F1: Motores a dois tempos são aposta para o futuro
A busca de uma F1 mais sustentável poderá mudar radicalmente a F1 nos próximos anos. Uma das mudanças poderá passar pelo uso de motores a dois tempos.
Pat Symonds anunciou recentemente que o caminho para tornar a F1 neutra ao nível de emissões de carbono poderá passar pelo uso de motores a dois tempos e de combustíveis sintéticos, ou até hidrogénio:
“Estou muito interessado nos motores de dois tempos“, disse ele, de acordo com a revista MotorSport. “Muito mais eficientes, um ótimo som e muitos problemas com os dois tempos antigos já não são relevantes” .
“Precisamos ver como serão as unidades motrizes do futuro”, disse Symonds. “Na F1, é nisso que estamos envolvidos de momento. Pode ser que a próxima unidade motriz que iremos produzir seja a última a usar hidrocarbonetos líquidos”, continuou ele. “Acho que há uma hipótese muito alta de que ainda possa haver um motor de combustão interna, mas talvez funcione com hidrogénio.”
“Eu acho que o motor de combustão interna tem ainda um futuro longo e acho que tem um futuro mais longo do que muitos políticos imaginam, porque os políticos estão a apostar tudo em veículos elétricos. Não há nada de errado com veículos elétricos, mas há razões para que não sejam a solução para todos “.
Os receios do uso de motores a dois tempos podem parecer lógicos, mas Symonds fez questão de afastar esses receios e de mostrar que a tecnologia também avançou neste tipo de unidades:
“Injeção direta, carga de pressão e novos sistemas de ignição permitiram que novas formas de motores a dois tempos fossem muito eficientes e muito favoráveis em termos de emissões. Acho que há um futuro bom para eles”.
Os motores a dois tempos são mais simples e por isso mais leves , e a relação peso potência torna-se assim mais interessante. Muitos dos defeitos que se apontam aos motores de dois tempos (consumos mais elevados, desgaste mais rápido de componentes, etc), podem ser minimizados com a tecnologia atual.
A F1 já entendeu que perdeu a corrida nos eléctricos. A Fórmula E ganhou o seu espaço e tem exclusividade como competição de monolugares 100% elétricos. Assim a F1 tem de procurar outras vias, e como o ACO está a apostar forte nas células de hidrogénio, os caminhos “disponíveis” são poucos. Mas nem por isso deixam de fazer sentido. Os eléctricos são vistos como solução, mas se a questão for olhada friamente, há mais interrogações do que certezas sobre os novos veículos. O uso de uma unidade motriz híbrida, mais eficiente e com um combustível que seja neutro ao nível de emissões de carbono pode ser a solução a curto prazo que faça mais sentido. E se a F1 em apenas 4 anos conseguiu elevar os níveis de eficiência dos motores de combustão para os 50%, podemos ter a certeza que se a F1 irá acelerar o processo de evolução da tecnologia automóvel, sem perder a relevância.
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