ELMS, Henrique Chaves: “Foi a minha melhor prestação até agora”

Por a 20 Agosto 2018 19:00

Henrique Chaves foi um dos destaques da prova de Silverstone. O jovem português fez uma recuperação notável e no seu turno de condução foi constantemente dos melhores em pista. A melhor exibição do ano para Chaves, que ainda assim não viu todo o seu esforço coroado como desejaria, com um colapso da asa traseira perto do final. O piloto da AVF comentou ao AutoSport os acontecimentos do fim de semana:

“No primeiro treino focamo-nos mais no trabalho para a qualificação e correu tudo bem.  No segundo treino dedicamo-nos ao trabalho para a corrida, o que justificou o tempo menos vistoso em relação ao primeiro treino, mas não ficamos preocupados com a distância para os melhores, pois sabíamos que aquele não era o nosso verdadeiro ritmo. Na qualificação consegui o nono tempo, que infelizmente me foi retirado por exceder os limites de pista, uma situação que aconteceu a mais pilotos.  Largamos de 14º, mas estávamos focados em fazer uma boa corrida, pois tínhamos mostrado  capacidade para isso. Ainda assim, não acreditava que conseguiríamos ter o ritmo que apresentamos. A equipa fez um trabalho fantástico, senti-me muito bem no carro. Foi muito gratificante quando regressei às boxes sentir o apoio da  equipa, que me deu os parabéns, principalmente nesta pista que é muito difícil e muito exigente a nível físico e psicológico. Fiz o que me foi pedido e a equipa apreciou o meu trabalho. Foi pena não termos materializado o trabalho num bom resultado.”

A AVF, mesmo numa pista onde teoricamente não seriam tão fortes, mostrou uma evolução muito positiva, alicerçada na excelente prestação de Chaves, cada vez mais adaptado à realidade do endurance:

“Nós temos trabalhado bastante, fizemos alguns testes antes de Red Bull Ring e estamos cada vez confortáveis no carro, cada vez mais adaptados ao campeonato e as especificidades deste tipo de provas. A equipa deu-nos um carro que nos permitiu ser rápido nas dobragens, o que ajudou muito. Houve se calhar algumas situações em que arrisquei de mais, mas no final esse risco compensou. Sabíamos que em comparação com os Oreca e os Ligier iramos ter um défice de andamento, mas consegui manter um bom ritmo e depois de Monza, creio ter sido a minha melhor prestação. Consegui lidar muito bem com o trânsito, perdi pouco tempo nas dobragens e contra os LMP2  consegui ser inteligente e fazer ultrapassagens de forma simples, sem perder muito. O último stint custou um pouco, mas comprometi-me com o meu engenheiro a ir fazer mais um stint e fui até ao fim. Estivemos perto do segundo lugar mas, infelizmente, o defeito da asa não permitiu. A Dallara responsabilizou-se pelo sucedido e pediu-nos desculpa.”

Embora com um resultado longe do que poderia ter sido possível, Henrique Chaves não desanima e olha para Spa como um bom palco para a sua máquina:

“A sorte está a tardar um pouco a aparecer, mas acreditamos que em Spa podemos ter mais condições. As características do carro adaptam-se melhor à pista e embora não queira afirmar taxativamente que vamos ter um excelente resultado, acredito que teremos condições para estar bem nesse fim de semana. Os “upgrades” da Dallara funcionaram e ajudaram a melhorar a performance do carro. Temos agora um spliter dianteiro mais duro que nos permite manter os níveis de apoio aerodinâmico durante a corrida toda, o que ajuda também a poupar mais os pneus. No meu caso, conseguiu fazer uma gestão melhor dos pneus, arriscando menos inicialmente e depois atacando mais, e o upgrade ajudou.”

Esta terá sido a prova que faltava (se é que era necessário provar algo mais) que Chaves pode ser um caso sério no endurance. Competitivo desde início, tem acumulado boas prestações, mas a de Silverstone foi claramente a mais vistosa, num traçado difícil. Os pontos conquistados não contam a história toda e ainda vamos ter motivos para festejar com o #30 da AVF, desde que a sorte comece a colaborar:

“Sabíamos que o nosso trabalho estava a ser bem feito. Nesta corrida fizemos tudo sem erros, embora com algumas paragens mais lentas, que já estávamos a contar. Foi pena realmente aquela última meia hora e não termos conseguido o resultado que podíamos ter conquistado. Estamos todos mais experientes, e melhor de corrida a corrida e só falta aquela pontinha de sorte para podermos chegar aos resultados que queremos. “

Se no ano passado Albuquerque festejou em Silvestone, este ano não houve festa mas houve motivo para optimismo. O novo piloto português da cena do endurance mostrou-se a grande nível e promete continuar a melhorar.

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