F1: Desclassificações de Lewis Hamilton e Charles Leclerc levantam dúvidas sobre procedimento de verificação
Mais uma polémica na F1 com a FIA à mistura. O final da corrida dos EUA, em Austin, foi marcada pela desclassificação de Lewis Hamilton e Charles Leclerc por apresentarem demasiado desgaste nas pranchas colocadas no fundo do carro. No entanto, a dúvida adensa-se, pois de quatro carros verificados, dois estava para lá da legalidade: 50%. E como estariam os outros?
As verificações finais são feitas de forma aleatória, normalmente incidindo sobre os carros que terminam nas primeiras posições, mas Martin Brundle, comentador de F1 questiona, tal como muitos outros, se não deveriam ter sido feitas verificações a mais carros:
“Numa pista acidentada como a de Austin, e com apenas uma sessão de treinos, definir uma altura ao solo para a duração do evento é um grande desafio no que diz respeito ao desempenho, à tolerância do piloto e do carro e, claro, à legalidade do desgaste das pranchas, especialmente com um depósito de combustível cheio”, escreveu Brundle na sua última coluna na Sky. “Se eles simplesmente levantassem o carro para serem cautelosos, perderiam tanto desempenho que mais valeria fazer as malas e ir para casa. Depois da corrida, quatro carros foram verificados, incluindo o Red Bull de Verstappen e o McLaren de Norris, e tanto o Mercedes de Hamilton como o Ferrari de Leclerc foram considerados demasiado desgastados, pelo que a única solução é a desqualificação, por mínima que seja a indiscrição. Não pode haver uma zona cinzenta nesta matéria. A próxima grande questão é que, se 50% dos carros testados falharam, então não deveriam ter sido verificados todos os finalistas? A resposta deve ser certamente afirmativa”.
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Luis Filipe
24 Outubro, 2023 at 13:10
Eu diria que se o carro de uma equipa não passa nas verificações imediatamente o segundo carro teria que ser verificado, mas para isso é necessário alterar o regulamento
Pity
24 Outubro, 2023 at 13:24
Com corridas em fins de semana seguidos, que obriga a que as equipas empacotem rapidamente os carros para seguirem para o novo destino, a FIA não tem tempo para verificar muitos carros com o pessoal que tem.
Na minha opinião, o ideal era verificarem um carro de cada equipa. Caso encontrassem uma falha, como aconteceu, deveria ser verificado o outro carro da equipa. Mas isto seria num mundo ideal, em que as corridas seriam a cada quinze dias, ou então, que a FIA tivesse o triplo do pessoal.
PS: ouvi no site Motorsport Brasil, que eu considero credível, algo que me deixou reticente e gostaria que alguém, que perceba do assunto, me diga se isto é possível: a jornalista disse que a prancha, desgastada, tem um cheiro característico. Achei estranhíssimo.
Cágado1
24 Outubro, 2023 at 13:53
Li em vários sites que o cheiro é de facto um do indícios que leva à verificação. Madeira queimada pelo arrasto de facto cheira, pode só ser difícil detectar esse cheiro sobre os de óleoas, embraigens, pneus, etc… que seguramente o carro deita.
Pity
24 Outubro, 2023 at 14:37
Obrigada. Se há vários sites a dizer o mesmo, então deverá ser mesmo verdade.
Leandro Marques
24 Outubro, 2023 at 15:02
As atuais pranchas aka patins já não são feitos em madeira. São em fibra de vidro com uma camada de resina colocada pouco abaixo do fundo do patim (na zona máxima da tolerância) que dará o tal cheiro que permite ajudar a selecionar os carros a serem inspecionados.
Leandro Marques
24 Outubro, 2023 at 15:00
Resina queimada (um dos elementos em que as atuais pranchas são fabricadas) tem um cheiro característico. Em tempos li que a resina – colocada 1mm abaixo do fundo da prancha – foi adicionada à fibra de vidro para dar o tal cheiro de forma a ajudar os responsáveis técnicos das verificações de quais carros analisar, visto os parcos recursos humanos com conhecimentos afetos a estas verificações.
As pranchas surgiram após imola 1994 e eram inicialmente feitas de madeira. Mas dada a sua durabilidade e pouca fiabilidade foram depois alteradas para fibra de vidro. A resina veio depois.
Génesis
24 Outubro, 2023 at 15:32
Espetacular. Não sabia essa do cheiro nem tão pouco as especificações da prancha.
Obrigado pelo esclarecimento e é um prazer vir ao site e ver posts esclarecedores e especialmente sem destilar ódio.
simiao jms
24 Outubro, 2023 at 17:36
Pois deveria ser sempre assim.
Leandro Marques
24 Outubro, 2023 at 18:41
Obrigado pelas simpáticas palavras.
Sempre que surgir algo que já tenha visto irei partilhar. Assim como agradeço que quando não sei algo (e há muita coisa que não sei) me informem.
Este é um site especializado e presume-se que deveria ser de troca de informações técnicas e explicativas de tudo o que rodeia o pináculo do desporto motorizado. Penso que isto compete tanto aos jornalistas que escrevem e/ou colocam as notícias aqui como a quem participa nas caixas de comentários. Até para novos utilizadores e novos amantes deste desporto se sentirem mais entrosados e perceberem melhor o que o rodeia.
