F1: Leclerc à espreita de uma oportunidade caso a Ferrari repita no Japão o que fez em Singapura

Por a 20 Setembro 2023 18:48

Charles Leclerc espera que a Ferrari possa replicar a performance do Grande Prémio de Singapura no Japão, a próxima prova da temporada da Fórmula 1. Conseguindo-o, o monegasco ‘pisca’ o olho à equipa italiana para não perder o comboio para Carlos Sainz e é candidato a um possível triunfo. 

Para o registo ficará que a primeira vitória da Ferrari em 2023 pertenceu a Carlos Sainz, sendo ainda mais importante porque se tratou de quebrar o ciclo triunfante da Red Bull e de Max Verstappen, o mais forte (fortíssimo) candidato ao título mundial de pilotos. Tendo confirmado que nunca esteve no “plano” da equipa lutar pela vitória em Singapura, a função de Leclerc foi de sacrificar-se pelo triunfo de Sainz e da equipa italiana, que bateu a concorrência que vinha a apresentar-se mais forte quando teve de o fazer. Fazendo questão de sublinhar o seu papel na conquista do companheiro de equipa, Leclerc colocou-se também numa posição que lhe pode conceder algum espaço de manobra para poder terminar uma corrida no primeiro lugar, caso o desempenho do SF-23 seja semelhante ao fim de semana passado. Mesmo que isso signifique discutir com Sainz.

Sacrificou-se e agora pode ser a sua vez. Visto que Charles Leclerc é um piloto muito valioso para ser unicamente o que se designa de ‘segundo piloto’ na Ferrari, o monegasco pode vir a exigir um tratamento igual. E até tem mais fundamentos para o fazer, pelo simples facto que os responsáveis da equipa italiana salientam que não há piloto número  1 ou número 2. 

Quando questionado, ainda em Singapura, pelo Channel 4 britânico se não era uma “dor de cabeça” não haver qualquer ordem para beneficiar um piloto em detrimento de outro,  Frédéric Vasseur afirmou que não, preferia “ter dois bons do que dois m*******!”. 

Sainz lidera a dupla da Ferrari na classificação, com uma vantagem para Leclerc de 19 pontos a sete corridas do final da temporada. A luta em pista entre os dois em Monza foi intensa, mas limpa e sem nenhum motivo para se arrependerem, ou seja, danos nos monolugares. 

Leclerc disse, também, que não podia esconder alguma “desilusão” no final da corrida de Singapura, “porque, gostava de ter tido um melhor resultado, mas no final cabia-me a mim fazer um melhor trabalho” no dia anterior, na qualificação. 

“Espero realmente que seja possível reproduzir isto [o desempenho do carro em Singapura] em Suzuka e estou ansioso por ver, porque se o fizermos, então é um sinal muito bom para o futuro”, disse o monegasco no fim de semana passado. “Em Zandvoort fizemos muitos testes, em Monza quisemos reconfirmar esses testes e como entendemos o carro e aqui aplicamos tudo e parece ter sido um grande passo em frente”. Caso isso aconteça em Suzuka e Leclerc consiga uma melhor qualificação, deverá pedir o mesmo tratamento que Sainz teve e colocar-se na posição para vencer. 

A grande dúvida é a Red Bull. Porque sem os carros de Milton Keynes “escorregarem”, não parece possível que alguma equipa adversária tenha argumentos para os vencer em pista. 

Foto: Philippe NANCHINO / MPSA

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breno_mascarenhas2020_hotmail_com
1 ano atrás

Leclerc, Sainz is a better strategist than you.

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