Velocidade: Mora com futuro indefinido

Por a 29 Janeiro 2019 19:15

Francisco Mora competiu no ano passado no TCR Europe, onde conseguiu mostrar o seu valor. O bi-campeão nacional trouxe para casa uma vitória, na Hungria, casa da equipa onde fez metade do campeonato, a M1RA, de Norbert Michelisz. O piloto português não conseguiu os fundos para completar o campeonato e ficou-se pelo 10º lugar da geral, participando em apenas quatro rondas.

O futuro de Mora é para já uma incógnita. O piloto procura apoios para a época 2019, mas para já o futuro está em aberto:

“Tudo depende de conseguirmos arranjar bons apoios ou não. Caso não arranje, quase de certeza não farei nada. Em Portugal infelizmente tem sido difícil encontrar apoios, mas obviamente que quero continuar a competir e vamos trabalhar para que tal aconteça. Para já não está nada definido.”

Apesar das incertezas, o piloto gostava de continuar a evoluir nos TCR:

“Não fecho a porta a nenhuma competição. Claro que a poder optar entre o Ibérico, o GT4 ou o TCR Europe, escolheria o Europe, pois faria sentido continuar a evolução que tive no ano passado. No entanto estas duas competições novas vão ser boas. Estou curioso para saber quantos carros vai ter o TCR Ibérico, pois é uma competição interessante pois junta o organizador do Europe, o Marcelo Lotti e creio que estes dois factores poderão aumentar o interesse dos espanhóis. Do lado português creio que o número de carros deverá ser o mesmo que temos visto até agora. A questão financeira terá o seu peso e como o Ibérico agora não permite duplas, o esforço para participar na prova será forçosamente maior. E olhando ao nível competitivo das equipas e dos pilotos nacionais, acredito que quem for, quererá ter as condições mínimas para ser competitivo e vencer, o que exige sempre investimento. Pelo lado positivo, o piloto evolui mais assim e as corridas tornam-se mais interessante, mas face à falta de apoio que temos visto, torna-se mais difícil competir assim, sem a possibilidade de fazer dupla. Há também a questão dos prémios monetários, que não podemos esquecer. Por isso estou muito curioso para ver como será a adesão à competição.

O surgimento do novo campeonato GT4 é também motivo de interesse para Mora:

“Acho que os GT4 são um projeto interessante. Do que sei, o custo por quilómetro é ligeiramente inferior ao dos TCR, mas o custo de aquisição é superior, pelo que as equipas que precisam de amortizar o carro terão isso em conta na altura de definir o preço. Também estou curioso para ver a adesão dos pilotos. É um projeto interessante, com um bom calendário. “

Apesar do talento e dos resultados recentes, Mora não sabe se irá competir, uma realidade frustrante, mas à qual já se habituou:

“Infelizmente os apoios não abundam e os valores da competição são elevados. Lembro-me quando fiz Fórmulas, em 2013 e fiz testes com a Prema, tendo sido mais rápido do que alguns pilotos que agora estão na F1 como o Lance Stroll por exemplo. Na altura pediam quase meio milhão para fazer uma época e isso inviabilizou a participação. Tive de me mentalizar que enquanto pudesse, tentaria demonstrar a minha qualidade, o que felizmente aconteceu, com a conquista dos dois títulos nacionais. Em 2018 fui para o TCR Europe, sabendo que dificilmente faria a época toda e foquei-me corrida a corrida. Gostei muito da experiência e aproveitei as oportunidades que tive para mostrar o meu valor, como aconteceu na Hungria, onde felizmente venci. Sei que em 2019 será complicado, mas vamos ver o que acontece.”

Resta aguardar pelas respostas e esperar por boas notícias por parte de Francisco Mora. Caso não compita este ano, será uma baixa de peso e certamente nos levará a pensar (outra vez) no que está mal na velocidade nacional e o que é preciso fazer para mudar esta situação.

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