F1: Red Bull vai votar contra o halo
Um dos momentos altos do segundo dos testes de Fórmula 1 definidos para esta temporada foi a aparição em pista do ‘halo’ da Red Bull, sistema defendido pela Ferrari e apoiado pela FIA, com o organismo a defender a sua incorporação obrigatória a partir da próxima temporada.
Pierre Gasly foi o piloto escolhido para efectuar este contacto, mas a Red Bull já afirmou que irá votar contra o conceito estreado pela Ferrari ainda na pré-temporada, e cuja segunda versão foi testada por Sebastian Vettel na segunda sessão de treinos livres do Grande Prémio da Grã-Bretanha.
“É uma solução deselegante para o problema com que estamos a lidar”, disse Christian Horner, diretor desportivo da equipa. “Preferia que se demorasse mais tempo a investigar a matéria de forma a chegar a um sistema como deve ser do que apressar algo que poderá ter outras consequências. Não sou um grande fã do halo nem das limitações que ele tem neste moemnto. Certamente não votaria a favor dele neste momento”.
Embora a FIA tenha determinado a aparição do halo em 2017, essa matéria tem ainda de ser votada pelas equipas no Grupo Estratégico da F1 e na Comissão, uma vez que a sua introdução requer uma alteração ao regulamento definido para o próimo ano.
Se houver um bloqueio, a FIA tem a possibilidade de tornar a medida obrigatória com base num imperativo de segurança.
O Autosport já não existe em versão papel, apenas na versão online.
E por essa razão, não é mais possível o Autosport continuar a disponibilizar todos os seus artigos gratuitamente.
Para que os leitores possam contribuir para a existência e evolução da qualidade do seu site preferido, criámos o Clube Autosport com inúmeras vantagens e descontos que permitirá a cada membro aceder a todos os artigos do site Autosport e ainda recuperar (varias vezes) o custo de ser membro.
Os membros do Clube Autosport receberão um cartão de membro com validade de 1 ano, que apresentarão junto das empresas parceiras como identificação.
Lista de Vantagens:
-Acesso a todos os conteúdos no site Autosport sem ter que ver a publicidade
-Desconto nos combustíveis Repsol
-Acesso a seguros especialmente desenvolvidos pela Vitorinos seguros a preços imbatíveis
-Descontos em oficinas, lojas e serviços auto
-Acesso exclusivo a eventos especialmente organizados para membros
Saiba mais AQUI







jójó
12 Julho, 2016 at 15:29
A admiração era se votassem a favor!
João Pereira
12 Julho, 2016 at 18:16
A admiração, é se alguém votar a favor. Aliás, ainda não há certezas de que haja sequer uma votação, porque parece que a coisa vai ser imposta pela FIA.
jójó
12 Julho, 2016 at 18:25
Concordo com a segurança, mas só ao fim de 60 anos descobriram que era perigoso, e ainda dizemos mal dos alentejanos.
João Pereira
13 Julho, 2016 at 10:04
Também concordo com segurança, só que impor uma solução que não é válida para acidentes como o do Felipe Massa (09_Hungaroring), ou o de Helmut Marko (72_Clermont Ferrand) e até mesmo o do Senna (94_Imola), recorrendo a um dispositivo que ainda por cima dá um ar ridiculo aos carros, parece-me precipitado e inútil.
No entanto, reconheço que com este dispositivo, talvez Justin Wilson e Henry Surtees estivessem vivos, embora tenha algumas dúvidas em relação ao primeiro.
Quanto ao Timing, mais vale tarde do que nunca.
jójó
13 Julho, 2016 at 10:18
È verdade que sim, aliás os carros dos anos 60 e 70 tinham um pequeno para-brisas que foi retirado pois os óleos acumulavam-se e retiravam visibilidade, se calhar deviam começar a pensar em penalizar os carros que vertessem líquidos e podiam voltar a colocar os para-brisas.
Alias lembro-me que o Gilles morreu porque se partiram os cintos de segurança uma semana depois na Indy outro piloto morreu precisamente porque os cintos não se partiram, uma ironia.
João Pereira
13 Julho, 2016 at 14:12
O Gilles não morreu por quebra dos cintos, mas for colapso total da monocoque. Lembre-se lá que a baquet estava agarrada ao corpo do pobre.
O pára brisas era usado porque os pilotos tinham uma posição mais vertical, e como tal menos resguardada, também servia para ajustar o cockpit aos pilotos mais altos, veja lá a diferença de para-brisas dos McLaren M23 do James Hunt e do Jochen Mass em 76, já agora observe a diferença de altura do Rollbar de ambos, e olhe que há muitos mais exemplos.
Já agora, em 3 nomes, dois estiveram no mesmo acidente: Gilles Villeneuve e Jochen Mass.
Cumps.
jójó
13 Julho, 2016 at 14:30
Tens razão em relação ao Giles foi precisamente o contrário, teria tido alguma (muito pouca) hipótese de sair vivo se os cintos tivessem cedido ja na Indy seria evidentemente ao contrário.
È o que dá responder de cabeça.
Em relação á posição dos pilotos, evidentemente há essa abismal diferença, de qualquer das maneiras não penso que o Halo seja solução, talvez o Aeroscream seja mais eficaz.
