IMSA, Filipe Albuquerque: Faltaram 7 segundos para chegar às 4 vitórias em Daytona

A história de Filipe Albuquerque em Daytona é uma história de amor, com algumas desilusões à mistura. Desde 2013 que o piloto de Coimbra tem mostrado o seu talento na pista americana, que já lhe deu momentos de alegrias e momentos de desilusão.
A história de Albuquerque começou da melhor forma e logo na sua primeira visita, em 2013, conseguiu vencer na categoria GT. Em 2016 fez a primeira corrida na classe principal com a Action Express, ao lado de Barbosa, no último ano dos DP, antes da entrada dos DPi. Albuquerque venceu à geral pela primeira vez em 2018 com a Action Express, (ao lado João Barbosa e Christian Fittipaldi). A vitória chegou no ano seguinte da grande desilusão de 2017, em que a luta com o #10 da Wayne Taylor Racing azedou nos últimos dez minutos, em que um toque entre o #10 do Ricky Taylor e o #5 de Albuquerque levou o português a perder a possibilidade de lutar pela vitória. O destino quis que ambos se tornassem colegas de equipa e bons amigos alguns anos depois. Depois da desilusão, veio o tão desejado relógio Rolex, prémio que os vencedores recebem.
Albuquerque voltou a vencer a prova em 2021. Um recital de condução dado pelo piloto luso, na última hora da prova em que segurou de forma imperial a liderança da prova, no seu primeiro ano na Acura, adaptando-se a um carro novo e uma equipa nova. Os ataques dos adversários sucederam-se, mas nada perturbou a estrela portuguesa, que conquistou assim Daytona pela terceira vez, segunda à geral.
O nome de Albuquerque já estava na história de Daytona, mas o português podia ter ainda mais destaque. Se a primeira corrida com a Acura em Daytona resultou em vitória, as duas seguintes foram mais duras para o português. Em 2022, Albuquerque lutou até ao fim com o Acura #60 e a diferença entre o #60 vencedor e o #10 do piloto de Coimbra foi de apenas 3 segundos.
Este ano, sorte voltou a não querer nada com o #10 do piloto luso. Um problema no filtro do óleo motivou uma paragem mais demorada que custou duas voltas. Duas voltas que demoraram a ser recuperadas, dada a falta de Full Course Yellows na manhã de domingo. Mas Albuquerque e os seus colegas nunca baixaram os braços e conseguiram entrar na volta do líder perto do fim. Cabia novamente ao piloto português a tarefa de tentar chegar ao primeiro lugar. Tal como em 2022, o Acura #60 acabou por ser incansável. A diferença do vencedor para Albuquerque foi de quatro segundos.
Daytona é por vezes ingrata. E, olhando apenas para números, Albuquerque ficou a apenas 7 segundos de conseguir mais duas vitórias na mítica corrida americana. 7 segundos de se tornar num dos pilotos com mais vitórias à geral nesta prova. Em 8847 km percorridos nas duas últimas edições das 24h de Daytona, a diferença total entre primeiro e segundo foi de apenas sete segundos. Uma prova da competitividade e que a vitória no desporto motorizado se decide nos pormenores.
Albuquerque ainda tem tempo para colocar o seu nome no topo de Daytona mais vezes. Mas a sua expressão no final da corrida era de quem tinha dado, mais uma vez, tudo. A desilusão de um campeão para quem o segundo lugar conta pouco. A frustração do piloto que vai voltar enfrentar esta montanha russa de emoções e tentar vencer uma das provas mais duras, mas mais apetecíveis da resistência mundial.
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Agora precisamos da Acura nas 24h de Le Mans para vermos uma luta à geral entre o Filipe Albuquerque e o António Félix da Costa dois dos melhores pilotos mundiais. Parabéns Filipe para o ano vais vencer!