F2, Itália: Juri Vips vence corrida sprint, Felipe Drugovich sagra-se campeão

Por a 10 Setembro 2022 18:12

Já temos campeão de F2. Felipe Drugovich, piloto brasileiro da MP Motorsport, sagrou-se campeão na categoria de acesso à F1, com ainda três corridas pela frente. O jovem talento do Brasil conseguiu superar a concorrência e arrecadar o título, mesmo sem ver a bandeira de xadrez depois de um incidente na primeira volta da corrida.

Frederik Vesti largou da pole e manteve-se na frente do pelotão enquanto Logan Sargeant perdeu algumas posições no arranque e Juri Vips se juntou à luta pelos primeiros lugares, tal como Jehan Daruvala. Mas a corrida foi interrompida pouco depois com um incidente entre Tatiana Calderon e Olli Caldwell, com os dois monolugares parados em pista na primeira chicane, o que motivou um Safety Car. Ainda antes da entrada do Safety Car, Drugovich não evitou um toque no meio do pelotão e ficou com a suspensão partida, o que motivou a sua desistência. A partir daquele momento, já não estava nas mãos do brasileiro ser campeão logo na corrida sprint, ficando a ver o que Theo Pourchaire poderia fazer, ele que tinha de pelo menos aproximar-se do top 5 para tentar adiar a festa. No recomeço da corrida era 14º

Quando a corrida recomeçou, Vesti não conseguiu segurar Vips que agarrou o primeiro lugar, que nunca mais largaria até ao fim da prova. Daruvala ficou também por perto. A corrida foi-se desenrolando com muitas lutas, mas com os lugares na frente sempre bem definidos, com Vips a impor um ritmo muito forte. Pourchaire tentava recuperar posição e era décimo, quando um toque na Variante del Rettifilo levou o piloto à caixa de gravilha e a cair para o 17º posto. Drugovich viu o título ficar cada vez mais perto e com o fim da corrida, o brasileiro fez a festa pois Pourchaire já não teve argumentos para tentar uma recuperação que seria sempre quase impossível de fazer.

Juri Vips venceu em Monza, a sua primeira vitória do ano, seguido de Vesti e Daruvala e Drugovich inscreveu o seu nome na lista de vencedores da F2, ele que agora procura um lugar na F1 como piloto de reserva para tentar ficar mais próximo do sonho de ser piloto de F1.

Drugovich foi imperial durante a época toda. Ser campeão a três corridas do fim, num pelotão tão competitivo, é sinal de velocidade e consistência. O brasileiro mostrou uma maturidade assinalável, sempre frio e os pés bem assentes no chão. Este título é inteiramente merecido e a dúvida reside no facto de o jovem talento não estar já associado a equipa da F1. O Brasil volta a festejar um título no desporto motorizado e Drugovich, apesar de ter as portas da F1 ainda fechadas, é a prova que mesmo sem os apoios oficiais se pode chegar longe. Um título merecido e que pode abrir novos horizontes. 

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