WTCR: Bjork e Muller dominam em Ningbo

Mais um domingo recheado de corridas no WTCR. A taça do mundo de turismo começou o dia com a qualificação 2, onde voltou a ser Thed Bjork o homem mais rápido. O campeão do mundo de turismos voltou a fazer uma qualificação excelente, ficando à frente de Norbert Michelisz, Esteban Guerrieri, Gabriele Tarquini e Rob Huff. Na pole para a corrida 2, com a grelha invertida ficou Mehdi Bennani.

Corrida 2

Mehdi Bennani largou da pole para a corrida 2, mas não conseguiu defender-se do ataque inicial de Yvan Muller que passou para a liderança da prova, seguido do marroquino da Loeb Racing. Mais atrás era o caos do costume nas largadas do WTCR, com vários toques à mistura, com nomes sonantes como vítimas, tal como Gabriele Tarquini, que ficou fora de prova depois de um toque mais violento com Esteban Guerrieri e Jean-Karl Vernay que foi abalroado por Aurélien Comte.

Esteban Guerrieri começou a dar nas vistas e galgou posições subindo da oitava posição para o quarto lugar, em mais uma exibição sólida do argentino, que se deu muito bem com os ares chineses (tal como em 2017). O seu colega de equipa, Yann Ehrlacher, é que não deverá estar muito feliz com o resultado da corrida2. O francês teve uma luta muito acesa com Fréderic Vervisch. Ambos os pilotos não pouparam nos toques e com isso perderam várias posições, entregando o último lugar do pódio a Guerrieri, que assim carimbava a segunda subida ao pódio. Os azares de Ehrlacher não terminaram por aí e quando estava em luta com Oriola pelo nono lugar, foi abalroado por Ma Qing Hua, que mediu mal o tempo de travagem e levou o seu colega à frente, ficando parado na pista.

Na frente não houve mudanças e Muller venceu de forma confortável a corrida 2, seguido de Bennani e Guerrieri. Muller passou a ser o líder do campeonato, beneficiando da desistência de Tarquini.

Top 10, corrida 2:

Corrida 3

Ma Qing Hua não saiu para a pista na corrida 3 com problemas no turbo do seu Civic. Já Ehrlacher teve mais sorte e conseguiu ir para a corrida, embora largando do último lugar.

Thed Bjork arrancou muito bem, manteve a liderança da prova e fugiu da confusão. Guerrieri ia sendo ultrapassado por Tarquini, mas o argentino defendeu-se bem, foi atrás de Michelisz e ultrapassou o húngaro com alguma virilidade, mas o seu esforço foi inglório pois o piloto apareceu fora de pista com um problema na suspensão, acabando a corrida prematuramente. Na confusão, Tarquini passou para o segundo lugar seguido de Denis Dupont, atirando Michelisz para o quarto lugar, à frente de Huff e Muller, que por sua vez era pressionado por Vervisch.  Muller começou a ter problemas e a perder lugares, levando ainda um toque de Vernay. Os problemas para Muller não acabaram por ai e o francês foi obrigado a abandonar a luta pelos pontos mais cedo, com um furo no pneu dianteiro direito.

Surpreendentemente, foram mostradas pouco depois do meio da corrida, devido a problemas nos correctores  na curvas 17, que se começaram a soltar. O problema foi resolvido, e no recomeço, Bjork voltou a largar bem e ficou na frente da corrida que não viu grandes alterações nesta fase. Huff, que tinha tido problemas no carro (fuga de fluídos na grelha de partida),  foi passado por Vervisch. O britânico teve ainda uma luta acesa com Berthon, com o piloto do Audi a ficar a perder. Michelisz começou a ter problemas com o seu i30 e quem aproveitou foi Vervisch que subiu até à quarta posição.

O fim da corrida chegou e Bjork venceu a corrida 3 segundo de Tarquini e Denis Dupont, na sua estreia no pódio no WTCR.  Tarquini passou a ser o lider do campeonato, seguido de Bjork e Muller, que iniciou a corrida como líder do campeonato.

Top10, corrida 3:

Os destaques do fim de semana vão sem dúvida para a Yvan Muller Racing. Bjork voltou a estar imbatível e leva para casa duas vitórias e duas poles num fim de semana em cheio para o sueco, que subiu bastante na classificação. O primeiro lugar continua a trocar de dono a um ritmo quase alucinante, mas Tarquini chegou como líder a Ningbo e sai como líder, embora os Hyundai da BRC tenham estado abaixo dos da YMR. Os Audi surpreenderam, especialmente os da Comtoyou que se mostraram muito competitivos num traçado que teoricamente não os favorecia. Vervisch deu nas vistas e conseguiu bons resultados e o pódio de Dupont foi também surpreendente, olhando para as prestações até agora. A equipa aproveitou as férias para ver de cima a baixo os carros e parece que encontraram a competitividade que procuravam. Os Honda desiludiram.  Guerrieri conseguiu bons resultados mas tanto ele como Ehrlarcher perderam pontos valiosos nas corridas de domingo. Já os Honda da Boutsen Ginnion (Coronel e Ma) passaram mais uma vez ao lado das corridas e ficaram muito abaixo do desejado. Os Peugeot foram discretos e a penalização por troca de motores não ajudou, os Alfa Romeo foram iguais a si próprios este ano  (pouco competitivos) e os Cupra mostraram potencial para conseguir posições interessantes, mas nas corridas apenas Oriola conseguiu acabar no top 10 (como habitualmente). O WTCR não pára e na próxima semana irá estrear o traçado citadino de Wuhan.