F1: James Vowles gostaria de poder investir mais na fábrica da Williams

Por a 3 Janeiro 2024 12:07

James Vowles foi o maior protagonista entre os responsáveis das equipas a pedir um aumento no valor não abrangido pelo limite orçamental para melhorar as infraestruturas, designado por CapEX, tendo recebido em outubro uma boa notícia, uma vez que a FIA comprometeu-se a reformar este mecanismo, permitindo um aumento do valor que estava definido e conforme a classificação entre as temporadas 2020, 2021 e 2022. Para a Williams, são 65 milhões de dólares que podem ser investidos em Grove, mas o responsável da equipa, que reforça que as suas instalações estão com 20 anos de atraso, gostaria de ter disponível 150 milhões de dólares. 

A FIA permitiu um maior investimento a todas as equipas, mas com diferenças conforme os resultados desportivos, dividindo as 10 equipas em três escalões, com um maior valor às últimas quatro e um menor às três primeiras, enquanto as restantes três do ‘ranking’ recebem um valor intermédio. Assim, Haas, Alfa Romeo, AlphaTauri e Williams passam a poder gastar 65 milhões de dólares, McLaren, Alpine e Aston Martin 58 milhões de dólares e Red Bull, Mercedes e Ferrari 51 milhões. O valor previsto para 2024 era de 45 milhões de dólares para todas as equipas.

Nas temporadas seguintes (2025, 2026, 2027 e 2028), os valores serão menores para cada um dos escalões até que em 2026 o valor passa a ser de 36 milhões de dólares para todas as estruturas.

Em declarações ao podcast KTM Summer Grill, do canal de YouTube do Speedcafe, Vowles salientou a importância do limite orçamental para que as equipas lutem de igual para igual, mas admitiu que “as infraestruturas que temos estão 20 anos desatualizadas”, reforçando que o CapEx faz com que “qualquer máquina ou infraestrutura de grande dimensão” não possam ser melhoradas, prejudicando “organizações como a nossa, que têm infraestruturas que o meu diretor financeiro descreveu como sendo da dinastia Ming”. 

A diferença entre o que estava delineado para 2024 e o valor posteriormente adotado pela alteração da FIA é de 20 milhões de dólares. Já antes, Vowles tinha considerado que este valor não era a solução que procurava, reforçando agora essa posição e explicando o porquê. “Parece que é uma quantia tremenda”, disse o britânico. “20 milhões de dólares parecem muito, não é? É o montante adicional que conseguimos obter este ano. E é, numa situação normal, muito dinheiro. Infelizmente, na Fórmula 1, a quantidade de dinheiro de que realmente precisamos para chegar à frente [da classificação] é de cerca de 150 milhões de dólares. [O valor definido] ajuda, mas é apenas uma pequena parte”. 

Como tal, revela o chefe de equipa da Williams, foi necessário fazer um levantamento do que seria prioridade para investir o valor do CapEx. “A primeira coisa é fazer uma lista de todos os ativos que precisamos para gerar desempenho, fiabilidade ou reduzir custos de construção a nível interno, o que quer que seja. Basicamente damos prioridade a todos os ativos de que precisamos e depois vamos descendo na lista”. Por isso, os 20 milhões de dólares foram gastos, esta é a palavra errada, foram solicitados, em milésimos de segundo”.

Günther Steiner admitiu não estar ao lado do responsável da Williams nesta matéria, não concordando com o facto de entregar apenas dinheiro sem antes se ter gastado o valor máximo permitido, além de considerar que as equipas com maiores orçamentos ficariam sempre a ganhar com esta alteração. Depois da FIA dar conhecimento às equipas, também Peter Bayer disse não estar de acordo, mesmo que para Haas e AlphaTauri o valor não abrangido pelo limite orçamental sofra um aumento de 20 milhões de dólares em relação ao previsto para a próxima temporada, o mesmo valor da Williams.

Foto: Philippe NANCHINO/MPSA

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