Fórmula E: Mudanças na qualificação à vista
As muitas queixas dos pilotos quanto ao formato de qualificação da Fórmula E está a levar os responsáveis do campeonato a avaliarem novas ideias e poderemos ver mudanças no formato na próxima época.
O formato atual é constituído de duas partes, a primeira com quatro grupos de seis pilotos a irem para a pista para encontrar os seis mais rápidos, que avançam para a segunda metade da qualificação, a Superpole, em cada um dos pilotos que conseguiu passar a esta fase tem uma volta com pista limpa para fazer a pole. Este formato tem sido alvo de críticas, pois os pilotos do grupo 1, aquele que tem os seis primeiros classificados do campeonato é na grande maioria das vezes aquele onde os tempos são piores pelas condições de pista (sujidade e quantidade de borracha em pista). Isto prejudica os pilotos que estão na frente do campeonato e obriga-os a ter de largar do meio ou até do final do pelotão o que complica muito a tarefa de marcar pontos.
Este sistema fazia sentido numa fase em que as diferenças entre as equipas de topo e as restantes ainda era significativa, com os carros mais rápidos a passarem com maior ou menor dificuldades pelos mais lentos. Mas nesta fase, com as performances muito equiparadas, torna-se cada vez mais difícil ganhar lugares, o que prejudica os pilotos mais rápidos e se torna injusto para quem está nas primeiras posições do campeonato, tornando a competição algo artificial demais.
Os apelos para que o sistema seja alterado aumentaram mais nas últimas corridas, com o atual líder Sam Bird a acreditar que o formato agora limita a capacidade de recuperação dos pilotos do grupo um, comprometendo a qualificação.
“Penso que se dermos o mesmo formato à Fórmula 1, as equipas da frente ainda assim passariam e ganhariam, mas agora na Fórmula E é tudo muito mais competitivo”, disse Bird, que também disse à The Race. “Não há uma oportunidade real de competir como antes. Olhando para a quarta temporada 2017-18, em que os Audi estavam claramente a passar por todos e eu tentava aguentar até que eles passavam. Mas esses dias já praticamente acabaram e toda a gente está a fazer a regeneração nos mesmos pontos, extraindo a mesma coisa. Como se explica à direção todos os fins-de-semana, ‘estamos a liderar o campeonato da equipa’ mas começamos longe da frente?” disse Bird. “Quando se tem uma sala de pessoas que não estão realmente a perceber, olham para grelha e perguntam ‘porque estamos lá em baixo?’ É muito difícil de explicar”.
Uma das opções que está a ser analisada é um formato de eliminação com dois carros em pista. Mas é pouco provável que este seja escolhido, devido ao tempo que levariam sendo que a Fórmula E faz todo o seu programa num dia apenas.
Além desta proposta, está a ser estudada a possibilidade de abrir a Superpole a mais pilotos, ou então a passagem à Superpole ser garantida ao primeiro ou dois primeiros de cada grupo.
A hipótese de ter os carros todos em pista ao mesmo tempo está descartada pois o comprimento das pistas de Fórmula E não permite que tal aconteça, comprometendo o espetáculo e a possibilidade de vermos voltas limpas, além de aumentar consideravelmente o risco de bandeiras vermelhas, piorando sobremaneira o show para os fãs.
Tendo em conta todas as limitações e a vontade de se manter afastada dos formatos da F1, a FIA iniciou o processo de simulação de várias soluções para entender o que pode ser feito para minimizar o impacto dos grupos e alterar o comportamento subsequente no grupo 1, que obriga as equipas a esperarem pelo último momento para ir para a pista, tentando ir no fim da fila e assim ter melhores condições de pista, algo sempre muito criticado.
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Façam como na primeira época, sorteio puro dos pilotos. Desse modo, qualquer piloto poderá ficar em qualquer dos grupos.
Podiam fazer pedra papel ou tesoura entre primeiro e último, segundo e penúltimo e assim sucessivamente. Quem ganhasse tinha de fazer uma baba de camelo que por sua era avaliada pelo júri do Masterchef. As 6 melhores sobremesas valiam a passagem para a Superpole onde cada piloto bebia 2 litros de água e tinha de aguentar sem ir a casa de banho. O primeiro a ir era sexto, o segundo quinto e assim sucessivamente.
Isto ou faziam uma qualificação normal e justa em termos de estrutura, como a da F1…