CPV, Pedro Salvador: “Sucesso conquistado é um feito extraordinário”
No ano em que celebrou o seu 10.º aniversário, a Speedy Motorsport encerrou mais uma temporada com “chave de ouro”. A aposta estratégica nos GT4, iniciada em 2024, traduziu-se em títulos sucessivos e numa hegemonia cada vez mais vincada nas principais competições em que a equipa participa.
Na derradeira jornada de 2025, no Circuito do Estoril, a formação da Maia conquistou os títulos por equipas no Campeonato de Portugal de Velocidade e no Iberian Supercars, juntando-os ao cetro já assegurado no Supercars España. O fim de semana decisivo, marcado por corridas intensas e altamente disputadas, permitiu ainda à Speedy somar vários títulos de pilotos, consolidando o seu estatuto de referência no automobilismo ibérico.
Entre os pilotos, César Machado assinou uma época de grande nível, sagrando-se bicampeão GT4 Pro no CPV e no Iberian Supercars, além de conquistar o título absoluto GT4 no Campeonato de Portugal de Velocidade. Na divisão GTX, a dupla Duarte Camelo / Pompeu Simões confirmou o domínio evidenciado ao longo do ano, assegurando os títulos nas duas competições e demonstrando a capacidade da Speedy para vencer em múltiplas categorias.

Balanço de 2025
No balanço final da época, Pedro Salvador, chefe de equipa da Speedy Motorsport, destacou o significado deste conjunto de conquistas:
“Conseguir três títulos de equipas — espanhol, ibérico e português — e ainda ver os nossos pilotos a conquistarem os campeonatos de GT4 Pro, GT4 absoluto e GTX é um feito extraordinário. Foi uma época muito intensa, com lutas muito duras, momentos altos e outros mais difíceis, mas acima de tudo é o resultado de um esforço enorme de toda a estrutura.”
“Tivemos uma troca de piloto a meio do campeonato, com o Adrián Ferrer a entrar com 16 anos, sem experiência neste nível competitivo. Ainda assim, conseguimos lutar por vitórias e por um título tão exigente, enquanto formávamos um jovem piloto sob enorme pressão. Isso deixa-me especialmente orgulhoso, porque mostra a nossa capacidade de formar e, ao mesmo tempo, ganhar.”

A convivência entre duas formações da Speedy a lutar pelos mesmos títulos foi outro dos pontos destacados:
“É sempre difícil gerir duas equipas a discutir campeonatos quando os pilotos são clientes e não profissionais contratados. Não podemos, nem queremos, controlar resultados. Felizmente, todos se comportaram com enorme respeito e competitividade saudável, a puxarem uns pelos outros. Estivemos muito perto de fazer primeiro e segundo nos campeonatos, o que diz muito sobre o trabalho que foi feito.”
Formação, crescimento e ambição europeia
Para além dos títulos, Pedro Salvador sublinhou a evolução individual dos pilotos e a capacidade formadora da equipa:
“O Duarte Camelo está num nível muito alto e o seu talento começa a pedir outros voos. O César Machado está, na minha opinião, na melhor forma de sempre — Portugal já é pequeno para o César há algum tempo. Gostava muito de o ver num campeonato europeu, porque tem tudo: rapidez, foco, estabilidade emocional e a capacidade de lidar com a pressão ao mais alto nível. O Tomás Guedes e o José Carlos Pires formaram uma dupla muito forte, consistente e, acima de tudo, sempre em crescimento. O João Aguiar-Branco, agora com o Luís Tavares, especialmente nestas últimas corridas, mostraram um ritmo impressionante e uma curva de crescimento quase vertical. Todos mostraram uma evolução muito grande. É difícil escolher alguém que não se destaque pelo lado positivo.”

A evolução organizacional da Speedy Motorsport foi também tema central na análise final do chefe de equipa:
“Somos sete pessoas no dia-a-dia e transformamo-nos num ‘monstro’ com 20, 30, 40 pessoas nos fins de semana de corrida. Este ano demos um salto enorme em organização, em procedimentos, em fiabilidade. A prioridade de não falhar, de respeitar cada euro investido pelos nossos pilotos, está ao mesmo nível da prioridade de seremos rápidos. Nunca fomos lentos em pista, mas hoje estamos muito mais completos como equipa.”
2026 no horizonte: ambição, humildade e responsabilidade
Depois de uma época de conquistas consecutivas, o foco volta-se agora para o futuro. Para Pedro Salvador, 2026 pode marcar um passo decisivo na história da equipa:
“Vencemos os campeonatos de equipas em toda a linha — espanhol, ibérico e português — e isso eleva sobremaneira a fasquia para 2026. Estamos a trabalhar para dar o passo para uma época completa num campeonato europeu. Hoje sinto que a equipa está preparada para esse desafio, mas sabemos que vamos enfrentar um nível de competitividade e competência muito superior. Se até agora tivemos de dar tudo, a partir daqui temos de nos superar.”

Apesar da ambição, a postura mantém-se firme e realista:
“Não temos a arrogância de dizer que somos a melhor equipa a nível nacional. Fazemos o nosso trabalho, focados em evoluir, em aprender com quem faz melhor e em aplicar isso cá dentro. Quando vamos para fora, percebemos sempre que somos mais pequenos do que achávamos, e isso é saudável. Queremos ser uma referência nas competições onde estamos presentes e uma opção séria para qualquer piloto que queira ganhar corridas e campeonatos.”
10 anos de Speedy
Num fecho emotivo, o chefe de equipa deixou ainda uma mensagem de agradecimento:
“Completamos 10 anos de Speedy Motorsport e posso dizer que estou muito orgulhoso do caminho percorrido, mas longe de satisfeito. O passado não se muda; o que podemos fazer é trabalhar todos os dias para merecer o nosso futuro. Quero agradecer a todos os pilotos, parceiros, mecânicos, engenheiros e a toda a equipa. O que conquistámos este ano prova que, com dedicação, competência e espírito de equipa, não há desafios impossíveis.”
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