Elisabete Jacinto recupera lugar de pódio

A piloto portuguesa Elisabete Jacinto, navegada pela belga France Clèves, subiu à terceira posição da classificação geral da categoria Expert, do 25º Rallye Aïcha des Gazelles, após concluir em terceiro lugar a quarta etapa, uma dura jornada maratona. A dupla, que segue aos comandos da Volkswagen Amarok número 402, está empenhada em disputar os lugares da frente desta competição e assegurar uma posição no pódio.

A equipa formada por Elisabete Jacinto e France Clèves arrancou esta madrugada para a quinta jornada, também ela uma etapa maratona, cujo grande desafio será a travessia do Erg Chegaga e do Lago Iriki.

Elisabete Jacinto, que hoje volta a dormir no deserto, revelou-se satisfeita com o trabalho que tem sido desenvolvido até ao momento: “a primeira etapa maratona correu bem. Durante estes dias tão longos fazem-se sempre opções menos corretas, mas de uma forma geral foi uma boa jornada. Tentámos ir o mais em linha recta possível e fizemos boas escolhas de percurso. A France é uma excelente navegadora e acredito que estamos a ser muito competitivas. Este Rallye des Gazelles está a ser um desafio enorme porque as etapas são muito duras e longas. Além do mais temos feito percursos inéditos que são bastante complexos. No entanto, continuamos muito concentradas nos nossos objectivos e queremos chegar ao fim bem classificadas”, revelou ontem Elisabete Jacinto à chegada ao acampamento.

A quinta etapa do Rallye Aïcha des Gazelles, que se realiza hoje e amanhã entre Oulad Dîss e Foum Zguid, atravessa as areias do Erg Chegaga e prevê-se que seja a mais exigente de toda a prova. A jornada de dois dias conta com 280 quilómetros de distância ideal e terão que ser cumpridos 12 pontos de validação obrigatória. A navegação não será fácil e o vento vai ser o grande inimigo das participantes. O desafio para as concorrentes da categoria Expert será ainda maior uma vez que terão ainda que passar pelo Lago Iriki. Esta zona exige uma navegação muito complexa e pode mesmo ser classificada como a mais difícil de todo o rali. Hoje as participantes voltam a pernoitar debaixo do céu estrelado do deserto marroquino.