Fórmula 1: FIA nega revisão do incidente do Brasil

Por a 19 Novembro 2021 12:30

Finalmente a resposta que todos ansiavam: os comissários da FIA negaram o pedido da Mercedes para revisão do incidente na curva 4, entre Lewis Hamilton e Max Verstappen durante o GP do Brasil, tendo como justificação que as novas provas apresentadas pela equipa requerente, as imagens onboard do carro #33 de Verstappen, não são significativas.

Pode ler-se no comunicado de 4 páginas da FIA, que “os comissários não se sentam passivamente durante uma corrida e não o fizeram neste caso. Quando o Diretor da Corrida pediu a opinião dos comissários e declarou que a mesma seria ‘NOTED’ [analisada] nos ecrãs de cronometragem, já estavam a olhar para as imagens disponíveis. A subsequente decisão discricionária dos comissários de não proceder a uma investigação formal é o equivalente de ‘Play-On’ [deixarem competir] de outros desportos de competição automóvel”.

Ao ler o comunicado completo, ficamos a saber que a Mercedes argumentou que as imagens onboard do carro de Verstappen podiam ser utilizadas conforme foram utilizadas na Áustria em 2020 para penalizar Lewis Hamilton, para além de compararem a volta anterior com a volta do incidente no Brasil. “No exemplo pertinente apresentado pelo Concorrente da Áustria em 2020, nenhuma das filmagens disponíveis e vistas no momento da decisão, mostrava uma bandeira amarela visível para o piloto (Lewis Hamilton.) No entanto, as novas imagens 360°, anteriormente indisponíveis, que foram descarregadas no dia seguinte, mostraram claramente que a bandeira amarela era visível do carro e o piloto foi penalizado por não abrandar. Nesse caso, as imagens alteraram absolutamente a decisão dos comissários e foram, portanto, significativas. Durante a audiência, o concorrente pediu que, se os comissários não estivessem convencidos do significado das imagens, fosse dada a oportunidade de apresentar a sua opinião a esse respeito. Após a parte inicial da audiência, os comissários deram ao Concorrente a oportunidade de o fazer, havendo precedentes para tal. As imagens anteriormente indisponíveis foram reproduzidas, e o Concorrente também apresentou as imagens numa comparação lado a lado com a volta anterior. Como acima referido, os comissários têm muitas vezes de tomar uma decisão rapidamente e sobre um conjunto limitado de informações. Na altura da decisão, os comissários sentiram que tinham informação suficiente para tomar uma decisão, que posteriormente se alinhou amplamente com os comentários imediatos pós corrida de ambos os pilotos envolvidos. Se tivessem considerado que o vídeo da câmara frontal do carro 33 era crucial para tomar uma decisão, teriam simplesmente colocado o incidente sob investigação – a ser investigado após a corrida – e tomado uma decisão depois de este vídeo estar disponível. Não viram necessidade de o fazer”. O documento explica ainda que, “a posição do Concorrente é que estas novas imagens fornecem informação suficiente para que os Comissários cheguem a uma conclusão completamente diferente da que tinham anteriormente. Contudo, os comissários determinam que as imagens não mostram nada de excecional que seja particularmente diferente dos outros ângulos que estavam à sua disposição na altura, ou que alteram particularmente a sua decisão que se baseava nas imagens originalmente disponíveis. Ao contrário do caso da Áustria de 2020, na opinião dos Comissários, não há nada nas imagens que altere fundamentalmente os factos. Nem sequer, isto mostra nada que não tenha sido considerado pelos comissários na altura. Assim, os comissários determinam que as imagens, aqui, não são “Significativas”.

Sendo assim, “os comissários consideram, a seu critério exclusivo, que: Com as reservas levantadas acima, a decisão está sujeita ao Direito de Revisão; Que a Filmagem é Nova; Que a Filmagem não estava disponível para o Concorrente na altura da decisão sujeita à petição; Que a Filmagem é Relevante; mas que a Filmagem não é Significativa.

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17 Comentários
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McFamba
McFamba
2 anos atrás

Só naquela volta, naquela curva com o Hamilton a querer ultrapassar, é que o Max teve problemas com os pneus e teve de sair largo. Depois tudo bem, não alargou mais. Sabem que mais, podem tentar enganar-nos mas ficam por aí. Tentam! Se calhar nascemos ontem. Tretas, já cansa um pouco!

gtman
gtman
2 anos atrás

Na Austria deste ano e do ano passado respectivamente o Norris e o Hamilton são penalizados por apertarem adversários para o exterior da curva, ou seja por não darem espaço, mas o Laranja Desmiolado tem um estatuto especial.

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