Tugas 4 Africa no Rali Budapeste Bamako

A dupla portuguesa da Tugas 4 Africa, dos irmãos Bruno e André Seabra Lopes, vai participar no Rally Budapeste Bamako, o maior rali solidário do mundo, e apesar da competição ainda não ter começado, foram já várias as aventuras vividas por Bruno e André Seabra Lopes nos quase 3.000 km da viagem entre o Porto e Budapeste. 

Depois de um primeiro dia de estrada sem problemas, a segunda grande tirada, que os deveria levar de San Sebastián, no norte de Espanha, a Itália, revelou-se mais adversa, ainda assim a motivação manteve-se elevada. “O primeiro dia de viagem correu sem imprevistos. Fizemos um total de 800 Km e pernoitámos em San Sebastian, Espanha. O carro portou-se bem e o ânimo mantêm-se em alta,” salientou Bruno em relação a domingo. 

“Já o segundo dia foi outra história. Ao cabo de duas horas de estrada o carro parou; estava a chover bastante e o frio era muito. A bomba injetora deixou de ser alimentada, e fomos de reboque até ao representante mais próximo da Nissan que, ao bom espírito do rali, nos resolveu o problema sem nos cobrar um cêntimo pela reparação,” explicou Bruno. 

As duas a três horas pedidas com o contratempo obrigaram os portugueses a dar o dia por terminado antes do destino inicialmente previsto, mas nada que os tenha impedido de chegarem a Budapeste a tempo da apresentação oficial da prova pelas 9 horas desta quarta-feira. 

“A alvorada de terça-feira foi às 5:30, de forma a tentarmos fazer os 1.270Km que ainda faltavam de percurso até Budapeste. Atravessamos logo de manhã a cadeia montanhosa dos Alpes, entre Grenoble e Turim. A paisagem é simplesmente deslumbrante. Depois foi auto-estrada até à Eslovénia, onde nos foram ‘retirados’ do bolso 150 euros sem dó nem piedade pela polícia local,” referiu André Seabra Lopes. “Falhámos a compra de um ticket de 15 euros para circularmos nas autoestradas e, ao contrário do que nos aconteceu em França, onde não nos levaram nada pela reparação do Nissan, os eslovenos não se revelaram minimamente complacentes e nós não discutimos.”