F1, McLaren: Finalmente um pontapé na crise?

Por a 14 Fevereiro 2019 14:55

Os altos e baixos fazem parte da vida de uma equipa de alta competição. Na F1 já vimos equipas como a McLaren, Williams e Ferrari a dominarem por completo para de seguida andarem pelas ruas da amargura. São ciclos inevitáveis.

Mas esta fase de menor fulgor da equipa fundada por Bruce McLaren atingiu proporções algo preocupantes. Desde 2013 que a equipa anda arredada do topo da competição, desde 2008 que não vê um piloto seu a vencer o título e tem de recuar mais dez anos para relembrar o último título de construtores. Ainda assim a a McLaren continua a ser uma das maiores equipas da F1. São oito títulos de construtores, 12 títulos de pilotos, 842 GP, 182 vitórias, 155 poles, 485 pódios e 47 dobradinhas em nome de uma equipa que sabe bem o que é renascer das cinzas.

Foi assim quando Ron Dennis pegou no leme da estrutura em 1980 e a transformou uma equipa de meio de tabela, numa equipa de top com a aposta na tecnologia de ponta. Foi essa visão que permitiu à McLaren crescer dentro e fora de pista, de tal forma que esta nova fase negativa, embora severa, não abalou sobremaneira as fundações da marca.

Depois de uma aposta falhada na Honda e com muitos problemas de difícil resolução o impensável aconteceu e Dennis foi afastado da equipa. Para o seu lugar entrou Zak Brown, um homem com uma visão e postura diferente. A falta de competitividade da Honda cegou os responsáveis da equipa que se esqueceram de ver os próprios problemas e em 2018, quando adoptaram a unidade motriz Renault, que venceu corridas, o choque de realidade foi tremendo. Afinal aquele que era um dos melhores chassis da F1 talvez não o fosse. Foi preciso reformular tudo, mas desta vez Brown não poupou esforço e foi buscar pessoas com muito valor para os lugares certos.

É ainda tempo de reestruturação e os novos homens da confiança de Brown (James Key, Andreas Siedl, Pat Fry) ainda não tiveram tempo de dar o seu cunho pessoal e de colocar as suas ideias em prática. Mas a equipa tem os meios, a tecnologia e o talento para dar o primeiro passo por si. O problema estrutural da equipa já era referido em 2013, mas só agora teve uma solução, graças a Brown.

É um ano com muitas novidades quer, no carro, quer na equipa técnica, quer nos pilotos escolhidos, uma dupla completamente nova, algo que não acontecia há 12 anos. Uma dupla jovem com potencial mas que precisa também de tempo para se adaptar.

Que resultados esperar da McLaren? É injusto colocar a fasquia demasiado alta a uma equipa que passou por tanto em tão pouco tempo. É preciso tempo para consolidar os novos processos. Espera-se mais do que em 2018, mas não se pode pedir o regresso ao topo. Se a equipa se apresentar ao nível das equipas de meio de tabela e se mostrar um potencial de crescimento claro, pode-se dizer que o trabalho foi bem feito.

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