Fórmula E: As equipas para 2024

Por a 8 Janeiro 2024 15:01

11 equipas, 22 pilotos para enfrentar 16 corridas em 2024. Está tudo pronto para a nova época da Fórmula E. É tempo de conhecer as estrelas para esta nova temporada.

Andretti Global -Jake Dennis / Norman Nato

Corridas – 116 Vitórias – 10 Pódios – 32 Poles – 12

A Andretti está na Fórmula E desde o arranque da aventura 100% elétrica. Já foi a casa da BMW ( e de António Félix da Costa) mas em 2023 a estrutura viveu o seu melhor ano de sempre, com 11 pódios, duas vitórias, duas poles e o título mundial para o seu piloto Jake Dennis, com a equipa desde 2020. Dennis desde cedo mostrou grande potencial nesta competição e apenas pecou por alguma inexperiência (com erros que custaram caro) em momentos decisivos nas suas primeiras épocas. Mas no ano passado, Dennis fez tudo bem e conquistou o tão desejado (e merecido) título. Ao seu lado terá este ano Norman Nato, que ficou com o lugar deixado vago por André Lotterer (deixou a Fórmula E). Nato já representou a ROKiT Venturi Racing e a Jaguar, tendo corrido no ano passado pela Nissan. Não é um piloto que dê nas vistas, mas tem qualidade e basta ver que os seus serviços são consistentemente requisitados por boas equipas. Lotterer tinha experiência e qualidade, mas nunca conseguiu triunfar na competição, pelo que esta mudança não enfraquece a equipa e até tem o potencial de a reforçar.

DS Penske – Jean-Éric Vergne / Stoffel Vandoorne

Corridas – 116 Vitórias – 3 Pódios – 13 Poles – 4

A DS Penske começou como Dragon Racing Formula E Team e desde então tem estado na Fórmula E com Jay Penske ao leme da operação desde o arranque. No ano passado a DS aliou-se à equipa americana e esperava-se que esta união de esforços resultasse em sucesso, mas isso esteve longe de acontecer. Numa época muito abaixo das expetativas, nem Vergne, nem Vandoorne, ambos campeões de Fórmula E, conseguiram chegar aos pódios. A equipa terminou no quinto posto, mas com a sensação de desilusão. Para este ano, a dupla de pilotos mantém-se, pois o problema não esteve nos homens do volante. É uma das duplas mais fortes para este campeonato que espera por um carro que lhes permita chegar aos primeiros lugares.

ERT Formula E Team – Sérgio Sette Câmara / Dan Ticktum

Corridas – 116 Vitórias – 2 Pódios – 6 Poles – 2

A NIO 333 Racing deu lugar à ERT Formula E Team, mas a estrutura mantém-se. Já longe vão os tempos em que Nelson Piquet Jr. venceu o título, na altura com o nome China Racing Formula E Team. Esses tempos já lá vão e a equipa tem ficado sistematicamente afastada dos primeiros lugares. O último pódio foi conquistado na temporada 4 e as vitórias escapam desde a primeira época. Sette Câmara e Ticktum mantêm-se na equipa, uma dupla jovem, com talento, que espera ter um carro melhor para a temporada que se aproxima.

Envision Racing – Robin Frijns / Sébastien Buemi

Corridas – 116 Vitórias – 16 Pódios – 48 Poles – 15

A Envision conseguiu o feito de se tornar na primeira equipa privada a conquistar o título na Fórmula E. Os números mostram bem a força da equipa no campeonato. O melhor ano da equipa, rendeu o primeiro título, muito graças ao trabalho de Nick Cassidy que saiu da equipa para a Jaguar. Cassidy fez uma época tremenda em 2023 e a equipa errou na gestão da penúltima corrida que deixou o neozelandês arredado da luta pelo título, depois de um toque com o seu colega de equipa, num erro de comunicação da equipa. Mas para o lugar de Cassidy veio Robin Frijns que é claramente um substituto à altura, fazendo com Sébastien Buemi uma excelente dupla.

NEOM McLaren Formula E Team – Jake Hughes / Sam Bird

Corridas – 71 Vitórias – 7 Pódios – 24 Poles – 11

A McLaren é a continuação do que foi a bem sucedida Mercedes. E no primeiro ano na competição, podemos dizer que o arranque não foi surpreendente, nem foi mau. Jake Hughes mostrou muita velocidade no arranque da época e revelou potencial. Falta-lhe tempo para se adaptar à competição, mas faz lembrar um pouco Jake Dennis nos primeiros tempos. A McLaren tem um piloto com muito potencial e ganhou agora outro com muita experiência. Sam Bird foi a aquisição para 2024, depois de uma passagem sem grande brilho pela Jaguar. Bird tem experiência, tem qualidade, mas falta-lhe subir o nível para chegar aos títulos, algo que se esperava que fizesse na Jaguar e não conseguiu. Uma dupla melhor depois da saída de René Rast, um excelente piloto que nunca se deu muito bem com os ares da Fórmula E.

