ameaçada. Mudou mesmo muito, a forma de competir, a forma de consumir a Fórmula 1 e até os próprios fãs mudaram, mas a competição soube reinventar-se depois de alguns anos estagnada e atravessa um período muito interessante.

Os pilotos são carismáticos, duros em pista e os carros – apesar de pesados e grandes – são rápidos e máquinas com tecnologia de ponta. Pode ter mudado muito, mas a Fórmula 1 mantém o epíteto de pináculo do desporto motorizado.

Desengane-se quem pensa que se trata apenas de um grupo de pilotos sem sabor e sem qualidade, que têm na mão um carro que faz tudo por eles e que se trata apenas de um ‘show’. Como é óbvio, há sempre coisas a melhorar na parte desportiva, tanto nas regras como na escolha de circuitos que permitam melhores corridas. Mas a Fórmula 1 está bem de saúde. Apesar de toda a nostalgia de outros tempos, que todos sentimos por mais novos ou mais velhos que sejamos, e do que parece ser o domínio de uma equipa na frente do pelotão, a competição está boa e mantém uma dose boa de política e de jogos de bastidores, além de um pelotão aguerrido com novos e experientes pilotos.

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