F1: Guenther Steiner defendeu postura de George Russell no México

Guenther Steiner, antigo diretor da equipa Haas de Fórmula 1, saiu em defesa de George Russell após o piloto britânico ter protagonizado um momento de frustração no rádio durante o Grande Prémio da Cidade do México. A reação de Russell, amplamente comentada, surgiu na sequência de decisões controversas e de uma disputa interna na Mercedes.

Logo na primeira volta da corrida no Autódromo Hermanos Rodríguez, Russell mostrou-se descontente por Charles Leclerc e Max Verstappen não terem sido penalizados depois de cortarem pela relva nas primeiras curvas, mantendo as suas posições, enquanto o britânico cumpriu o traçado de forma regular. Mais tarde, o piloto da Mercedes voltou a expressar irritação quando a equipa demorou a autorizar a ultrapassagem ao seu colega de equipa, Kimi Antonelli, por acreditar que dispunha de melhor ritmo.

A troca de posições acabou por acontecer várias voltas depois, altura em que Russell já se mostrava visivelmente irritado através do rádio. No entanto, após ultrapassar Antonelli, o britânico não conseguiu destacar-se e acabou por devolver a sexta posição ao jovem piloto antes do final da prova.

Em declarações ao podcast Red Flags, Guenther Steiner minimizou o episódio, considerando que o comportamento de Russell não revela sinais de instabilidade:

“Não é um sinal de problemas. O que mais podia ele fazer? Na verdade, acho que ele tinha razão. Disse que desgastou os pneus a tentar ultrapassar o colega de equipa e ficou sem nada. Ele queria ajudar o conjunto, mas se a equipa não olha também para o interesse individual do piloto, o que pode ele fazer? Tentou mostrar que era mais rápido, mas depois de várias voltas atrás do colega, com travões e pneus gastos, é natural que perdesse rendimento.”

Com estas palavras, Steiner procurou relativizar o desentendimento, defendendo que a atitude de Russell foi mais um reflexo de ambição competitiva do que de descontentamento interno.