Portugueses fizeram história no Dakar

Por a 18 Janeiro 2020 21:24

Foi boa a prestação lusa neste Dakar, ensombrada, como já referimos noutro lado, pela morte de Paulo Gonçalves. Paulo Fiúza terminou no pódio, Pedro Bianchi Prata ficou perto. Um top 15 para Filipe Palmeiro, e um abandono para Ricardo e Manuel Porém.

O terceiro lugar de Paulo Fiúza e Stéphane Peterhansel fica marcado na história do Dakar como o melhor resultado de um português nos autos, suplantando o feito de Carlos Sousa em 2003, que com Henri Magne ao lado, terminou na quarta posição.

Logicamente, em termos gerais, são os segundos lugares de Rúben Faria (2013) e Paulo Gonçalves (2015) nas motos, os melhores resultados de sempre de portugueses no Dakar.

Fiúza navegou nesta prova um dos melhores pilotos de sempre da história do TT, Stéphane Peterhansel, mas os adversários estiveram sempre muito fortes, e a dupla luso-francesa não conseguiu ir além do terceiro lugar. Chegaram a estar a 6m38s a três etapas do fim da prova, mas Sainz reagiu e controlou a prova até ao fim. No último dia de prova, não fazia sentido à X-Raid arriscar os dois carros que tinha certos no pódio e com isso ficaram-se pelo terceiro lugar. Ainda assim, como já se percebeu, uma classificação histórica.

Já Ricardo e Manuel Porém, depois de terem parado no final da primeira semana de prova com problemas na caixa de velocidades do Borgward, regressam após o dia de descanso, em Dakar Experience, que permite continuar em prova sem contar para a classificação, mas na 7ª Etapa voltaram a ter problemas desta feita na direção. Falharam vários waypoint e ficaram fora de prova: “Como já tínhamos utilizado o Joker, ficámos impossibilitados de alinhar novamente uma vez que só se pode utilizar uma vez. Não era o desfecho pelo qual lutámos e demos tudo mas as corridas têm destas coisas”, disse Ricardo Porém.

Benediktas Vanagas e Filipe Palmeiro chegaram ao top 10 na etapa 5, mas na sétima, a primeira após o dia de descanso, perderam mais de três horas depois de um grave problema de suspensão. Estavam na luta pelo top 10, mas o azar bateu-lhes à porta, caíram para a 20ª posição da geral. Até aí, tinham sabido fugir de problemas e estavam a ser regulares. Mas com o tempo perdido, as esperanças de uma boa classificação foram-se. Depois da forte queda na geral após a sétima etapa, a dupla luso-lituana, ganhou posições quase todos os dias, terminando no 15º lugar. Depois de terem estado em décimo, o sabor foi agridoce. O objetivo apontava para terminar mais à frente, mas o Dakar é isto mesmo.

Ao lado de Conrad Rautenbach, ex-piloto de ralis, Pedro Bianchi Prata terminou em quarto dos SSV, numa prestação muito boa do ‘rookie’ navegador luso, que considerou que este foi um Dakar duro e difícil, mas desportivamente sem problemas significativos: “Não tivemos problemas de maior, só uns furos, mas o Dakar é mesmo assim. Chegámos ao fim. O quarto lugar, não foi mau. A segunda semana foi muito, muito complicada. Com a perda do Paulo, não consigo estar feliz, mas saio com o sentimento de missão cumprida e com o meu décimo Dakar terminado enquanto concorrente”.

Bruno Sousa terminou em 26º dos Camiões, mas a missão dele não era o cronómetro, mas sim o apoio aos homens da South Racing.

Já Armando Loureiro, mecânico do camião #546, tal como já tinha sucedido o ano passado, abandonaram cedo, na segunda etapa e continuaram como assistência. Ficam por referir muitos portugueses, já que sendo a comitiva que anda na pista, pequena, face ao que já se viu no passado, em África e já na América do Sul, nos bastidores há muita gente a olear esta enorme máquina que é o Dakar. Quer dois exemplos, Rúben Faria e Hélder Rodrigues, que na estrutura da Honda ajudaram a fazer história nas motos.

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