Adruzilo Lopes: “Não há piloto no mundo que fique indiferente a Fafe”


Aos 57 anos, Adruzilo Lopes é um dos nomes incontornáveis dos ralis nacionais e um dos pilotos que mais vezes disputou os míticos troços de Fafe. O tricampeão nacional absoluto ainda se recorda da primeira vez que disputou um Rali de Portugal nesta zona: “Foi com um Toyota Corolla Twin Cam, em 1988. Desde então fiz dezenas de vezes estes troços, não só no Rali de Portugal como no Rali FC Porto ou agora Serras de Fafe. Claro que é uma região que me diz muito porque estou a 20 quilómetros de casa (ndr, em Regilde, no concelho de Felgueiras). Mas Fafe não é só a Lameirinha, é toda uma região. Uma região mítica dos ralis, especial pelas suas gentes, pela sua envolvência. Claro que também há os troços, sempre rápidos e que se destacam pelos dois saltos. Mas curiosamente o meu troço preferido aqui até era o antigo Fafe-Lagoa, mais conhecido por Rossas.”

E na perspetiva de um piloto, como é entrar na zona do Confurco e ver toda aquela moldura humana? “São sentimentos, emoções… impossíveis de explicar”, refere Adruzilo Lopes. “Não há piloto no mundo que fique indiferente a Fafe. Aquela entrada no Confurco, ver tanta gente concentrada num curto espaço de serra, aquelas bancadas naturais a ganharem vida… É impossível descrever o que isto faz a um piloto.”

No Rally Sprint de 2012, Adruzilo Lopes foi mais um dos que se misturou na multidão para ver e ouvir os WRC a saltar em Fafe. “Tinha curiosidade em ver os novos WRC da altura e não me espantou que os 1.6 turbo já fossem mais rápidos do que os antigos 2.0 litros.

São outros tempos… Ainda me recordo de uma luta aqui com o Rui Madeira, quando na altura ambos guiávamos os Citroën AX. Fiz um pião na Lameirinha a seguir à subida do Confurco, e fiquei preso dentro de uma valeta no interior da curva. O tempo que perdi ali decidiu essa luta a favor do Rui Madeira. São estas memórias e emoções que tornam Fafe especial”, concluiu.

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