Lembra-se de: Ingo Hoffmann: o Rei dos ‘Stock Cars’

Por a 22 Julho 2023 11:10

No Grande Prémio do Brasil de 2008, Rubens Barrichello correu com um capacete diferente do habitual. Era a sua homenagem a Ingo Hoffmann que, pouco antes, em plena grelha de mais uma corrida do campeonato brasileiro de “stock cars”, tinha anunciado o seu abandono das competições, ao fim de 35 anos de carreira.

Mas, afinal, quem é Ingo Hoffmann? Os mais distraídos, podem até nunca ter ouvido falar dele; já os que gostam de F1 e acompanharam as últimas três décadas daquele desporto, recordam-no como um dos pilotos do Copersucar, o falhado projecto liderado por Emerson Fittipaldi, que construiu um monolugar brasileiro e levou-o sem sucesso para o Mundial de F1. Uma gesta que aconteceu nos finais da década de 70, logo depois de Emo, recém-sagrado campeão do Mundo pela segunda vez, ter abandonado a McLaren, fundando então a sua equipa que corria com as cores da principal companhia de refinação de açúcar do Brasil.

Ingo Hoffmann tinha, em 1976, 23 anos e uma carreira no automobilismo iniciada em 1972. Na Europa, passou por todas as categorias de monolugares – F3 e F2 – até chegar à F1, quatro anos mais tarde. Com o Copersucar, estreou-se no Campeonato do Mundo a 25 de Janeiro de 1976. Participou em seis Grandes Prémios, mas apenas se qualificou para três. Foi uma passagem curta e sem resultados, que terminou de forma abrupta, quando Fittipaldi se afastou do projecto, por razões financeiras. E, dessa forma, terminou também a carreira europeia – e nos monolugares – de Hoffmann, que regressou ao seu Brasil logo de seguida.

E onde, a partir de 1979, começou a escrever uma carreira com o sucesso que, até então, lhe tinha fugido. Nos “stock cars”, série fundada em 1979, Hoffmann participou em todas as corridas até à sua despedida – menos na primeira. Venceu 12 títulos do campeonato brasileiro de “stock cars” (1980, 1985, 1089-1994, 1996-1998 e 2002). Ganhou ainda 76 corridas e assinou por 60 vezes a “pole position”. Em Dezembro de 2006, gravou outro marco na história das competições canarinhas, ao garantir aquela que foi a sua 100ª vitória em corridas no Brasil. Casado e com três filho, Hoffmann, tem outra paixão: as corridas a pé, em especial as maratonas.

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joaolima
joaolima
8 meses atrás

E durante muitos anos a parabólica interior do Estoril era conhecida como curva Hoffmann, em virtude duma forte saída dele numa prova de F2

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