CPV /IS, Jerez: Conferência de imprensa no final da Corrida 2
A segunda corrida do fim de semana em Jerez foi um verdadeiro teste de resistência e nervos. Entre duelos intensos, vitórias decisivas e títulos entregues, os pilotos do Campeonato de Portugal de Velocidade e do Iberian Supercars partilharam as suas reações a um domingo cheio de drama e celebrações. Na conferência de imprensa, tivemos José Carlos Pires e Tomás Guedes (GT4 Pro), Andrés Prieto e Ricardo Oliveira (GT4 Bronze), Rúben Vaquinhas e Pedro Bastos Rezende (GT4 AM) e Lourenço Monteiro e José Cautela (GT4 Pro-Am) para conhecer as suas perspetivas sobre a prova e o que esperam do Estoril.
José Carlos Pires e Tomás Guedes (GT4 Pro)
José, foi uma corrida dramática. Tinhas uma vantagem confortável antes do Safety Car. Como viveste aqueles últimos momentos?
“Foi mesmo uma corrida de nervos. Tínhamos cerca de seis segundos de vantagem, estávamos a gerir bem o ritmo e a poupar pneus. Quando vi que íamos ter quatro voltas finais com o pelotão reagrupado, percebi que ia ser complicado. Acho que o Abreu foi um pouco otimista na entrada da chicane — deu-me um toque e o carro ficou desalinhado, com uma roda traseira danificada. Nas duas voltas finais tive de defender com tudo o que tinha. Foi duro, mas no fim conseguimos a vitória. Soube ainda melhor assim.”
Tomás, foi também a vossa primeira vitória no Iberian Supercars. Que significado tem este triunfo?
“Gostava que tivesse sido um final mais tranquilo, mas o carro aguentou-se e fizemos o nosso trabalho. Estamos muito contentes e esta vitória mantém-nos na luta pelo título do Iberian Supercars. Vamos para o Estoril com tudo, para tentar fechar a época da melhor forma.”
Andrés Prieto e Ricardo Costa (GT4 Bronze)
Andrés, depois de uma primeira corrida difícil, a segunda correu bem melhor.
“Sim, desta vez tudo correu como planeado. No sábado tivemos um toque que complicou a corrida, mas hoje mantivemo-nos entre os três primeiros desde o início. Sabíamos que o McLaren tinha um handicap de 10 segundos, por isso a estratégia era simples: ficar próximos e aproveitar. Entrei nas boxes logo atrás deles e o Ricardo tratou do resto. Foi uma corrida muito bem executada.”
Esta foi a terceira vitória da temporada. Que balanço fazes da tua época?
“Era para ser um ano de testes, mas acabou por ser quase uma temporada completa. Foi a minha primeira experiência com um GT4, e estou a aprender muito. Venho de correr nos Estados Unidos com carros muito menos potentes, por isso tem sido um salto enorme. Quero fazer a época inteira em 2026 e continuar a evoluir com a equipa.
Ricardo, além da vitória, sagras-te campeão da GT4 Bronze e da Supercars España. Como se sente?
“É uma sensação incrível. Este fim de semana sabíamos que seria exigente, mas mantivemos a confiança. A primeira corrida foi complicada, com um toque que nos atirou para fora de pista, apesar da penalização dada ao nosso adversário. Na segunda corrida, o carro estava ótimo e tanto eu como o Andrés estivemos sempre no limite. No fim já não tínhamos pneus e foi difícil manter o ritmo, mas valeu a pena. Ser campeão de Espanha no primeiro ano na categoria tem um sabor muito especial.”
Rúben Vaquinhas e Pedro Bastos Rezende (GT4 AM)
Rúben, dois títulos num só fim de semana — Supercars Espanha e Campeonato de Portugal em GT4 AM. Que balanço fazes da época?
“Foi um ano fantástico. No início nem pensávamos no título espanhol, estávamos a 16 pontos do líder, mas o campeonato virou a nosso favor. Foi uma temporada cheia de trabalho, consistência e, claro, alguma sorte. Agora só falta o título ibérico: basta terminar a primeira corrida no Estoril e será nosso.”
Pedro, como foi o momento em que percebeste que o adversário direto tinha desistido e o título era vosso?
“Na verdade, eu estava em pista e nem percebi o que tinha acontecido. Estava no meio de vários carros e ninguém me avisou que ele tinha saído. Só soube quando cheguei às boxes! Foi uma boa surpresa e uma ótima forma de fechar o fim de semana. Precisávamos que ficassem em terceiro e acabaram por desistir — foi a cereja no topo do bolo.”
Lourenço Monteiro e José Cautela (GT4 Pro-Am)
Duas vitórias em Jerez depois de um início de época difícil. Como se sentem?
Lourenço Monteiro: “Sinto-me muito satisfeito. Finalmente conseguimos virar a página de um início de temporada que não nos correu bem. Este fim de semana foi perfeito — o carro esteve competitivo, a estratégia resultou e conseguimos vencer não só na categoria, mas também lutar pela geral.”
José Cautela: “Foi um fim de semana de recompensa pelo trabalho da equipa. Evoluímos muito e agora temos um carro capaz de lutar pelas vitórias. Foi um caminho difícil, mas ver os resultados aparecerem dá-nos uma motivação enorme. Acredito que podemos manter esta forma. Não temos nada a perder, só a ganhar. Estas duas vitórias dão-nos confiança para encerrar o campeonato em alta.
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