Carlos Sousa: “Foi um excelente teste para o Dakar, tanto do ponto de vista físico como da condução”
Numa edição que juntou 90 equipas e mais de 360 pilotos no Terródromo de Fronteira, Carlos Sousa logrou chegar à primeira vitória da sua carreira na prova organizada pelo Automóvel Clube de Portugal e onde apresentava até agora um 2º lugar como melhor resultado, quando em 2003 partilhou a Mitsubishi Strakar oficial com Miki Biasion, Stéphane Peterhansel e Miguel Barbosa.
“Nunca é fácil vencer uma prova e muito menos se esta tiver 24 horas de duração e quase uma centena de equipas em pista! Na verdade, mais do que ter o melhor carro e os pilotos mais rápidos, importa aqui saber encontrar o equilíbrio certo entre rapidez e regularidade, um pouco a exemplo do que acontece num Dakar”, explica Carlos Sousa, que aproveitou esta prova precisamente para ganhar algum ritmo competitivo antes da partida para a América do Sul.
“Nesse particular, e porque já não competia desde abril, foi um excelente teste para o Dakar, tanto do ponto de vista físico como da condução, uma vez que pude realizar bastantes quilómetros em ritmo de prova e em condições sempre muito díspares”, acrescenta Carlos Sousa, recém-chegado da China na última quarta-feira, onde foi apresentado como piloto oficial do Team Great Wall no Dakar 2012.
Convidado por Mário Andrade para liderar um quarteto que incluía ainda Francisco Pita e o francês Cédric Duplé, este em estreia na prova alentejana, Carlos Sousa revelou-se determinante para o quarto sucesso da equipa em Fronteira, sobretudo quando tomou de assalto a liderança da corrida ao início da noite e, já a meio desta manhã, confirmou o triunfo do Moncé Clio V6 no seu último turno de condução.
“Nem tudo foi fácil de início, já que logo na partida tivemos uma avaria com a bomba de gasolina que nos atrasou bastante na classificação. Contudo, encetamos depois uma fantástica recuperação até final do dia, chegando à liderança já ao cair da noite, altura em que apostámos forte e fizemos toda a diferença na fase mais exigente da prova”, resumiu Carlos Sousa, que viria a completar a corrida com 1 volta de vantagem sobre os segundos classificados e 2 voltas para os terceiros.
“O último turno foi particularmente difícil, não só pelo cansaço acumulado, mas principalmente porque o eixo traseiro do carro estava totalmente desalinhado. Face ao modo como iniciámos a corrida, a vitória acabou por ser algo surpreendente, mesmo se acabámos por ser regularmente os mais rápidos em pista”, concluiu o piloto português e um dos principais obreiros desta vitória em Fronteira.
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