F1, Notas AutoSport: O lento início da nova era Racing Point

Por a 15 Agosto 2019 16:45

A Racing Point está oficialmente no seu primeiro ano, mas a história do seu surgimento é já muito conhecida.

O objectivo da equipa é simples, aproveitar o potencial de uma estrutura que trabalhou sempre com muita qualidade e eficiência, para gradualmente subir na tabela. É um desafio grande e que apenas agora está a dar os primeiros passos. O atraso devido as questões legais no ano passado que levou ao fim da Force India e ao surgimento da Racing Point atrasaram o projecto de 2019 e isso sentiu-se nas primeiras corridas do ano. Mas apesar da relativa falta de competitividade, as primeira quatro provas renderam pontos importantes à equipa. O começo da “ronda europeia” revelou-se mais difícil, e enquanto as outras equipas traziam novas melhorias, a Racing Point ficava para trás. Mas os responsáveis não se mostravam alarmados pois era algo previsto, tendo em conta os acontecimentos do ano passado.

Depois das quatro primeiras corridas sempre nos pontos, a Racing Point acabou no top 10 apenas duas vezes desde o GP de Espanha, sendo que o melhor fim de semana foi na Alemanha, onde introduziram a primeira parte de um upgrade profundo, que continuou na Hungria e que continuará nas próximas corridas.

Sergio Pérez em desvantagem

Sergio Pérez é o piloto com mais tempo de “casa”. Foi o piloto mais bem sucedido da história da Force India e a sua permanência na equipa foi mais que natural. Mantém intactas as suas qualidades, mas não tem tido um ano tão exuberante quanto outros. A concorrência do seu colega de equipa tem sido mais forte que o esperado, mas “Checo” já mostrou qualidade para dar a volta. Para já poucos motivos de interesse.

Lance Stroll a caminho da afirmação?

Lance Stroll está na sua terceira época na F1. Desde cedo ficou com o rótulo de “piloto pagante” e a influência do seu pai tem ajudado a abrir muitas portas. Quando Lawrence Stroll comprou a Force India, era um dado adquirido que Stroll seria piloto da equipa, até porque a parceria com a Williams deteriorou-se ao longo da época passada. É o piloto com mais pontos da equipa. Tem de evoluir ainda muito em qualificação, onde tem sido constantemente suplantado pelo seu colega de equipa, mas aos domingos tem mostrado bons atributos e até surpreendido. Continua a ser dos melhores nas largadas e aproveita esse facto para recuperar muitas posições no início. O próprio Pérez elogiou o ritmo de corrida de Stroll. Está ainda longe da afirmação e de convencer, mas finalmente começam-se a ver sinais de evolução, que deverão melhorar com a performance do carro.

Racing Point – Nota 5: 8º lugar – 31 pontos

De uma estrutura que já mostrou tanto com tão poucos meios, esperava-se um pouco mais. Mas o facto de estar em curso um investimento grande, que implica novas infraestruturas e condições melhoradas, não deve fazer esquecer o que se passou na época anterior. Há ainda muito trabalho de reestruturação a ser feito e muito a evoluir. A época tem sido morna até agora mas, se há equipa manteve a capacidade de superar as adversidades e evoluir, poderemos ainda ver bons resultados, que serão a base para o futuro.

Sergio Pérez – Nota 5: 16º lugar – 13 pontos; melhor resultado – 7º em Baku

Como piloto mais experiente e com mais tempo na equipa, tinha de ser ele a assumir o protagonismo, mas até agora não se tem evidenciado de forma clara em relação a Stroll. É certo que em qualificação tem estado incomparavelmente melhor mas, em corrida tem ficado algo atrás de Stroll, curiosamente o cenário inverso do habitual, pois Pérez é tendencialmente menos eficaz em qualificação, compensado com boas corridas. Terá de subir o nível na segunda metade.

Lance Stroll – Nota 6: 12º lugar – 18 pontos; melhor resultado – 5º lugar na Alemanha

Stroll tem demorado a impor-se na F1. Apesar de ter apenas 20 anos, não é visto como Lando Norris, George Russel, Alex Albon, Charles Leclerc ou Max Verstappen. De todos os nomes da nova geração, talvez seja o que menos entusiasmo provoca e isso deve-se a sua postura, ao rótulo de piloto pagante, mas acima de tudo às suas prestações até agora. Mas o canadiano tem vindo a melhorar e a evolução vai-se sentido. Tem de mostrar mais, mas esta primeira metade da época, com todas as limitações que a falta de competitividade do carro provocam, pode ser considerada positiva.

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