Uma componente didática a acompanhar a informativa deveria estar, quanto a mim, mais presente. E, sobretudo, mais notícias técnicas deveriam estar presentes (como e para quê funcionam as asas, como são correlacionados os resultados do túnel de vento com a pista – por exemplo, de certeza que já muita gente viu carros com marcas verdes nos treinos livres, explicar para que servem – como funciona a afinação da suspensão, com quantas peças é feito um carro de F1 (cerca de 14500, segundo a renault),quais as peças que podem ser partilhadas entre equipas e as que não podem e o porquê, como funcionam os diversos componentes da Unidade de Potência, que botões tem e para que servem no volante, etc, etc). Fica o repto.
Daniel Sousa
24 Outubro, 2023 at 21:32
Obrigado caro Leandro. Assim vale a pena ler comentários.
Pity
24 Outubro, 2023 at 15:56
Perfeitamente esclarecida. Obrigada.
Luis Filipe
24 Outubro, 2023 at 20:49
Alguém consegue explicar como é que um comentário destes leva um ponto negativo? Só pode ser brincadeira ou de gente com um grave problema com o mundo
Pity
24 Outubro, 2023 at 23:10
Não merece a pena ligar a isso. Há quem dê negativo só porque não vai com a “cara” da outra pessoa.
simiao jms
24 Outubro, 2023 at 17:24
Agora vão inventar um produto para que nada cheire e ninguém é inspeccionado… 🙂
Nrpm
26 Outubro, 2023 at 9:32
Um grande requisito para os Comissários técnicos : ter BOM OLFATO…
Há check-ups aos CT ou CD FIA e FIM?
Bom, mas se é assim tão simples, em todos os F1 participantes no GP de Austin, só 2 é que ‘cheiravam mal’? Numa pista como aquela, em que andam todos a esquiar?
E esta hein…!?
Falta de tempo e de vontade para serem mais ‘proactivos’ não se justifica.
Nrpm
26 Outubro, 2023 at 9:21
Concordo consigo… mas não será a falta de fundos que dita que a FIA não disponha de meios e quadros técnicos em maior número. Mudaram o formato do Campeonato, de alguns fins de semana de GP, aumentaram o calendário, e pouco reforçaram as condições para as verificações técnicas, daí o ‘Troféu Diospiro’ que lhes atribui ‘postumamente’ em Austin (que redenominei ‘Morris’ ), por essas falhas injustificáveis, a este nível de competição. Merecemos mais como adeptos, e os pilotos ainda mais, pelo risco e esforço
que entregam em cada GP.
Pedro Vasco
24 Outubro, 2023 at 15:37
Está errado… Todos os carros que ponturaram deveriam todos eles ser verificados…A FIA deveria ter esta resposabilidade mas em como outras vezes já demosntraram que são fracos em gerir a F1… Aprendam
simiao jms
24 Outubro, 2023 at 17:26
Por acaso não tinha visto a sua opinião e dei a minha acima… assino por completo.
Com tantos dólares espalhados de lucro que pairam na F1 e não têm meios para verificar todos os carros com tanta tecnologia para “camuflar” regras e regulamentos?
Depois não queiram ouvir aquilo que se pensa cá fora por direito próprio face ao que se vê e lê nas noticias sem se saber o que se passa nos bastidores, atirando “á cara” como “teorias da conspiração”... ainda por cima um circuito com os problemas que tem!
Manuel Costa
24 Outubro, 2023 at 15:45
Esta é uma questão muito pertinente: se um Mercedes e um Ferrari tinham problemas com o desgaste da prancha, então será que os seus companheiros de equipa não estariam na mesma situação? O mais provável é que a resposta seja afirmativa e então haverá carros classificados que também deveriam ser desclassificados, o que vem colocar em causa a “verdade desportiva”. Mas este problema não seria extensível a outras equipas que pontuaram, devido às particularidades do circuito de Austin? Pois, provavelmente todos os monolugares que pontuem deveriam ser verificados em todas as provas, de modo a haver maior transparência…
simiao jms
24 Outubro, 2023 at 17:21
… ou todos verificados após qualificação (uma grande trabalheira – ou não) ou os 10 que pontuassem, obrigatoriamente após corrida… creio que mais justo e lógico, assim pensemos em tudo!
Leandro Marques
24 Outubro, 2023 at 22:14
Imagina que faziam a inspeção aos 10 pontuados. Dois deles estavam irregulares (diferentes de ilegais como alguns quiseram dizer). Teriam de fazem ao P11 e P12? E se um deles também estivesse irregular? Fariam ao P13?
Penso que o lógico será arranjar recursos para poder fazer a todos os carros (ideal) ou a alternativa mais prática e viável que é fazer ao carro melhor classificado de cada equipa. Se algum deles estivesse irregular o outro carro da equipa (se não tivesse sofrido um DNF) teria de ser inspecionado também.
Daniel Sousa
24 Outubro, 2023 at 23:30
Porque é que não se põe um sensor no patim, que se auto destrói ao raspar? 🤣🤣😂
Nuno Fernandes
25 Outubro, 2023 at 2:23
Se em vez do Ham tivesse sido outro a ser desclassificado, esta corja andava toda caladinha que nem ratos.
Leandro Marques
25 Outubro, 2023 at 9:47
Com dois carros desqualificados haveria sempre falatório, independentemente do(s) piloto(s) em causa.
[email protected]
25 Outubro, 2023 at 13:10
De uma grande corja saís-te tu, grande energumeno, agora percebo porque colocas sempre um emoji com a tua cara, não é palhaço? BADALHOCO.
Nrpm
26 Outubro, 2023 at 9:44
E quando foi o SCHUMACHER?