GP México F1: Lando Norris desvaloriza assobios no fim da corrida
Lando Norris desvalorizou as vaias que recebeu após a sua vitória dominante no Grande Prémio do México. O britânico afirmou que não se deixou afetar pela reação de parte do público, garantindo que continua focado no seu trabalho em pista.
Durante a cerimónia do pódio na zona do estádio, uma fatia dos adeptos manifestou-se contra Norris. Questionado sobre o motivo, um jornalista mexicano sugeriu que a perceção externa de que a McLaren tem favorecido o britânico em detrimento de Piastri poderia estar na origem do descontentamento. Recordando episódios como o do Grande Prémio de Itália, onde Piastri perdeu pontos ao cumprir uma ordem de equipa depois de uma paragem lenta de Norris.
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— McLaren (@McLarenF1) October 27, 2025
Norris rejeitou a ideia de tratamento desigual, sublinhando que a McLaren procura agir de forma justa em todas as circunstâncias e citando exemplos anteriores em que foi ele próprio quem cedeu posição ao companheiro.
“Isso é o desporto, às vezes. Não sei porquê [dos assobios], mas estava a rir-me. Acho que até torna tudo mais divertido para mim. Claro que preferia que me aplaudissem, mas concentro-me em fazer o meu trabalho. Aconteceu o mesmo em Monza e noutros lugares.”
Sobre a ideia de que a McLaren o favoreceu este ano:
“Se quiserem pensar isso, têm todo o direito. Podem pensar o que quiserem. Da nossa parte, como equipa, tentamos sempre agir de forma justa. Foi o que dissemos naquela altura. Foi o mesmo há dois anos, em Budapeste. Eu podia ter ganho a corrida e não o fiz. Deixei o Oscar passar porque ele merecia ganhar. Em Monza, foi uma decisão incorreta da equipa ao parar primeiro o Oscar. Se querem falar dos três pontos, podem fazê-lo, mas cada um é livre de pensar o que quiser. O Oscar mereceu ganhar em Budapeste no ano passado e eu merecia estar à frente em Monza. Simples.”
Norris termina agora a ronda mexicana na liderança do campeonato, com quatro Grandes Prémios e uma corrida sprint ainda por disputar.
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Pity
27 Outubro, 2025 at 17:59
Vaiar um vencedor é simplesmente estúpido. Por muito que não gostemos de um piloto, vaiar não é solução, basta não aplaudir, ficar em silêncio.
Nos meus muitos anos a ver F1, só uma vez as vaias foram justificadas: Áustria 2002.
jo baue
27 Outubro, 2025 at 21:28
Já que o autosport põe isto como tema.
É sempre algo desgradável ouvir assobios dirigidos a pilotos que andam a arriscar a vida a + de 300.
Em relação ao Norris já não é a 1ª vez. Em Monza/25 , por exemplo, foi um belo coro, provavelmente direccionado em especial à sua equipa, que tem um longo, longuíssimo, historial de comportamentos censuráveis , bem escondidos pelos donos da F1 e seus medias obedientes.
Mas ontem no México foi diferente. Em contraste com a imagem que é quase uma versão masculina da muito querida e imaculada Barbie que essa imprensa muito obediente nos constrói e impinge, ele foi assobiado simplesmente porque não se esquecem como ele rebaixou várias vezes o Checo, desde bocas a dizer que é uma nulidade enquanto colega do max e que devia ser substituído, por exemplo, pelo Sainz; ou que ele está muito bronzeado; ou ainda como outros episódios muito concretos , como quando tirou fotos no barco com um “sombrero” no dia seguinte ao mexicano em duelo ter saído de pista, o que mexeu com eles todos enquanto povo. E o mais curioso disto é termos personagens como essa Chadwick a querer contar-nos o q se passa ( um bocado como aquele recente artigo do autosport a pôr um tipo inglês com nome de brandy a explicar-nos o que se passa nos bastidores da Ferrari com o HAM). E obviamente que o Landinho percebeu. E ficou bem atrapalhado. Foi merecido ?
jo baue
27 Outubro, 2025 at 21:55
Desde a noite dos tempos que houve ordens de equipa no automobilismo. A Pity falou no estafadíssimo episódio da Áustria.
Curiosamente, quase todos se “esquecem” de referir que foi o Brawn ( velhos hábitos ), escudado pelo Todt, a definir essa ordem. Discutida e aceite por todos antes da corrida, pilotos incluídos . Tendo o Barrichelo faltado à sua palavra durante a corrida, “Don’t make me do this, I want to win the race’. E fazendo todo aquele teatro, travando bruscamente a pouco metros da meta . Sem esse gesto ridículo não se falaria desse episódio há muitos anos ( tal como nunca se falou na vitória que foi oferecida ao a ele na Alemanha). E que devia fazer o Brawn? deixá-lo fazer o que queria, e a partir daí não poder mais confiar nesse piloto, o que é “óptimo” para o ambiente da equipa… Ou dizer oq ue ele disse ” ‘Rubens, you agreed to do this, you said you’d do it, you’d better do it”?
Pois é. Foi um “team order” inútil, mas o que é importante é ir relembrando que os italianos são mafiosos.
E claro, aquelas como a do Arnoux ter que ceder a vitória ao colega da Renault, Prost ( não cumpriu); ou a do “Valtteri, it´s James”, ou, fora da F1, os crimes que fizeram à Alfa Romeo no DTM, essas são irrelevantes.
Nrpm
28 Outubro, 2025 at 1:36
Do que a F1 não precisa é de adeptos hooligans e inadequados. Durante décadas e décadas tudo foi pacífico. Depois da chegada dos ‘camones’ e da mania dos folhetins e pseudo-dramas, descambou nisto. Só falta andarem ao sopapo os laranjas contra os pretos, os papaias com os vermelhos, os azuis com os verdes, enfim esperemos não chegar a ter ‘caixas de segurança'(esse ‘belo’ invento do futebol tuga) e escoltas policiais para os adeptos entrarem nos autódromos… Aí, ao fim de 49 anos a ver f1, ao vivo ou no screen, desisto.