24h Le Mans: Mais & Menos da corrida

Por a 11 Junho 2023 18:34

Uma das melhores edições das 24h de Le Mans para festejar o centenário da mítica francesa. Uma grelha preenchida com quantidade e qualidade, uma luta pela vitória à geral que durou até a última hora, tal como aconteceu nos LMP2 e nos LMGTE. Eis o nosso destaques da corrida

Mais

Ferrari – “Che bella macchina”. O 499P é uma máquina bela e a sua velocidade equivale à sua beleza. Desde a primeira corrida que se viu que a Scuderia tinha argumentos para se bater com a Toyota. Era uma questão de tempo. Mas poucos esperariam que fosse já em Le Mans. A equipa foi forte em todos os aspetos, foi rápida, fiável e foi mais forte que a Toyota. A vitória acaba por ser justa, como sempre é em Le Mans, no regresso ao endurance, 50 anos depois, para conquistar a 10ª em Le Mans, na edição do centenário. Um regresso em grande.

Toyota – Foi uma derrota em Le Mans. Não se pode escamotear o facto de que os nipónicos perderam uma corrida que, em teoria, era para ser vencida. É um golpe duro e os mais trocistas dirão que a Toyota só ganha sem concorrência. Mas foi a Toyota que manteve o endurance vivo, que garantiu a transição dos LMP1 para os Hypercars, que manteve a chama acesa do WEC, quando poucos acreditavam. Em Le Mans voltaram a sentir o peso da desilusão como já tantas vezes aconteceu. Mas a Toyota sempre soube reerguer-se e por certo fará o mesmo para o ano. Foi uma bela luta e para um grande vencedor, tem de haver um grande vencido. A Toyota fez-nos vibrar até ao fim

Cadillac – Os americanos mostraram argumentos de peso. Se sem experiência conseguiram fazer uma prova tão positiva, com mais experiência do WEC pode fazer muito mais. Uma prova que não foi espantosa, mas foi pautada pela regularidade, pela inteligência da estratégia usada e cumprida, sabendo que não havia argumentos para os Hypercars mais rápidos. Restava estar no sítio certo para aproveitar as sobras. Foi o que fizeram com muita eficácia.

Os portugueses – Podem acusar-nos de sermos tendenciosos ao falar dos pilotos lusos. Os factos não enganam. Filipe Albuquerque e António Félix da Costa mostraram porque são considerados dos melhores. Félix da Costa foi da cauda do pelotão aos primeiros lugares num stint. Albuquerque galou cinco posições nas primeiras voltas. Os colegas de equipa não ajudaram e as vitórias ficaram mais longe. Félix da Costa também errou, mas reconheceu de forma humilde o erro como apenas os grandes campeões fazem. Orgulho nos nossos rapazes.

Algarve Pro Racing – Segunda vitória consecutiva em Le Mans nos Pro Am. Uma prestação à medida de Le Mans e enquanto os adversários iam caindo, o carro #45 da APR ia subindo posições. Mais uma vez A Portuguesa soou em Le Mans, graças à APR.

Inter Europol – Uma equipa que estava longe de ser favorita, a vencer, depois de uma prestação perfeita. O #34 da Inter Europol venceu com todo o mérito, numa prova brilhante.

Corvette – Triunfo merecido, tendo recuperado de duas voltas de atraso. Um carro que foi sempre veloz e brilhantemente pilotado.

A corrida – Tivemos de tudo na corrida, desde chuva, incidentes, grandes lutas, incerteza e muitas surpresas. Foi um belo espetáculo que durou 24h. Grande corrida!

Menos

Peugeot – O carro não tinha dado nas vistas nas pistas ditas “normais”, mas o conceito pensado para Le Mans poderia dar mais na pista francesa. Deu, mas não deu o suficiente para retirar dúvidas. Chegaram a liderar a corrida, mas nunca ficamos com a sensação que a Peugeot era clara candidata. Nesta fase, já deveriam mostrar mais.

Porsche – O 963 não tem tido um começo fácil e apesar do potencial ser claro, faltam os pormenores que nos tempos do 919 estava já limados. Mas nas contas finais, foi uma prestação má da Porsche, longe dos primeiros lugares e longe do que ambicionavam.

United Autosports – Uma das melhores equipas em LMP2 não conseguiu comprovar esse rotulo com uma corrida difícil para os dois carros. Le Mans é mesmo assim, mas é uma tendência que se tem acentuado desde o ano passado.

Procedimento Safety Car – Os Safety Car são sempre uma dor de cabeça em Le Mans, mas o procedimento usado este ano foi demasiado longo e custou mais de três horas de corrida, quando ficou a sensação de que poderia ter sido resolvido de forma mais célere.

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2 Comentários
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carlos.costa
carlos.costa
11 meses atrás

A maioria das ultrapassagens ( dobragens ) dos LMP2 aos LMGT são feitas em zonas de travagem porque a diferença de velocidade de ponta não é grande, aumentar a velocidade aos LMP2 talvez evitasse alguns acidentes…. ?
O facto dos LMGT terem pilotos amadores também não ajuda…

Scb
Scb
Reply to  carlos.costa
11 meses atrás

E passavam a andar perto dos LMH…Houve muitos e graves acidentes com pilotos profissionais, e mesmo os ditos amadores, cuidado com eles.

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