LEMBRA-SE DE: SPIRIT 201 HONDA, O regresso do Império do Sol Nascente


A PRIMEIRA vez que a Honda chegou à Fórmula 1 foi em 1964, com uma equipa própria, gorados que foram os esforços para fornecer a Lotus com os seus motores.A Honda F1 manteve-se activa até 1968, quando abandonou a competição, à qual regressaria apenas 15 anos mais tarde – então, sim, como fornecedora de motores. Tudo começou quando, em Agosto de 1981, dois antigos empregados da March, John Wickham e Gordon Coppuck, se juntaram, graças a um acordo secreto entre a Honda e a Bridgestone.

Nasceu assim a Spirit Racing, mas o anúncio inicial referia-se apenas à F2 e a um acordo com a Honda precisamente para esta categoria secundária. Contratou-se para isso o antigo “designer” da McLaren, John Baldwin e, nas instalações de Slough, onde tinha estado sediada a Honda de motociclismo, começou-se a trabalhar num chassis – o Spirit 201. No inverno, a equipa assinou com Stefan Johansson e Thierry Boutsen e o 201 rodou pela primeira vez em Fevereiro.

Tratava-se de aplicar os princípios da F1 num carro para a F2, preparado para aceitar os motores Honda V6, tanto na versão de 2 litros F2, depois na versão 1.5 litros, com turbo, existente na F1. Boutsen entrou logo a ganhar na F2, em Nurburgring, a que se seguiram Spa e Enna, terminando em terceiro no Europeu de F2. Mais para o final do ano, correram rumores de que a Spirit iria fazer testes para a F1 – o que sucedeu pela primeira em Silverstone, a 24 de Novembro de 1982. Em segredo, a Spirit rumou a Willow Springs, na California, onde os testes continuaram. O anúncio oficial surgiu no início de 1983 e a estreia do Spirit 201C deu-se na Corrida dos Campeões, em Brands Hatch, uma prova extra-campeonato do Mundo. Stefan Johnasson foi o piloto escolhido e a primeira prova do Mundial foi o GP da Grã-Bretanha.

Em 1983, disputou seis GP. com o melhor lugar a ser o sétimo posto, na Holanda. Esta aventura da Honda terminou no ano seguinte, quando o construtor japonês assinou um acordo secreto com a Williams. O resto é história.

 

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