WEC, Kevin Magnussen: “Tive um ano muito agradável”

Kevin Magnussen descreveu a sua primeira temporada com o programa LMDh da BMW como desafiante e agradável. Depois de deixar a Haas F1 no ano passado, o dinamarquês voltou às corridas de resistência no BMW M Hybrid V8 nº 15 do Team WRT, dividindo o volante com Dries Vanthoor e Raffaele Marciello, além de disputar Daytona e Sebring com a Team RLL.

A sua temporada começou promissora: uma vitória quase certa em Daytona foi perdida devido a danos no nariz no final da corrida, enquanto um choque na pit lane com um Acura acabou com um forte esforço em Sebring. No WEC, o seu melhor resultado foi o quarto lugar na abertura da temporada, nas 10 Horas do Qatar. Magnussen admitiu que os resultados não corresponderam ao progresso da equipa, referindo várias oportunidades perdidas, mas salientou o quanto gostou da mudança da Fórmula 1. Em comparação com a F1, disse que o papel lhe permite passar mais tempo a conduzir e a competir, em vez de lidar com distrações, descrevendo a experiência como «um grande prazer», apesar das frustrações.

“Pessoalmente, tive um ano muito agradável», disse Magnussen ao Sportscar365. “Tem sido muito divertido. Ficámos muito frustrados quando as coisas não correram bem e tivemos maus resultados, mas no geral… O que se sente ao ser piloto de corridas neste momento é simplesmente divertido. Uma parte muito maior do meu trabalho envolve conduzir o carro, como uma percentagem maior do meu tempo. Menos todas essas outras coisas que se fazem muito na Fórmula 1. Agora, vou às corridas com um grupo de pessoas que são supertalentosos e viemos aqui apenas para correr. É essa a sensação que tenho. Estou a gostar muito.”

Sobre a adaptação ao carro BMW LMDh, que difere significativamente do Cadillac DPi-V.R. que ele pilotava anteriormente na IMSA, Magnussen destacou o desafio da sua janela de operação estreita. O carro tende a subvirar, a menos que seja pilotado no limite, onde pode repentinamente entrar em sobreviragem. Ele explicou que para obter velocidade é necessário viver neste equilíbrio delicado, algo que considera exigente e gratificante, especialmente porque lhe dá uma forte sensação de satisfação quando se sente «no ritmo».

“O carro realmente tende a subvirar se não estivermos totalmente no limite», disse Magnussen. “E esse limite é muito estreito. Então, temos uma grande derrapagem e ele tende a fugir de traseira. Por isso, temos de colocá-lo no limite da traseira e dançar nessa pequena margem. Acho que é muito difícil colocar-se nessa posição e sentir-se confortável com isso. Leva algum tempo. Acho que alguns pilotos não gostam muito de subrevirar. Não gostam de estar nesse limite. Acho muito desafiante e gratificante conduzir assim. Porque quando se está no ritmo, sente-se isso”.

Embora o primeiro ano de Magnussen com a BMW não tenha tido resultados notáveis, parece reacendeu o seu prazer pelas corridas e proporcionou-lhe uma curva de aprendizagem exigente, mas gratificante, na competição de protótipos de alto nível.