Fórmula E, São Paulo: Corrida caótica dá vitória a Jake Dennis

Por a 6 Dezembro 2025 18:21

A corrida inaugural da temporada de Fórmula E no Brasil ficou marcada por caos, múltiplos incidentes, penalizações e uma sucessão constante de mudanças na liderança. No fim, Jake Dennis segurou a vitória numa prova onde a gestão de energia, o Attack Mode e a sobrevivência foram determinantes.

Arranque turbulento

A largada foi tudo menos tranquila. Jake Dennis manteve a liderança, mas os dois Mahindra falharam a travagem para a curva 1, seguindo em frente e desencadeando o primeiro incidente do dia. O mais prejudicado foi Dan Ticktum, que sofreu um toque, furou o pneu e foi forçado a passar pelas boxes, caindo drasticamente na classificação.

Pascal Wehrlein aproveitou para subir ao segundo lugar, seguido de Edoardo Mortara — que viria mais tarde a receber uma penalização de cinco segundos por não cumprir as instruções da Direção de Corrida no regresso à pista após a saída na curva 1. Norman Nato e António Félix da Costa completavam o grupo da frente.

Wehrlein assume o comando

A fase inicial da corrida ficou marcada por intensa gestão de energia. Wehrlein ascendeu ao primeiro posto, mas o ataque estratégico ao Attack Mode começou cedo: na volta 5, Jean-Éric Vergne foi o primeiro a ativá-lo, saltando momentaneamente para a frente da corrida.

Pouco depois, Nick de Vries entrou nas boxes com um furo, numa altura em que Vergne liderava graças ao AM. Oliver Rowland respondeu com a mesma estratégia, assumindo o comando. Também com o Attack Mode ativado, Félix da Costa recuperou várias posições, chegando mesmo à liderança provisória.

Após a primeira ronda de ativações, Wehrlein regressou ao topo, seguido de Dennis, Nato, Mortara e Félix da Costa.

Toque entre colegas e abandonos começam a acumular-se

Numa luta interna da Nissan, Norman Nato sofreu um toque de Oliver Rowland que lhe furou um pneu e arruinou por completo a sua corrida. O francês acabaria por abandonar algumas voltas mais tarde.

Dan Ticktum também viu a sua prova terminar antes do tempo, penalizado com um drive through por trabalhos no carro fora da zona regulamentar. Após cumprir a penalização, retirou-se da corrida.

Primeiro Safety Car

Com oito voltas por cumprir, começou a segunda ronda de Attack Mode. Porém, a estratégia foi interrompida pelo Safety Car após um incidente entre Lucas di Grassi e Edo Mortara, deixando ambos fora da corrida e ampliando a lista de desistências.

Full Course Yellow, acidente violento e bandeira vermelha

O recomeço foi caótico: Mitch Evans acabou nos muros após uma luta intensa. Pouco depois, o Cupra Kiro de Pepe Martí levantou voo ao passar por cima de carros que abrandavam devido ao Full Course Yellow, destruindo-se no impacto.

O incidente envolveu também o Porsche de Nico Müller e afetou António Félix da Costa, que viu o monolugar de Martí passar por cima do seu capacete — felizmente sem consequências graves. A direção de corrida acionou a bandeira vermelha.

Nessa altura, a classificação era: Dennis, Rowland, Cassidy, Drugovich, Wehrlein e Félix da Costa no top 6. Na lista de desistências seguiam-se Martí, Evans, di Grassi, Mortara, Nato e Ticktum.

Nova ordem, mais desistências e um sprint final de uma volta

A corrida recomeçou sob Safety Car com nova ordem: Dennis, Rowland, Cassidy, Wehrlein, Drugovich, Müller, Günther, Barnard, Erikson, Buemi, Vergne, Maloney, de Vries e Félix da Costa — agora relegado ao último lugar depois das reparações no carro. Porém, Vergne e Barnard nem chegaram a sair das boxes, aumentando o número de abandonos.

Com apenas uma volta de corrida efetiva para o final, os pilotos foram a fundo, sem preocupações de energia. Dennis manteve a liderança com margem confortável, e o pelotão aproximou-se da meta numa disputa intensa.

Jake Dennis cruzou a linha de meta em primeiro, com Oliver Rowland — que largara da 13.ª posição — a garantir um notável segundo lugar. Nick Cassidy completou o pódio na sua estreia pela Citroën, permitindo à marca francesa uma entrada brilhante na Fórmula E.

Mais uma corrida caótica, no calor brasileiro de São Paulo, num arranque de época atribulado para a Fórmula E.

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1 comentários

  1. Pity

    6 Dezembro, 2025 at 21:24

    Mas que corrida de carrinhos de choque. O Marti teve uma estreia inesquecível, “ganda” maluco. Nunca é demais dizer “bendito halo”.
    Não é porque isso beneficiaria o AFC, mas é incompreensível retomar uma corrida faltando apenas uma volta.

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