Ott Tanak: “Não estamos a ter muita sorte com a água este ano”

Ott Tanak tem tido uma época com altos e baixos… e muita água. Até agora, só na neve as coisas correram a contento, no Monte Carlo teve uma saída de estrada quando estava a andar muito bem, na Suécia foi quarto, mas depois veio o México e a Argentina, em que a água estragou tudo. Falámos com ele antes do arranque do Rali, e está confiante que pode fazer uma boa prova, até porque o novo Ford é bem mais fácil de pilotar.

“As especiais estão em muito bom estado, estão surpreendentemente boas, suaves, em alguns locais com muita areia, outras um pouco mais duras, mas são troços realmente bonitos, e variados. Uns rápidos, outros lentos, e as especiais do primeiro dia são fantásticas em termos de beleza” começou por dizer o estónio que está contente por correr em Portugal, um rali em que os espetadores são motivação extra aos pilotos:

“Estive em Fafe o ano passado, não se consegue ver nada assim em mais lado nenhum. São montanhas cheias de pessoas e isso dá uma grande motivação aos pilotos, que ficam com vontade de elevar ainda mais os limites, de forçar um pouco mais. O nosso trabalho é dar um bom espetáculo e por isso são muito importantes os adeptos porque ao fim ao cabo nós fazemos o espetáculo para eles. Temos que dar um bom show e quando vemos muita gente sentimos que estamos a fazer algo diferente e especial” disse Tanak que falou também das suas expetativas para o rali:

“É um pouco difícil dizer o que esperar, mas tenho boas hipóteses de fazer um bom rali, o carro está mais evoluído, vamos poder estar um pouco mais perto dos homens da frente, talvez possamos lutar por melhores posições. Tive um começo complicado de época, com a saída no Monte Carlo, fomos 4º na Suécia o que foi bom depois tivemos uma excursão pela água no México, devido a uma suspensão se ter partido, alguma má sorte, e o mesmo aconteceu na Argentina onde batemos numa pedra numa passagem de água. Não estamos a ter muita sorte com a água este ano. Tenho que ficar afastado da água, e pelo que vi no troço de Viana do Castelo, ela está longe o suficiente para me poder concentrar nos troços” referiu, antes de explicar o que ‘é’ o novo Ford Fiesta WRC: “O carro novo é mais fácil de pilotar, são pequenos pormenores que nos dão mais confiança, é mais suave, não temos que lutar tanto com o carro”, concluiu.