Fórmula E, México: Pascal Wehrlein venceu, Félix da Costa fez um excelente quarto lugar

Por a 12 Fevereiro 2022 23:14

Foi uma corrida emocionante com muitas mudanças na tabela, mas no final, Pascal Wehrlein (TAG Heuer Porsche Formula E Team) “matou o borrego” e depois de tanto azar, conseguiu finalmente vencer no México. André Lotterer acompanhou o seu colega de equipa no pódio e Jean-Éric Vergne (DS Techeetah) conseguiu terminar no pódio, à frente de António Félix da Costa (DS Techeetah) que terminou num excelente quarto lugar.

O filme da corrida

Pascal Wehrlein largou bem, mas foi agressivo na defesa da sua posição, fechando a porta a Edo Mortara (Rokit Venturi). Félix da Costa também arrancou bem mas foi apertado na primeira curva, o que o fez perder algum terreno para Jean-Éric Vergne. Nyck de Vries (Mercedes-EQ Formula E Team) pressionava o piloto português que, apesar disso, mantinha a quinta posição. 

Logo na segunda volta, Alex Sims ficou parado em pista com problemas no seu Mahindra, mas foram necessárias apenas bandeiras amarelas na zona do estádio. Wehrlein mantinha-se na frente da corrida, com Mortara por perto e André Lotterer na perseguição do Venturi. 

Lotterer foi o primeiro a ir à zona de Ativação do Attack Mode e manteve o terceiro lugar e pouco depois, Robin Frijns (Envision Racing) passou De Vries e subia ao sexto lugar. Edo Mortara também foi ao AM sem perder a posição e os dois começavam a pressionar Wehrlein, mas o alemão conseguiu gerir bem a vantagem e foi ao AM, mantendo a posição. No entanto, pouco depois, Mortara saiu melhor da última curva e conseguiu passar Wehrlein e assumir a liderança da corrida. Nyvk de Vries era passado por outro Envision Racing, o de Nick Cassidy, com o piloto da Mercedes a cair para o oitavo posto. Mortara continuava a afastar-se dos homens da Porsche, cimentando a sua liderança. Félix da Costa foi ao AM e conseguiu manter a quinta posição.

Vergne começava a atacar Lotterer, com os Porsche a serem mais conservadores na gestão de energia nesta fase. Lotterer foi atacado por Vergne e o alemão perdeu posição para Vergne e Félix da Costa, que passavam a ser terceiro e quarto, respetivamente. Os Porsche não conseguiam aguentar o ritmo  e Wehrlein perdia o lugar para Vergne, que subia ao segundo posto. 

Wehrlein foi ao AM e Félix da Costa deu um toque no Porsche, danificando a sua asa dianteira, o que começou a comprometer a corrida do português, caindo para o sexto lugar. 

As lutas multiplicavam-se em pista, numa altura em que a maioria dos pilotos da frente estava a fazer a segunda ativação do AM. Na frente, Mortara mantinha-se na liderança, com Vergne em segundo e Wehrlein em terceiro. Félix da Costa aproveitava o seu AM para regressar ao quinto lugar, superando Frijns. No entanto, o neerlandês retribuiu a manobra ao português que voltou a cair para o sexto lugar. 

Atrás, Di Grassi em luta com De Vries davam espetáculo, com o brasileiro a fazer uma grande recuperação, sendo oitavo depois de largar de 14º. 

A 15 minutos do fim, os Porsche começaram a mostrar mais andamento e “despacharam” Vergne, sem dificuldade, tal como Frijns, com o francês a cair para o quinto posto. Mortara mantinha a liderança, mas começava a ser ameaçado pelos Porsche que tinham mais energia. Wehrlein reassumiu a liderança e Lotterer  passou por Mortara que caia para o terceiro lugar, sob pressão de Frijns. Depois de uma primeira fase mais conservadora ao nível da gestão de energia, a Porsche atacava nos últimos 15 minutos e tinha a vitória ao seu alcance. Nick Cassidy foi dos últimos a ir ao AM e conseguiu subir do décimo para o sétimo, com AFC a ter de defender-se do ataque do piloto da Envision, não sendo bem sucedido, caindo o #13 para o sétimo posto.

Frijns, com uma manobra espetacular, passou Mortara pelo terceiro lugar, ganhando uma vaga no pódio, enquanto os Porsche estavam confortavelmente na frente da corrida. Di Grassi, que tinha andado no oitavo lugar, era agora 12º perdendo muitas posições, numa altura em que Félix da Costa conseguiu recuperar o sexto lugar a Cassidy. Se o primeiro  e segundo lugar pareciam entregues, o terceiro estava em aberto, com Frijns a defender-se da pressão de Mortara, que tinha logo atrás de si Vergne e Félix da Costa, também por perto. Mortara perdeu o lugar para Vergne e pouco depois perdia o lugar para Félix da Costa, que regressava ao quinto lugar. Vergne conseguiu passar Frijns pouco depois e Félix da Costa seguia o exemplo do seu colega de equipa, subindo ao quarto lugar, enquanto Vergne já tinha lugar garantido no pódio. 

Muitos pilotos eram obrigados a levantar o pé para gerir a energia, como era o caso dos pilotos da Mercedes que começavam a cair na classificação e outros pilotos estavam prestes a não conseguir terminar a corrida, trazendo o caos à pista com muitas mudanças. 

Na frente não houve mudanças  e Pascal Wehrlein conseguiu vencer finalmente no México seguido de Lotterer, Vergne e Félix da Costa que terminou à frente de Mortara que liderou boa parte desta louca corrida. 

A Porsche merece destaque pelo excelente fim de semana e pela primeira vitória na Fórmula E. Depois de tanto azar no México, Wehrlein conseguiu finalmente vencer e afastar fantasmas antigos. Lotterer ainda não conseguiu a desejada vitória mas esteve muito bem, talvez um dos melhores fins de semana do piloto nos últimos anos. Vergne fez uma excelente corrida e mereceu o pódio, mas Félix da Costa merece uma menção honrosa. Com uma asa dianteira danificada e certamente com dificuldades na pilotagem, não perdeu o sangue frio e cumpriu a estratégia da equipa. Esteve perto de subir ao pódio, caiu para sétimo e regressou ao quarto lugar. Um grande resultado e acima de tudo uma grande exibição dadas as dificuldades que enfrentou. Mortara voltou a mostrar que está em grande forma e manteve a liderança no campeonato. Nyck de Vries foi sexto, à frente de Frijns que chegou a estar na luta pelo pódio. Lucas Di Grassi recuperou muitas posições, perdeu, voltou a recuperar, acabou em oitavo, mas foi penalizado em cinco segundos por um toque nos Mercedes o que o atirou para fora dos pontos. Os Nissan voltaram a estar discretos mas pontuaram e a Andretti teve um fim de semana para esquecer, tal como a Mahindra.

A F1 regressa em abril para o E-Prix de Roma, uma pausa de mais de um mês na competição elétrica.

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2 Comentários
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Pity
Pity
2 anos atrás

Saber gerir a energia, é meio caminho para o sucesso e nisso, os melhores foram os homens da Porsche e da DS

Não me chateies
Não me chateies
2 anos atrás

A diferença entre uma pista a sério e uma pista de carrinhos de choque, porque não é sempre assim?

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