João Barbosa: “ Na Europa tudo que não seja ao nível de F1 não agrada…”

Por a 13 Maio 2020 11:30

Joao Barbosa comparou a realidade dos EUA com a realidade europeia. O piloto luso acredita que os EUA sempre mostraram abertura para receber equipas europeias, que agora encontram um desafio bem maior do que encontravam no passado:

“Eu acho que sempre houve uma abertura deste lado para receber as equipas europeias, que também sempre tiveram vontade de vir para cá até porque temos várias provas míticas como Sebring e Daytona. Não vejo tão de forma tão clara que esta seja uma tendência que se repita noutros campeonatos, mas já temos exemplos disso como os GT3 que correm quer nos EUA quer na Europa, embora não haja muitas equipas europeias interessadas em correr cá, por uma questão financeira e de logística.”

“As equipas americanas têm uma cotação muito diferente do que tinham anteriormente. Antes as equipas europeias chegavam e dominavam, mas hoje em dia o cenário é diferente e a qualidade das estruturas é equivalente e os europeus têm muita dificuldade em andar ao mesmo nível.”

Um dos atrativos dos

campeonatos americanos são as pistas que mantêm o espírito do

passado, algo que agrada a quem vai correr lá:

“É uma realidade diferente mesmo ao nível das pistas. Na Europa ninguém quer correr em pistas que não estejam ao nível de F1, porque não tem boxes ou não tem paddock, ou a pista tem muitos ressaltos ou não tem escapatórias suficientes. Aqui é o contrário e uma das pistas que menos agrada é a de Austin e deixaram de ir lá correr, pois o desafio numa pistas destas comparado com pistas como Watkins Glen ou Daytona ou Road Atlanta é muito diferente. Então Sebring… era impossível uma pista dessas na Europa estar no ativo, com tantos ressaltos e lombas e é isso que atrai os pilotos da Europa. É o facto de encontrarem pistas com desafios específicos. Em Sebring quando fazemos um track walk e vemos os buracos que há na pista, sobretudo na curva 1 e na 17, é impressionante pois alguns são tão grandes que cabe lá uma mão. Na Europa era completamente impossível.”

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jcf
jcf
3 anos atrás

Muito bem: “Um dos atrativos dos campeonatos americanos são as pistas que mantêm o espírito do passado, algo que agrada a quem vai correr lá.” É algo que adoro nos EUA e na Austrália, a manutenção desse espírito de desafio, pistas de tipos diferentes em vez da padronização que se vê na Europa e nas pistas novas, todas baseadas no mesmo paradigma. É bom que nos EUA e Austrália ainda haja muita coisa baseada nos paradigmas originais do porquê as corridas de carros foram criadas.

mekanik
mekanik
3 anos atrás

Caro forista jcf. Eu entendo perfeitamente o que quer dizer. E concordo em grande parte. Também entendo a perspectiva do João porque ele está lá, e foi nos USA que ele conseguiu dar um rumo (um belíssimo rumo) à sua carreira profissional. Conheço muito bem a forma dele funcionar e também sei que o que ele diz é mesmo o que ele pensa. E realmente é verdade, mas….. Acredite amigo e caro jcb, que nem tanto ao mar nem tanto à terra (por assim dizer`) porque na realidade as pistas (falemos aqui e agora apenas das pistas) nos USA são… Ler mais »

Scb2
Scb2
3 anos atrás

Acho uma análise totalmente desfasada da realidade e querendo ver uma guerra onde não existe. Os EUA têm as suas classes de desporto automóvel. São tão grandes que não precisam de equipas internacionais. Por outro lado às equipas internacionais não faz sentido montar um programa para correr no EUA. Há alternativas bem melhores. As marcas sim querem estar nos EUA, como noutros lugares, mas faz mais sentido apoiar uma equipa americana e ter outra equipa noutra competição. Tão simples quanto isso.

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