IMSA – Mazda forte mas portugueses por perto

Por a 7 Janeiro 2019 15:16

O ROAR before the 24 mostrou um pouco do que poderão ser as 24h de Daytona. O fim de semana de preparação para a primeira grande prova do ano permitiu tirar algumas conclusões, embora não devamos esquecer que estamos a falar apenas de testes e que as equipas escondem sempre um pouco o jogo.

Em relação aos DPi tivemos 11 máquinas em pista. Se a qualidade das máquinas está assegurada, a qualidade dos artistas merece também ser enaltecida. Uma lista de luxo que conta com alguns dos melhores pilotos do mundo. É só perder 30 segundos para analisar a lista de inscritos e facilmente esboçamos um sorriso de satisfação.

A marca mais representada é a Cadillac com 6 carros, além dos Acura, do Nissan da Core autosport e dos Mazda. Foram precisamente os Mazda que deram nas vistas neste fim de semana. Os chassis da Multimatic que a marca japonesa usa, foram sendo aprimorados graças ao conhecimento e experiência da Team Joest em 2018 e em 2019 a aposta parece ser ainda maior, com algumas mudanças ao nível do Staff. A aposta parece ser séria e pelos vistos o trabalho realizado foi bem feito pois os #55 e #77 foram mesmo dos mais rápidos nas sete sessões de treino. Os Mazda foram rodando no segundo 34, mas na qualificação conseguiram aumentar o ritmo e chegaram ao segundo 33. Lideraram quatro das sete sessões e fizeram o tempo de referência deste fim de semana. Oliver Jarvis foi o homem mais rápido, mas Harry Tincknell ficou muito perto do tempo do seu colega de equipa.  São bons apontamentos para uma equipa que evoluiu bem em 2018 e que este ano parece estar com o andamento certo para dar mais um salto qualitativo.

 

Os Cadillac foram, sem surpresa, presença regular nos lugares da frente. As máquinas americanas tem sido a referência desde a entrada em ação dos DPi e não parece que este ano percam a coroa com facilidade. A WTR foi a equipa que se evidenciou nos primeiros treinos, mas quando foi “a doer”, foi Filipe Albuquerque a fazer o melhor registo dos “Caddy”. Felipe Nasr ficou perto do tempo de Albuquerque e Jordan Taylor ficou a alguma distância. Os “novos” Cadillac da JDC e da Juncos ficaram a alguma distância de forma compreensível, dada a falta de experiência com este tipo de maquinaria.  Ricky Taylor ficou com o terceiro posto no Acura #7 e apesar de mais discretos nos treinos, o tempo de Taylor foi um bom lembrete, pois tirar os Acura da equação é um equívoco. No último posto ficou o Nissan da CORE, os vice-campeões do ano passado com um LMP2. Agora com uma das máquinas ex-ESM irão tentar mostrar a mesma eficiência que em 2018, apesar de nesta fase ser ainda cedo para isso.

Para já temos os Mazda na frente, com os Cadillac da Action Express por perto, seguido dos Acura. O “Caddy” da WTR parece estar também pronto para a luta, esperando evitar os problemas de 2018 (rebentamentos sucessivos dos pneus). Um furo abaixo parecem estar os Cadillac da JDC, da Juncos e o Nissan da CORE.

O mais certo é todas as equipas terem escondido um pouco o jogo, até para evitar penalizações demasiado severas do BoP que ainda terá de ser definido. Para as cores portuguesas o cenário é para já positivo. o andamento foi positivo e a Action Express tem muita experiência neste tipo de competição e sabe que a corrida não se ganha na qualificação. A acompanhar Barbosa e Albuquerque estão Christian Fittipaldi e Mike Conway, garantia de bom andamento enquanto os nossos compatriotas estiverem a descansar.

A luta pela vitória será certamente renhida, mas todos queremos voltar a ver a bandeira portuguesa a voar mais alto em Daytona.

Os LMP2 este ano competem  numa classe separada. No ano passado a necessidade de equilibrar as prestações do LMP2 à dos DPi penalizou em demasia as máquinas americanas e para 2019 ficou decidido que os LMP2 passam a ser uma categoria Pro-Am com os DPi a serem uma categoria Pro. É no fundo um regresso da categoria Prototype. A adesão foi fraca nesta primeira fase, apenas com quatro Oreca em pista, mas espera-se que mais equipas da Europa ganhem interesse na competição ao longo do ano. No que diz respeito a tempos, a PR1 Mathiasen Motorsports foi a equipa que mais vezes surgiu no topo, mas os dois carros da DragonSpeed não podem ser esquecidos. A equipa teve alguns problemas com a chegada do material à pista, o que atrasou o programa definido, mas a equipa tem experiência e qualidade ao volante para tentar o resultado desejado.

 

Nos GTLM espera-se mais uma grande luta pela vitória. Os tempos ficaram muito próximos e na qualificação, a diferença entre o primeiro e o último da classe foi de …0.640seg. Os Porsche mostraram ligeiramente mais andamento nos treinos, mas na qualificação foram os Corvette a ditar a lei, com a Ferrari também com andamento interessante, tal como a Ford, que no ano passado dominou a corrida. Os BMW estiveram um pouco mais discretos, mas estão incomparavelmente mais perto da frente do que no ano passado, quando estrearam o novo M8 GTE. É claramente uma das lutas mais esperadas da prova e os GTLM serão um espetáculo dentro do próprio espetáculo. Destaque para Alex Zanardi. No meio da lista de grandes pilotos inscritos nesta classe, o italiano merece uma menção especial. Zanardi continua a superar barreiras e a mostrar uma força indomável.

Nos GTD os 23 carros em pista deram a prova que a luta pela vitória será também muito dura. O equilíbrio foi uma constante como é normal nos GT3 (GTD nos EUA) mas tivemos alguns nomes a mostrarem algo mais. O Mercedes AMG GT3 #33 da Riley Motorsports – Team AMG foi um dos carros que mais vezes surgiu na frente da tabela de tempos. A pole na qualificação foi assegurada pelo Acura NSX GT3 #57 da Meyer Shank Racing, o carro com tripulação 100% feminina, mas por perto ficou o Lexus #12 da AIM Vasser Sullivan e o outro Acura da Meyer Shank Racing, o #86. Outro dos destaques para os fãs portugueses é a presença de Pedro Lamy ao volante do Ferrari #51 da Spirit of Race, com os colegas Paul Dalla Lana, Mathias Lauda e Daniel Fraga. O andamento foi interessante durante os cinco treinos (os GTD ficaram limitados a apenas dois dias de testes) e olhando para o que foi 2018 há motivos para estar otimistas quanto ao possível andamento do #51 em prova.

Ainda faltam alguns dias até chegar o tão desejado fim de semana de 26 e 27 de janeiro. Falta saber qual será o BoP para a prova, mas para já há motivos para estarmos satisfeitos. Um cartaz de luxo com grandes máquinas e grandes pilotos, uma pista mítica, e três portugueses com capacidade e material para lutar por um bom resultado.

 

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