Opel Corsa – um percurso de sucesso… com cinco gerações

Por a 27 Abril 2017 15:25

Se há modelo que é um marco no mundo automóvel é o Opel Corsa, ou “o Corsa”, como muitas vezes a ele nos dirigimos. “O Corsa” faz parte do quotidiano e muitas vezes é visto como mais que um carro, é um companheiro de viagem, aquele amigo… A última geração, a 5ª, foi lançada em 2014 e a Opel recebeu há dias a encomenda número 750.000, que prova que o modelo continua bem vivo no mercado e recomenda-se.

Em Portugal, é caso para se perguntar, quem nunca teve um? Certamente haverá muita gente, mas também é um carro que faz parte do imaginário e realidade de muitos outros. No total já passaram cinco gerações desde o seu lançamento, em 1982, e já conta com mais de 13 milhões de unidades vendidas, representando cerca de um quarto do volume de vendas da Opel. Recordamos por isso o seu percurso:

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1ª geração: 1982 a 1993

Nasceu em 1982 como o irmão mais novo do Kadett. Eram 3,62 metros de comprimento; guarda-lamas alargados ao estilo de carro de ralis e um coeficiente aerodinâmico recordista de 0.36. O desenhador-chefe do projeto, Erhard Schnell, criou um utilitário com linhas marcadas e desportivas, procurando apelar ao “homem da casa”. A gama alargou-se rapidamente com motores Diesel. Nos últimos anos surgiu a versão GSi, com 100 cv de potência. Às variantes de três e quatro portas juntou-se a carroçaria de cinco portas em 1985. O Corsa A tornou-se num ‘best seller’, tendo sido produzido um total de 3,1 milhões de unidades.

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2ª geração: 1993 a 2000

Apesar do sucesso do primeiro Corsa, foi tomada a decisão em Rüsselsheim de posicionar o sucessor como um automóvel essencialmente dirigido a um público feminino. O ‘designer’ Hideo Kodama lançou mãos ao trabalho e do seu estirador saiu um Corsa muito mais arredondado e sofisticado. O Corsa B tinha mais 10 centímetros de comprimento que o anterior e um habitáculo consideravelmente maior. Foi responsável por uma série de estreias absolutas neste segmento de mercado, como o ABS, a proteção contra embates laterais e os ‘airbags’ frontais. Para mercados especiais, o Corsa veio a ter variantes de três volumes, ‘station wagon’ e ‘pick-up’. Os motores já possuíam tecnologia de injeção de gasolina e catalisadores. As versões Diesel tinham agora turbocompressor e o topo de gama GSi exibia um motor 1.6 com 16 válvulas. A segunda geração Corsa foi um verdadeiro caso de sucesso em todo o mundo, tendo ultrapassado a marca de 4 milhões de unidades vendidas.

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3ª geração: 2000 a 2006

Foi de novo o traço de Hideo Kodama que deu origem ao Corsa C. Tratava-se de uma evolução do modelo anterior e as semelhanças eram evidentes. Uma vez mais, o comprimento aumenta 10 centímetros. Também há incrementos na largura e na distância entre eixos, o que se reflete num habitáculo claramente maior. Pela primeira vez, a carroçaria é composta integralmente de aços galvanizados. Este Corsa estreia sofisticados motores ECOTEC a gasolina, com quatro válvulas por cilindro, e variantes turbodiesel com injeção direta. Em todos os casos destacava-se a eficiência, com potências elevadas, baixos consumos e baixas emissões. Todos os Corsa já cumprem a exigente norma de emissões Euro 4. No final do ciclo do modelo, as vendas situam-se em 2,5 milhões de unidades.

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4ª geração: 2006 a 2014

Tal como no Corsa B, as variantes de três e cinco portas são distintas. O Corsa D de três portas assume uma postura mais dinâmica, ao estilo ‘coupé’, um pouco como o Corsa A também. Por seu turno, o de cinco portas torna-se num espaçoso automóvel familiar, com quase quatro metros de comprimento. Com tecnologia ecoFLEX, incluindo sistema Start/Stop, o Corsa de quarta geração primava por motores eficientes. As vendas chegaram à fasquia de 2,8 milhões de unidades.

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5ª geração: desde 2014

Com 750.000 unidades vendidas até à data, a quinta geração Corsa continua a ser produzido nas fábricas da Opel em Saragoça, Espanha, e em Eisenach, na Alemanha, com variantes de três e cinco portas. Eisenach é também de onde sai o modelo ADAM, portanto o Corsa tem agora ‘irmãos’ mais pequenos, tal como o Kadett uma vez teve o Corsa.

André Duarte

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3 Comentários
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ernie
ernie
6 anos atrás

Pena que o D e o E sejam Fiat bem disfarçados, com os problemas de falta de fiabilidade eléctrica e de qualidade de construção tradicionais dos Fiat. Neste momento tenho um B Centenário de 1999 sem problemas e um E de 2015 cheio de problemas eléctricos, cintos que não recolhem, elevadores dos vidros soltos, forros interiores a soltarem-se… Como o Corsa F já deve ser um Peugeot, talvez a coisa melhore, mas a mim não me devem vender mais nenhum Opel, eu que sou cliente há mais de 30 anos, e tive Kadett D e E, Astra, Vectra e Corsa… Ler mais »

ernie
ernie
6 anos atrás

Já agora, acrescento que também o Adam é um Fiat 500 bem disfarçado, e o Combo um Dobló muito mal disfarçado.

joseaalves
joseaalves
6 anos atrás

Bem vindo ao clube. Também sou consumidor Opel desde 87, não esperava minimamente que o meu ultimo Opel fosse portador de tal virose, depois de ter mais de 2 milhões de km estrada, em Opel. Nunca a Opel construiu um carro assim! lembram-se? Pois bem, é verdade! NUNCA A OPEL CONSTRUIU UM CARRO ASSIM!TÃO MAU !!! e constrangedor! Talvez por este e outros motivos passou a fazer parte da PSA. Quem sabe? Não que a PSA seja má, até porque pelo meio tive um AX e foi um excelente estradista, durante 24 meses e 170.000 kms, sem desgaste. Bela máquina… Ler mais »

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