Maserati MSG Racing – Maximilian Günther / Jehan Daruvala

Corridas – 116 Vitórias – 9 Pódios – 25 Poles – 5

A Maserati começou como Venturi e tem conseguido épocas interessantes e a primeira temporada com as cores da marca italiana foi positiva, com uma vitória e quatro pódios. Edoardo Mortara era a estrela da equipa, mas saiu para a Mahindra, ficando Maximilian Günther com o estreante Jehan Daruvala. É um alinhamento claramente mais fraco e ficam algumas dúvidas se a equipa vai conseguir manter o nível do ano passado. A estrutura tem uma base com qualidade e pode até aspirar a bons resultados, mas a dupla deste ano terá de convencer.

Jaguar TCS Racing – Mitch Evans / Nick Cassidy

Corridas – 95 Vitórias – 12 Pódios – 32 Poles – 7

É uma das equipas mais fortes da atualidade. A Jaguar deu o pontapé na sua revolução interna com a entrada na Fórmula E, numa altura em que olhava para a eletrificação como a única via para o futuro. A equipa tem estado cada vez mais perto do tão desejado título, que vai escapando, já com 2 vice-campeonatos no CV. Mitch Evans é um dos pilotos mais fortes de atualidade e recebe agora a companhia do compatriota Nick Cassidy, uma dupla tão boa (ou até melhor) do que a do ano passado em que Bird era colega de Evans. Bird pouco trouxe à equipa, enquanto Cassidy carregou a Envision às costas no ano passado. Assim, parece ser uma boa aposta por parte da Jaguar.

ABT CUPRA Formula E Team – Lucas di Grassi / Nico Müller

Corridas – 99 Vitórias – 14 Pódios – 47 Poles – 6

A ABT já teve muito sucesso na Fórmula E nos tempos da Audi, mas esse sucesso foi sendo cada vez menor e quando a marca germânica saiu de cena a ABT encontrou a CUPRA como parceira. Mas o primeiro ano correu muito mal, com performances confrangedoras e muitos problemas nos seus monolugares. Robin Frijns entrou e saiu da equipa, Nico Muller manteve-se e Lucas di Grassi veio da Mahindra para a sua “casa”, onde venceu o título em 2016/17. Uma dupla equivalente à do ano passado à espera de um carro que permita mais e melhor.

TAG Heuer Porsche Formula E Team – António Félix da Costa / Pascal Wehrlein

Corridas – 58 Vitórias – 5 Pódios – 13 Poles – 3

Será este ano que a Porsche luta pelo título até ao fim? A equipa alemã esteve durante o seu tempo na Gen2 à procura do norte, que terá encontrado na primeira época da Gen3. A Porsche mostrou potencial e capacidade para vencer, mas faltou a consistência, um ingrediente que tem faltado desde a entrada da equipa no campeonato elétrico. A dupla é de luxo, uma das melhores, com um excelente piloto e um campeão. A Porsche já tem tudo para vencer, faltam apenas os pormenores que por vezes demoram a ser aperfeiçoados. Mas há a sensação que a Porsche vai apostar tudo nesta época e vai querer bons resultados.

Mahindra Racing – Nyck de Vries / Edoardo Mortara

Corridas – 115 Vitórias – 5 Pódios – 24 Poles – 10

Equipa completamente renovada depois de um ano para esquecer. A Mahindra esperava aproximar-se do topo da competição em 2023, mas aconteceu precisamente o contrário. A fórmula encontrada não resultou, de tal forma que Oliver Rowland saiu do projeto a meio e Lucas di Grassi deixou-se ficar até ao fim, mas não hesitou em mudar-se para a ABT que teve uma época tão má ou pior. É assim um começo do zero, com Edo Mortara, que dispensa apresentações e Nyck de Vries, chegado da sua aventura falhada na F1. Um excelente piloto e um campeão, numa das duplas mais interessantes do grid.

Nissan Formula E Team – Oliver Rowland / Sacha Fenestraz

Desde a sua entrada na Fórmula E que a Nissan procura bons resultados. Os tempos da Renault e.dams foram de sucesso, mas o “reinado” da Nissan ainda não deu os frutos desejados. Para este ano, um regresso a casa, com Rowland a voltar a uma casa que conhece, depois de um ano e meio sem sucesso na Mahindra. Sacha Fenestraz é o jovem piloto da casa, que se estreou no ano passado e que mostrou qualidade. É uma dupla interessante, com Rowland a ser capaz do melhor e do pior, enquanto Fenestraz procura ainda a melhor forma nesta competição. Espera-se mais da Nissan. 

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Pity
Pity
3 meses atrás

Tag Heuer Porsche traz-me óptimas recordações. Seria maravilhoso que o sucesso se repetisse agora, na Fórmula E, com o AFC.

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