WRC: Delegado de Segurança com mais poderes

Há muito que vemos o trabalho que Michele Mouton, como Delegada de Segurança do WRC tem feito em prol dos ralis, com inúmeras intervenções em diversas provas do Mundial de Ralis, tendo mesmo dito em Portugal, em 2018 que “o meu trabalho em segurança e no controlo dos espetadores nos dias de hoje em Portugal é quase um feriado para mim”.

Mas não é assim em todo o lado, Portugal continua a ser um rali muito bem trabalho em termos de segurança, mas noutras provas há ainda muito a fazer e por isso o Delegado de Segurança da FIA viu os seus poderes aumentado e em 2024 passa a poder solicitar ao Diretor de Prova a anulação de uma classificativa, se determinar que a sua realização não foi efetuada de acordo com o Dossier de Segurança do rali.

Com a responsabilidade de controlar a segurança do público e dos media, o Delegado de Segurança da FIA já tem o poder de adiar o início de uma especial por um máximo de 30 minutos, se considerar que as condições de segurança não são satisfatórias.

A partir de 2024, se o nível de segurança não puder ser melhorado dentro do tempo disponível ou se se considerar que a execução do troço não corresponde ao Dossier de Segurança, o Delegado de Segurança da FIA – ou o Observador da FIA se não tiver sido nomeado um Delegado de Segurança da FIA – pode apresentar um pedido ao Diretor de Prova para cancelar uma especial.

O incumprimento pode levar a que o assunto seja comunicado aos Comissários Desportivos da prova.

O Delegado de Segurança da FIA – ou o Observador da FIA, reserva-se o direito de comunicar um problema grave de segurança à Comissão das Provas de Estrada, o que pode resultar na emissão de um Cartão Amarelo aos organizadores.

Como se percebe, há muito a FIA tem uma forte tónica quanto à segurança nos ralis e a razão é muito simples: é muito mais fácil acontecer nos ralis um acidente grave e se isso sucede, as provas de estrada sofrem uma pressão mediática e do público em geral que a torna cada vez mais difíceis de organizar…