Mas como tudo, e desta vez apenas para variar, concordo com a Red Bull, deviam dar mais tempo e estudar aprofundadamente o que poderia diminuir efectivamente o risco e preocuparem-se menos com a indemnização á família do Bianchi.
João Pereira
14 Julho, 2016 at 1:08
O caso Bianchi já devia estar encerrado. A familia está só a ver se saca algum, porque o rapaz morreu antes de eles terem proveito. A atitude que estão a ter é vergonhosa, e não acredito que Jules #17 Bianchi aprovasse, se fosse possível consultar a sua opinião.
Muitos pilotos já perderam a vida em desportos motorizados, e se não estou em erro, é a primeira vez que uma família vem pedir “guito”.
Faz lembrar o Pai da Amy Winehouse a tentar rentabilizar a imagem da filha depois de morta.
Em relação á posição “deitada” dos pilotos, há que assinalar que em 2018, vão ser feitas alterações nos LMP, porque a posição muito horizontal dá origem a lesões na coluna em caso de acidente, se pensarmos que foi a F1 a começar a “deitar” os pilotos com um Tyrrell 0XX, o primeiro com aerodinamica tipo F16, se não me engano a iniciar um tal Jean Alesi…
Cumps.
G-rod_dj
13 Julho, 2016 at 9:49
O que eu acho extraordinário é que com esta situação, acidentes como o do Massa ou do Senna vão continuar a acontecer. O halo só foi pensado para evitar contactos com “Tratores de 10T”. Já as pequenas peças voadoras, que são verdadeiros projecteis, irá continuar a acertar nos capacetes e a furar viseiras.
Simplesmente estúpido! e HORRIVEL!!!
João Pereira
13 Julho, 2016 at 15:40
Não!
O Halo foi pensado para responder a acidentes em que o piloto é atingido por um grande objecto, como no caso do Henry Surtees na F2, que foi atingido por uma roda, ou do Vittorio Brambilla que também foi atingido por uma roda do Ronnie Peterson em Monza 10-09-1978, mas ninguém se lembra, só se lembram que ele ganhou o GP da Austria de 75 com carro já em aquaplanning e que foi mais um em que ele bateu (alguém se lembra que também ele foi bom nas motos?). Fica a faltar os pequenos objectos, como Helmut Marko e Felipe Massa.
Quanto ao tractor, pessoalmente considero que o assunto é mais complexo, e por isso tão polémico, também acho que o piloto pode ser muito responsabilizado pelo acidente (Temos pena, muitos pilotos já perderam a vida por erros próprios).
Bianchi foi vitima da dinâmica do impacto, e não de ferimento externos, que é a única coisa que o Halo ou o Air screen podem evitar, a não ser que seja uma estrutura pensada para absorver e dissipar a energia do impacto.
Cumps.
G-rod_dj
13 Julho, 2016 at 16:03
Concordo com o seu comentário, mas o que despoletou a “necessidade” e urgência de tal sistema foi o acidente do Bianchi.
No entanto continuo a achar inacreditável, que tendo eles um solução que poderia minimizar ambas as situações., escolheram a que só protege (especificamente) uma.
João Pereira
14 Julho, 2016 at 1:53
Sim, foi o acidente do Bianchi, mas acha que o Halo ou o Windscreen lhe salvariam a vida?
Mika Hakkinen e Karl Wendlinger talvez possam esclarecer um pouco. Ambos sofreram graves concussões cerebrais em acidentes de F1, e sobreviveram porque o cérebro sofreu um impacto diferente do Bianchi. Bianchi não levantou o pé, o carro saíu e foi bater onde onde já tinha batido outro, só que antes de lá chegar, já lá estava um “Manitu”. Mais um piloto que perdeu a vida por não ter medo. Deixo a minha admiração, homenagem e o desejo de que apareçam mais pilotos fantásticos como ele e todos os pilotos sem medo, mas com respeito por bandeiras amarelas, porque só quem já perdeu alguém ainda jovem sabe o prejuizo que cá fica.
Quanto à familia Bianchi, devia aceitar o que aconteceu, como o Jules #17 Bianchi aceitava os riscos que corria e todos os pilotos sempre aceitaram e aceitam.
Já reparou que nos anos 60, 70 e 80 pelo menos 2 pilotos perdiam a vida na F1 todos os anos, ninguém pedia indemnizações, e os jovens até achavam que fazia parte do jogo e era o que lhes dava lugar no topo?
Quer os nomes de que me lembro assim de repente?
Jim Clark (F2), Jochen Rindt, Roger Williamson, Peter Revson, François Cevert, Tom Price, Ronnie Peterson, Gilles Vileneuve, Elio De Angelis, Patrick Depailler…
Feridos graves?
Helmut Marko, Rolf Stommelen, Niki Lauda, Vittorio Brambilla, Jean Pierre Jabouille, Clay Regazzoni, Didier Pironi, Philippe Streiff….. Pedro Lamy!!!
A familia Bianchi devia ter vergonha por pedir uma indemnização sem precedentes.
Case closed!
Cumps.
Cariocecus
13 Julho, 2016 at 10:27
Halo: Tapar o Sol com uma peneira